fbpx
Conecte-se conosco

Brasil

Baixa participação faz Venezuela estender votação em referendo sobre a Guiana

Publicado

em

Ex-integrante do governo acredita que a polarização política na Venezuela teve impacto no baixo comparecimento da população às urnas neste domingo
Pedro Rances MAttey/AFP 03.12.23

A autoridade eleitoral venezuelana anunciou que estenderá por duas horas, até as 20h no horário local (21h de Brasília), a votação do referendo sobre a anexação de 70% do território da Guiana, alegando que os cidadãos continuavam participando no momento do encerramento.

O referendo consultivo realizado neste domingo (3) tem como objetivo fortalecer uma reivindicação centenária sobre o Essequibo, um território rico em petróleo e recursos naturais sob controle da Guiana, que por sua vez pediu ao seu vizinho “maturidade e responsabilidade”.

Cerca de 20,7 milhões de 30 milhões de venezuelanos estão convocados a votar, embora muitos centros em Caracas, San Cristóbal (estado de Táchira, oeste) e Ciudad Guayana (estado de Bolívar, no sudeste, na fronteira com a área disputada) tenham mostrado um baixo fluxo de eleitores durante o dia, constataram jornalistas da AFP.

A consulta, não vinculante, não é sobre autodeterminação, pois este território de 160 mil km² é administrado pela Guiana e seus 125 mil habitantes não votam no referendo. O resultado não terá consequências concretas a curto prazo: a Venezuela busca reforçar sua reivindicação e negou que a iniciativa seja uma desculpa para invadir e anexar a zona à força, como temem os guianenses.

O presidente Nicolás Maduro, que busca a reeleição em 2024, votou primeiro em seu centro eleitoral em um forte militar. “Hoje estamos votando como Venezuela por uma única cor, um único sentimento”, disse a jornalistas depois de votar.

Fronteira natural

 

A Venezuela argumenta que o rio Essequibo é a fronteira natural, como foi em 1777, quando era Capitania Geral do Império Espanhol. Apela ao Acordo de Genebra, assinado em 1966, antes da independência da Guiana do Reino Unido, que lançou as bases para uma solução negociada e anulou uma decisão de 1899, que definiu os limites defendidos pela Guiana, que pediu sua ratificação à Corte Internacional de Justiça (CIJ).

O presidente da Guiana, Irfaan Ali, que pediu sem sucesso à CIJ para suspender o referendo, afirmou a seus compatriotas que não tinham “nada a temer”.

“Estamos trabalhando incansavelmente para garantir que nossas fronteiras permaneçam intactas e que a população e nosso país continuem seguros”, declarou em uma transmissão no Facebook. “É uma oportunidade para que mostrem maturidade” e “responsabilidade”.

Petróleo

A reivindicação da Venezuela se intensificou desde que o gigante energético americano ExxonMobil descobriu, em 2015, petróleo em águas disputadas, o que deixou a Guiana com reservas de petróleo comparáveis às do Kuwait, liderando a lista de reservas per capita do mundo.

Maduro não economiza insultos a Ali, a quem acusa de “prepotente, arrogante e beligerante”. Além das trocas de declarações, houve movimentação de tropas, e a Guiana realizou exercícios militares e iniciou conversações para estabelecer bases dos Estados Unidos.

Milhares de guianenses formaram correntes humanas neste domingo, chamadas “círculos de união”, para mostrar seu apego à região. Muitos vestiam camisetas com frases como “O Essequibo pertence à Guiana” e agitavam bandeiras do país.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reforçou as tropas brasileiras na fronteira, disse neste domingo que espera que “o bom senso prevaleça” nesta disputa e que a região não precisa de confusão.

Cinco perguntas

O referendo consiste em cinco perguntas, que incluem a rejeição ao laudo de 1899 e à jurisdição da CIJ, bem como o apoio ao Acordo de Genebra de 1966. A consulta também propõe a criação de uma província venezuelana chamada “Guayana Essequiba” e conceder nacionalidade a seus habitantes.

Diante dos relatos de baixa participação, o ex-ministro chavista e ex-vice-chanceler Alejandro Fleming acredita que a polarização política na Venezuela teve impacto. “Isso afeta a participação em um assunto de interesse nacional, já que a convocação não surgiu do consenso político”, disse à AFP.

“Do referendo, destaco o interesse em mostrar à Guiana e à comunidade internacional uma posição firme […]. Porém uma baixa participação poderia ser aproveitada pela Guiana para afirmar que não se trata de um assunto nacional, embora uma opinião desse tipo não afete em nada a reivindicação venezuelana”, acrescentou.

Comentários

Continue lendo

Brasil

Câmara aprova texto-base da suspensão da dívida do RS com a União

Publicado

em

Por

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (14) o texto-base do projeto de lei complementar que suspende o pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União em razão das enchentes que devastam o estado.

A proposta enviada pelo governo federal prevê a suspensão do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul pelo período de 36 meses.

O estoque da dívida do estado com a União está em cerca de R$ 100 bilhões atualmente e, com a suspensão das parcelas, deixará de pagar R$ 11 bilhões nas parcelas. Com isso, o dinheiro poderá ser usado em ações para minimizar a tragédia e na reconstrução do estado. 

A mudança na legislação irá beneficiar não somente o Rio Grande do Sul, mas qualquer ente federativo que decretar estado de calamidade pública em razão de eventos climáticos extremos.

Deputados federais votam agora destaques ao projeto.

Bancada gaúcha

A bancada de deputados federais do Rio Grande do Sul já apresentou 117 projetos com medidas de socorro ao estado, entre elas criação de auxílio emergencial para a população afetada, linha de crédito para a compra de móveis da chamada linha branca e auxílio a empresários do transporte público.

* Com informações da Agência Câmara

Fonte: EBC GERAL

Comentários

Continue lendo

Brasil

Quase 80 mil pessoas estão em abrigos no RS; mortes chegam a 149

Publicado

em

Por

O número de pessoas em abrigos no Rio Grande do Sul por causa das cheias das últimas semanas aumentou nesta terça-feira (14), após uma nova inundação no Rio Guaíba, em Porto Alegre. Na manhã de hoje, eram 76.884 alojados nos abrigos do estado, e no final da tarde o número passou para 79.494. 

Mais uma morte foi confirmada, passando para 149 no total e 124 pessoas continuam desaparecidas. 

O total de desalojados pelas enchentes chega a 538.245 pessoas. Dos 497 municípios do estado, 446 foram afetados, o que corresponde a 89,7% do total.

Na manhã de hoje, o nível do Guaíba, que banha a capital e região metropolitana, subiu e atingiu a marca de 5,21 metros – 2,21 metros a mais que a chamada cota de inundação, que é de 3 metros. O recorde histórico, 5,33 metros, foi registrado na semana passada. 

Fonte: EBC GERAL

Comentários

Continue lendo

Brasil

Deputado Alberto Neto é detonado pela direita e se justifica após ser apontado como voto a favor da urgência do PL da Globo

Publicado

em

Parlamentar alegou que o requerimento de urgência foi apresentado no plenário no ano passado e que na época o PL era completamente diferente do que é hoje.

Alberto Neto foi apontado por vários internautas como apoiador do PL após seu nome aparece na lista dos que votaram a favor da urgência. Foto: assessoria

Com assessoria

O deputado federal Capitão Alberto Neto (PL) está sendo duramente criticado por eleitores da direita após ser apontado nesta terça-feira (14) como um dos votos a favor de requerimento de urgência do Projeto de Lei 8889/17, conhecido como “PL da Globo” ou da Censura, que pretende taxar serviços de streamings com exceção do Globoplay. O PL foi retirado hoje de pauta pelo relator, deputado federal André Figueiredo (PDT-CE), após grande polêmica tanto dentro da Câmara, quanto nas redes sociais.

O PL 8889/17 propõe a taxação de plataformas como Netflix e YouTube, por meio da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine), com alíquotas progressivas, podendo atingir até 6% sobre a receita bruta no mercado brasileiro, incluindo ganhos com publicidade.

Alberto Neto foi apontado por vários internautas como apoiador do PL após seu nome aparece na lista dos que votaram a favor da urgência. Após isso ele se manifestou nas redes sociais contra o projeto e alegando ser fake news.

Meu voto será CONTRA ao PL 8889 que taxa NetFlix, Youtube, Instagram, TikTok e demais plataformas streaming. Nós da direita nunca vamos aceitar mais cobranças e taxas em cima do bolso do trabalhador brasileiro. Não acreditem em fake News, e nos ajudem a divulgar a verdade“, disse.

Apesar da justificativa o deputado continuou sendo criticado. “Sabe qual o problema cara? Você é arrogante. Você podia ter pedido desculpas por votar sim pra urgência, mas já tá acusando as pessoas de direita de Fake News. Você se mostra mais um inquisidor, que persegue pessoas de direita que te cobram pra fazer o mínimo. Vergonha“, escreveu um internauta.

Após repercussão negativa ele então alegou que o requerimento de urgência foi apresentado no plenário no ano passado e que na época o PL era completamente diferente.

Esse voto foi referente ao requerimento de urgência que foi apresentado no plenário no ano passado e que na época o PL era completamente diferente, hoje o PL que está em pauta é outro, e do jeito que está o projeto hoje meu voto será CONTRA a este PL que foi apresentado”, explicou.

Comentários

Continue lendo