Acre
Bioeconomia na Amazônia: infraestrutura, produção e inovação sustentável
Por José Luiz Gondim dos Santos*
A bioeconomia, enquanto conceito voltado para a utilização sustentável dos recursos biológicos, representa uma oportunidade estratégica para o desenvolvimento de cadeias produtivas interconectadas, especialmente na região amazônica, que possui uma das maiores diversidades biológicas do planeta. O potencial dessa abordagem é amplamente discutido na literatura como um caminho para conciliar crescimento econômico e conservação ambiental (Bugge, Hansen, & Klitkou, 2016). No entanto, para que esse potencial se concretize na Amazônia, é necessário estruturar o desenvolvimento em três pilares principais: infraestrutura adequada, encadeamento produtivo eficiente e inovação tecnológica contínua.
Infraestrutura
A infraestrutura é considerada o alicerce de qualquer estratégia de desenvolvimento econômico, incluindo a bioeconomia. De acordo com Theobald et al. (2016), a falta de infraestrutura adequada limita significativamente o potencial de regiões biodiversas como a Amazônia para participarem de mercados globais de forma eficiente. Na Amazônia, o desenvolvimento de uma infraestrutura sustentável é essencial para garantir a integração das comunidades rurais aos principais centros econômicos sem comprometer a integridade ecológica da região. Investimentos em estradas de baixo impacto, portos, sistemas logísticos e acesso a energias renováveis, como solar e eólica, são cruciais (Nepstad et al., 2014). Além disso, é necessário garantir a existência de infraestrutura para pesquisa e desenvolvimento (P&D) em biotecnologia, a fim de agregar valor aos produtos oriundos da biodiversidade local (Sachs et al., 2019).
Encadeamento produtivo
O encadeamento produtivo na bioeconomia amazônica envolve a integração de diferentes atores econômicos, desde pequenos produtores locais até grandes empresas nacionais e internacionais. Um estudo de Homma (2012) aponta que o fortalecimento das cadeias produtivas deve focar na inclusão de pequenos produtores, como comunidades indígenas e ribeirinhas, valorizando seus conhecimentos tradicionais e promovendo o manejo sustentável dos recursos florestais. O modelo cooperativo pode ser uma ferramenta eficaz para estruturar essas cadeias produtivas de forma que o valor gerado seja distribuído de maneira mais equitativa entre os envolvidos (Schmitt & Fernandes, 2020). Além disso, a certificação de produtos sustentáveis e o acesso a mercados globais com alta demanda por produtos éticos e ambientalmente corretos são fundamentais para promover o encadeamento produtivo (Pacheco, 2012).
Inovação Tecnológica
A inovação tecnológica é amplamente reconhecida como uma alavanca crucial para a sustentabilidade e eficiência da bioeconomia (McCormick & Kautto, 2013). Na Amazônia, as tecnologias emergentes, como a biotecnologia, desempenham um papel central na criação de novos produtos a partir dos recursos biológicos da região, como fármacos, cosméticos e alimentos funcionais (Sachs et al., 2019). Além disso, tecnologias digitais como a Internet das Coisas (IoT) e a inteligência artificial (IA) podem ser utilizadas para melhorar a logística e otimizar o manejo sustentável dos recursos naturais, conectando de forma eficiente os pequenos produtores aos mercados globais (Nobre et al., 2016). O monitoramento ambiental também pode ser aprimorado com o uso de tecnologias de sensoriamento remoto e big data, garantindo que a exploração dos recursos naturais ocorra de maneira sustentável e com a devida rastreabilidade, atendendo às exigências dos consumidores por transparência nas cadeias produtivas (Silva et al., 2020).
Para que a bioeconomia na Amazônia se desenvolva de maneira robusta e eficiente, é necessário um alinhamento estratégico entre infraestrutura, encadeamento produtivo e inovação tecnológica. Esses três pilares são interdependentes e, juntos, podem garantir que a riqueza biológica da Amazônia seja utilizada de forma sustentável, gerando benefícios econômicos e sociais para a região sem comprometer o meio ambiente. Conforme demonstrado na literatura, a integração desses fatores é essencial para a promoção de uma bioeconomia que não apenas valorize a biodiversidade, mas que também contribua para o desenvolvimento socioeconômico local (Pacheco, 2012; Sachs et al., 2019; Theobald et al., 2016).
*José Luiz Gondim dos Santos é mestre em Ciências; gestor de Políticas Públicas; advogado especialista em Constitucional, Mudanças Climáticas e Negócios Ambientais.
Fonte: Governo AC
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Prefeitura de Assis Brasil promove confraternização para celebrar mais um ano do SCFV com a terceira idade

A Prefeitura de Assis Brasil, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, realizou nesta quinta-feira(04), uma grande celebração em alusão a mais um ano de atividades do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) com o grupo da terceira idade. O encontro festivo reuniu idosos participantes do programa, marcando um momento de alegria, interação e reconhecimento pela trajetória construída ao longo do ano.
A comemoração contou com um almoço especial preparado para os participantes, reforçando o cuidado e o carinho dedicados ao público da melhor idade. Além da confraternização, o evento foi animado com música ao vivo, criando um ambiente leve e descontraído para todos os presentes.

Dinâmicas e momentos de integração proporcionaram ainda mais interação entre os idosos, reforçando o objetivo principal do SCFV: fortalecer vínculos comunitários, promover bem-estar e incentivar a socialização. Ao final da programação, foram distribuídos prêmios, levando ainda mais entusiasmo e sorrisos ao grupo.
O encontro reflete o cuidado da Prefeitura de Assis Brasil com políticas públicas que promovem inclusão, acolhimento e respeito, celebrando com carinho mais um capítulo dessa caminhada conjunta.
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Detran-AC e Sead divulgam resultado preliminar de concurso para cargos de nível superior
Edital publicado nesta sexta (5) apresenta classificação dos candidatos e abre prazo para recursos entre 8 e 9 de dezembro.

Foto: Kelvisson Monteiro/Detran-AC
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PGE publica diretrizes para concessão de auxílio financeiro a procuradores e servidores

Foto: Procuradoria-Geral do Estado do Acre
A Procuradoria-Geral do Estado do Acre (PGE) publicou, nesta sexta-feira, 5, duas portarias que estabelecem as diretrizes para concessão de bolsas de auxílio financeiro e ressarcimento destinados à participação de procuradores e servidores em eventos de capacitação no exercício de 2026. As medidas constam nas portarias PGE nº 816/2025 e PGE nº 817/2025, ambas assinadas pela procuradora-geral do Estado, Janete Melo d’Albuquerque Lima de Melo.
Bolsa para Procuradores – Portaria PGE nº 816/2025
A Portaria nº 816 estabelece o valor máximo do auxílio financeiro para participação dos procuradores no 52º Congresso Nacional dos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, que será realizado de 9 a 12 de novembro de 2026, em Curitiba (PR), promovido pela ANAPE. O valor fixado é de R$ 10 mil, destinado a custear inscrição, transporte, hospedagem e alimentação, conforme prevê a Resolução PRES/CPGE nº 10/2010.
Segundo o documento, todos os procedimentos referentes à seleção e concessão do auxílio serão regulamentados pelo Centro de Estudos Jurídicos da PGE, seguindo os critérios previstos na normativa interna da instituição. O pagamento será feito pelo Fundo Orçamentário Especial da Procuradoria, conforme legislação vigente.
Bolsa para Servidores – Portaria PGE nº 817/2025
A Portaria nº 817 define as regras para concessão de auxílio financeiro voltado aos servidores do quadro de apoio da PGE que participarem de cursos, seminários e eventos de qualificação profissional ao longo de 2026. O valor máximo para essas bolsas será de R$ 2.500 por servidor, cobrindo inscrição, deslocamento, hospedagem e alimentação.
A concessão obedecerá critérios de proporcionalidade conforme o número de servidores em cada órgão interno:
órgãos com até 5 servidores: 1 bolsa disponível;
órgãos com 6 a 10 servidores: 2 bolsas;
órgãos com mais de 10 servidores: 3 bolsas.
Os eventos deverão ter relação direta com as atribuições exercidas pelos servidores em suas unidades de lotação. A seleção será preferencialmente feita por edital, considerando a disponibilidade financeira do Fundo Orçamentário Especial e o número de interessados.
Planejamento e transparência
As duas portarias se baseiam no Programa Anual de Capacitação 2026 da PGE, já aprovado e previsto no Plano Plurianual 2024–2027, além da proposta orçamentária do Estado para o próximo ano. Os documentos destacam ainda a política de valorização profissional e a necessidade de promover gestão por competências e capacitação contínua.




























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