Alexandre Lima
Um crime ocorrido por motivos banais na tarde desta quinta-feira, dia 5, em uma colônia localizada no ramal do km 38 da BR 317 (Estrada do Pacífico), foi solucionado em menos de 24 horas após policiais militares e civis tomaram conhecimento da tragédia.
Segundo foi levantado, o ex-taxista José Carlos de Góes, de 46 anos, tinha uma colônia no ramal distante cerca de 5km da BR, e vinha tendo problemas com o filho do vizinho de 17 anos. Este foi visto praticando furto em sua propriedade e foi dado falta de alguns pertences na quarta-feira, dia 4.
Com a política de manter a boa vizinhança, Góes teria ido na casa do pai, identificado como Mário Alves de Souza (56), onde conversou sobre o fato e pediu para que não mais acontecesse, ficando acertado que não iria mais acontecer.
Toda conversa teria ocorrido sem nenhum problema e o Senhor Góes voltou para casa com uma testemunha tranquilamente. No dia seguinte, por volta das 14 horas da quinta-feira (5), quando teria pego seu carro e parou na porteira enquanto um funcionário foi abrir, foi surpreendido com um tiro pela costas.
Segundo a testemunha que está sendo mantida em segredo, teria escutado um primeiro disparo. Foi quando ouviu a vítima dizer que foi atingido lhe dizendo para correr e pedir ajuda, assim fez fugindo para dentro do mato temendo por sua vida.
Conta ainda que ouviu outros disparos e os dois circulando atrás dele pelo ramal de moto e da propriedade da vítima. Somente pelo final do dia, conseguiu sair da mata e correu para pedir ajudar e avisar do fato à Polícia Militar pelo 190 (Emergência)
Uma diligencia da Polícia Militar se deslocou até o local, onde confirmaram que havia um corpo já sem vida. A partir daí, entrou investigadores da Polícia Civil e iniciaram um trabalho conjunto para tentar chegar até os culpados.
Foi quando localizaram Mário e seu filho e mesmo negando, foram conduzidos para a delegacia de Brasiléia, chegando por volta das 01h00 desta sexta-feira. Durante o dia, após interrogatório, os dois confessaram o delito e levaram os policiais até a cena do crime e onde esconderam as armas, uma espingarda importada calibre 20 e um rifle 22.
Inicialmente, o jovem tentou dizer que havia feito tudo sozinho, no intuito de livrar o pai, mas, diante das provas, não convenceram as autoridades. Mário, o pai, foi preso na Bolívia em 2010 acusado de homicídio, mas, sem provas ficou apenas 10 dias detido e depois liberado.
Mário seria conduzido ao presídio na Capital, enquanto seu filho irá para a Pousada do Menor, enquanto aguardam o pronunciamento da Justiça sobre o caso.
Equipe de policiais civis e militares foi ao local do crime reconstituir os fatos