Jairton responde por homicídio simples, classificado como feminicídio, qualificado por motivo torpe. Foto: Rep. Instagram
A 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar do Tribunal de Justiça do Acre marcou a data para a a audiência de instrução de Jairton Silveira Bezerra, de 45 anos, réu pelo assassinato de Paula Gomes da Costa, de 33 anos. O procedimento está marcado para o dia 12 de maio deste ano, às 8h30, na sede da Vara da Auditoria Militar, em Rio Branco.
Paula foi brutalmente esfaqueada na frente da filha de 6 anos em via pública de Rio Branco, em outubro do ano passado. Em janeiro deste ano, a Justiça recebeu denúncia do Ministério Público do Acre (MP-AC) e, com isso, ele virou réu no processo.
Jairton responde por homicídio simples, classificado como feminicídio, qualificado por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima na presença de descendente e em descumprimento de medida protetiva, com animus necandi (intenção de matar), em contexto de violência doméstica.
Segundo as evidências apresentadas pela polícia e destacadas pelo MP-AC na denúncia, a condição de sexo feminino da vítima foi determinante no crime e, por isso deve ser caracterizado como feminicídio.
O Ministério Público do Acre (MP-AC) denunciou Jairton por homicídio qualificado (feminicídio), com as seguintes agravantes:
As provas coletadas pela polícia e apresentadas pelo MP-AC destacam que o gênero da vítima foi determinante para o crime, caracterizando-o como feminicídio.
Paula Gomes da Silva tinha 33 anos e era funcionária de uma clínica odontológica em Rio Branco. Foto: Rep. Instagram
O caso reforça a urgência de combate à violência contra a mulher, especialmente em situações de violência doméstica. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que o Acre tem uma das maiores taxas de feminicídio do Norte, com casos frequentemente associados a relações conjugais ou ex-companheiros.
A audiência de instrução será realizada na Vara da Auditoria Militar, em Rio Branco, e servirá para ouvir testemunhas e analisar provas. Se confirmada a acusação, o caso seguirá para julgamento pelo Tribunal do Júri.
Paula Gomes da Costa tornou-se mais uma vítima da violência de gênero no Brasil, onde uma mulher é assassinada a cada 7 horas em crimes classificados como feminicídio.