Boliviano preso pela PRF é acusado de narcotráfico e fundar facção M-16

Gary foi preso em blitz de rotina na BR-317 dirigindo uma camionete roubada no RN e com documentos e placas adulteradas

Da redação, com Ascom Sepc

Encontrar-se recolhido ao presídio Antônio Amaro Alves (segurança máxima), em Rio Branco, Gary Gonzáles Gioy, 37, suspeito de integrar um bando internacional de pistoleiros que atua em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia). O grupo é responsável, segundo a polícia, de várias execuções na região oriental boliviana.

Procurado pelas polícias do Peru, Bolívia e Brasil, o estrangeiro é considerado um dos maiores receptadores de carros roubados na América do Sul e de chefiar uma quadrilha de narcotraficantes. Ele, junto com o brasileiro Marcos André Oliveira Magalhães, o “Bicha” (preso em Santa Cruz) fundou a facção criminosa M-16, composta por assassinos argentinos, bolivianos, chilenos, peruanos e espanhóis.

No Brasil, Gary é investigado por receptação de carro roubado; no Peru, por tráfico de entorpecente; na Bolívia, por pelo menos 8 (oito) execuções, receptações e tráfico de drogas.

Ele foi preso em uma blitz de rotina, na BR-317, na manhã de quarta-feira, 24, por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), com uma camionete Toyota/Hilux, placas FFX-5952, da cidade de Itaporanga (SP), quando se deslocava sentido Rio Branco/Brasileia.

Os patrulheiros, após averiguação, descobriram que o veículo possuía a mesma placa, mas do interior do Rio Grande do Norte (RN). A camionete foi roubada em Parnamerim e teve seus documentos adulterados juntamente com as placas.

Preso, Gary foi conduzido para a delegacia de Xapuri, juntamente com o veículo apreendido e apresentado ao delegado Antônio Carlos Mello, que elaborou o flagrante por uso de documentos falso (CRLV), receptação e alteração de sinais de identificação de veículo automotor.

Na delegacia, depois de proceder à pesquisa mais detalhada, a Polícia Civil descobriu que estava com um dos maiores narcotraficantes da América do Sul. Os delegados Antônio Carlos (Xapuri) e Cristiano de Bastos (Epitaciolândia) atuaram juntos.

Com apoio do serviço de inteligência, confrontaram informações, angariando provas das investigações em curso no Brasil. Inclusive Gary já é réu sentenciado pela Justiça do Acre.

Contra o acusado, ainda pesam outras suspeitas de participação intensa no tráfico de entorpecentes nos municípios fronteiriços do Acre, circunstancias que culminara com a decretação da prisão preventiva do estrangeiro.

QUEM É GARY?

Segundo a imprensa boliviana, Gary Gonzáles Gioy é um dos líderes do grupo ‘sombrio’ M-16, responsável pela morte de várias pessoas na região de Santa Cruz (BO), em 2011. O estrangeiro seria uma espécie ‘braço-direito’ de Marcos André Oliveira Magalhães, o “Bicha”, que pressupõe pertencer à organização criminosa brasileira Comando Vermelho (CV).

Magalhães foi preso na avenida Ana Bárbara 704, onde foram apreendidas armas de fogo e motocicletas, que ele supostamente usou depois de matar, por ordem do tráfico, um casal que viajava numa van. Riquelme Soria Pare e Roxana Añez Aguilera (vítimas), eram ligados ao tenente da polícia René Julho Navia, preso por lavagem de dinheiro (tinha um milhão de dólares em sua conta).

Um ano depois, em 25 de setembro de 2012, policiais da Drug Enforcement Agency (Peru) apreenderam 194 quilos 900 gramas de alcalóide (cocaína) e prenderam cinco pessoas, entre as quais Gary Gioy. A intervenção foi realizada após a realização de operações de inteligência, em uma pista de pouso clandestina na província de Coronel Portillo, em Pucallpa (Peru).

Durante a intervenção da Drug Gary, o bando de Gary atirou contra as forças de segurança. Depois, fugiu pelo rio Sheshea e pela floresta, mas abandonou sete sacos contendo 189 pacotes de cocaína e uma pistola 9 mm, três espingardas e munição.

Matéria relacionada:

Camionete roubada no RN é apreendida no Acre pela PRF

Comentários

Compartilhar
Publicado por
Alexandre Lima