Balanço mostra que 18 pessoas foram assassinadas no Acre no mês de maio

Levantamento da Sejusp mostra total de homicídios registrados em maio deste ano e no mesmo período de 2018.

Balanço mostra que 18 pessoas foram assassinadas no Acre no mês de maio — Foto: Lenilda Cavalcante/Arquivo Pessoal

Por G1 AC

Dezoito pessoas foram assassinadas no Acre durante o mês de maio deste ano. Dados, da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), mostram que, do total de homicídios registrados, 11 ocorreram na capital do estado, Rio Branco.

O balanço da Sejusp foi divulgado nesta sexta-feira (31) e detalha informações dos casos registrados no Acre e em Rio Branco. O estudo mostram também que o principal motivo para as mortes é a guerra entre facções criminosas, que acabam com as execuções.

Uma das vítimas da violência foi o músico e fundador do Senadinho, Raimundo Nonato da Conceição, mais conhecido por Raimundo do Cavaco. O sambista saiu para comprar churrasco, na tarde de domingo (26), na Travessa São Bento, no bairro Santa Inês, em Rio Branco, quando foi baleado e morreu.

A família afirmou que o músico foi morto por engano e estava no lugar e hora errados. No mesmo local, Ronilton da Silva Queiroz também foi executado e as investigações apontam que ele foi feito de escudo.

Na quinta (29), amigos, músicos e familiares do sambista se reuniram em uma roda de samba para homenageá-lo. A professora e filha de Raimundo, Elis Andrade, contou que a dor só aumenta conforme o tempo passa e os criminosos não são presos.

Dados

Segundo a Sejusp, em maio do ano passado morreram 36 pessoas em todo estado. Porém, o Monitor da Violência, que permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país, mostra que o número de assassinatos no estado em maio do ano passado foram 37.

O levantamento da Segurança revela as principais situações em que os crimes ocorreram. A lista inclui confronto entre policias, bebedeira, legítima defesa, execução, rixa, entre outras.

Em relação ao confronto com as polícias, não há registro no mês de maio deste ano de mortes envolvendo as instituições. Já em 2018, duas pessoas morreram durante confronto com a Polícia Militar e uma pessoa em confronto com a Civil.

Ações

O secretário da Sejusp, coronel Paulo César, afirmou que, apesar das reduções, vidas inocentes foram tiradas, como caso do sambista e do Raimundo Lacerda do Nascimento, que apareceu em um vídeo sendo decapitado e o corpo ainda não foi achado.

“Um foi confundido com um integrante de uma facção e o outro, que, infelizmente estava no lugar e hora errados. O Raimundo [sambista], que eu conhecia e veio em minha casa em alguns momentos, só tinha dois prazeres na vida: carregar um sorriso no rosto e levar felicidade para os outros através de sua arte”, lamentou.

Ainda segundo o secretário, a sociedade está assustada com a forma que os crimes são praticados e, por isso, a Segurança vai lançar um programa que envolve a população e discussões o combate a criminalidade.

“Vamos montar um programa esse mês, justamente no sentido de atuar não só na área de repressiva policial, mas percebemos que é necessário um pouco mais. Precisamos do envolvimento da sociedade para rediscutir as relações, as pessoas não podem se matarem desse jeito”, frisou.

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Publicado por
Marcus José