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Barômetros Globais ficam relativamente estáveis em dezembro
Barômetro Econômico Coincidente subiu 0,5 ponto
Após caírem expressivamente ao longo do segundo semestre de 2021, os Barômetros Econômicos Globais ficaram relativamente estáveis em dezembro. O Barômetro Coincidente interrompeu a sequência de queda iniciada em julho, enquanto o Barômetro Antecedente registrou a sétima queda consecutiva, mantendo-se abaixo dos 100 pontos o que expõe as dificuldades de manutenção do ritmo de retomada da economia mundial.
As informações são do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), divulgadas hoje (10).
Enquanto o Barômetro Coincidente reflete o estado atual da atividade econômica, o Barômetro Antecedente emite um sinal cíclico cerca de seis meses à frente dos desenvolvimentos econômicos reais. Esses indicadores se baseiam nos resultados de pesquisas de tendências econômicas realizadas em mais de 50 países. A intenção é ter a cobertura global mais ampla possível.
O Barômetro Global Coincidente subiu 0,5 ponto em dezembro, para 107,1 pontos. Já o Barômetro Global Antecedente recuou 0,4 ponto, para 95,7 pontos, menor nível desde julho de 2020 (83,2 pontos).
De acordo com a análise, o resultado positivo do Barômetro Coincidente foi determinado exclusivamente pela região da Europa, enquanto o resultado negativo do Barômetro Antecedente foi influenciado pela Ásia, Pacífico e África e pelo Hemisfério Ocidental.
Segundo o pesquisador do Ibre/FGV, Paulo Picchetti, enquanto o avanço do Barômetro Coincidente demonstra estabilidade do nível de atividade na maior parte das regiões ao final de 2021, o novo resultado negativo para o Barômetro Antecedente incorpora os efeitos do aumento da incerteza em relação ao futuro imediato.
“Apesar da extensão da ameaça colocada pela nova variante do novo coronavírus ainda não ser completamente conhecida, novas restrições à mobilidade já vêm sendo adotadas em alguns locais. Esse fato pode retardar a solução dos problemas nas cadeias de suprimento de insumos, cujas pressões sobre preços já estão disseminadas, resultando em sinalizações de política monetária contracionista em vários países”, disse, em nota, o pesquisador.
Barômetro Coincidente
A Europa é a única região a registrar evolução positiva de seu indicador coincidente em dezembro. Os indicadores das demais regiões ficaram estáveis. Todas as regiões ainda registram indicadores acima do nível médio histórico de 100 pontos.
Entre os indicadores setoriais, apenas Indústria e Comércio sobem em dezembro, enquanto os demais registram queda. Com o resultado, o indicador do Comércio passou a ser o maior entre os indicadores setoriais, algo que não acontecia desde outubro de 2019.
Barômetro Antecedente
O Barômetro Global Antecedente antecipa os ciclos das taxas de crescimento mundial em três a seis meses. Os indicadores antecedentes das regiões da Ásia, Pacífico e África e Hemisfério Ocidental contribuem negativamente para a evolução do Barômetro Antecedente (-0,4 ponto) em 0,5 e 0,4 ponto, respectivamente. A Europa foi a única região a contribuir positivamente, em 0,5 ponto. Todas as regiões registram indicadores antecedentes inferiores a 100 pontos em dezembro.
Houve queda em três dos cinco indicadores antecedentes setoriais em dezembro: Serviços, Construção e Indústria. Os indicadores do Comércio e da Economia Geral (avaliações dos consumidores e agregadas empresariais) subiram no mês. Com os resultados, o comércio continua sendo o setor mais otimista no curto prazo, construção e serviços registram nível que reflete moderação e os indicadores da indústria e da economia giram abaixo da média histórica de 100 pontos, sinalizando tendência de enfraquecimento.
Edição: Valéria Aguiar
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Avanços técnicos revolucionam a agricultura de soja
As atuais adversidades enfrentadas pela safra de soja exigem medidas proativas e soluções inovadoras para garantir a saúde das plantações e a sustentabilidade econômica dos produtores. As condições climáticas irregulares e a incidência de pragas e doenças têm impactado significativamente a produtividade e a qualidade do cultivo em diversas regiões do país.
O produtor de soja, diante desse cenário desafiador, deve buscar o suporte técnico especializado para enfrentar os desafios específicos de cada região e ciclo do cultivo. Esse acompanhamento técnico é fundamental para a aplicação das melhores práticas de manejo e a adoção das tecnologias mais adequadas disponíveis.
Com altas temperaturas no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e excesso de chuvas no Sul, o clima irregular ao longo do plantio e desenvolvimento das lavouras contribuiu para a consolidação do cenário de quebra de safra em praticamente todos os estados produtores. Além das questões climáticas, a incidência de pragas como o Percevejo-marrom e a Mosca Branca, juntamente com doenças fúngicas e plantas daninhas resistentes, agravou ainda mais a situação.
As pesquisas indicam um aumento significativo na infestação de pragas, resultando em perdas de até 30% na colheita. O Percevejo-marrom, por exemplo, representa uma ameaça significativa à produtividade da soja, exigindo monitoramento constante e estratégias eficazes de controle.
Diante desse contexto, a indústria tem desenvolvido e disponibilizado novas formulações de defensivos agrícolas, com diferentes ingredientes ativos, além de utilizar adjuvantes como o extrato pirolenhoso, para potencializar o efeito inseticida e garantir um melhor controle das pragas.
No manejo de doenças, a adoção de fungicidas comprovados e atestados por pesquisadores renomados é essencial para proteger as plantações.
Além disso, o controle eficaz de plantas daninhas, como a realização de aplicações com o uso de herbicidas, é fundamental para manter as lavouras livres de competição e garantir o pleno desenvolvimento das plantas de soja.
Em suma, o manejo integrado e preventivo, aliado à utilização de tecnologias inovadoras, desempenha um papel fundamental na proteção das lavouras de soja e na garantia da viabilidade econômica do cultivo. O suporte técnico especializado e o investimento em soluções sustentáveis são essenciais para enfrentar os desafios e garantir o sucesso da safra de soja no Brasil.
Fonte: Pensar Agro
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Região do Cerrado Mineiro recebe reconhecimento histórico
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Situação do Rio Grande do Sul só piora: perdas do agro são incalculáveis
As chuvas torrenciais que assolam o Rio Grande do Sul desde o início desta semana já resultaram em uma tragédia de graves proporções. A Defesa Civil informou que até a noite da sexta-feira (02.05) haviam 39 mortos, 68 desaparecidos e 74 feridos no estado. Além de 32.248 pessoas fora de casa, sendo 8.168 em abrigos e 24.080 desalojadas, na casa de familiares ou amigos. Ao todo, 235 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 351.639 mil pessoas.
No setor agropecuário os estragos não têm precedentes. Lavouras inteiras foram dizimadas, impedindo a colheita e gerando perdas bilionárias. O presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Silveira Pereira, estima que o estado pode perder até 15% da safra de soja, um dos principais produtos agrícolas da região.
As áreas mais afetadas são o Planalto Sul-Riograndense e a região Sul do estado, onde a soja e o arroz, principais culturas da região, foram severamente impactadas. Campos inteiros estão submersos, as máquinas não conseguem acessar as áreas de colheita e os produtores estão ilhados, sem acesso aos mercados e aos serviços essenciais.
Além das perdas na produção, os produtores também enfrentam problemas logísticos. Estradas e pontes foram destruídas, dificultando o escoamento da produção e elevando os custos de transporte. A situação é ainda mais crítica para produtos perecíveis, como frutas, verduras e leite, que precisam ser transportados rapidamente para evitar perdas.
O impacto das inundações no agronegócio gaúcho ainda está sendo dimensionado, mas as estimativas iniciais apontam para um prejuízo bilionário. O setor, que já vinha se recuperando de três anos de secas, agora enfrenta um novo desafio de proporções épicas.
O pior é que o setor não consegue nem ao menos começar a mensurar suas perdas, uma vez que a chuva não para e as previsões indicam a chegada de uma nova frente fria e mais água.
Fonte: Pensar Agro