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Acre

Artigo: deputado diz por que não vota contra pensão de ex-governador

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Deputado pelo PSB, Manoel Moraes - Foto: Divulgação

Deputado pelo PSB, Manoel Moraes – Foto: Divulgação

O perigo de legislar sob pressão

“A pior democracia é preferível à melhor das ditaduras.” Com esta máxima do grande jurista e jornalista Ruy Barbosa, faço uma reflexão pertinente à generalização nas acusações a políticos e a pressão para que os deputados do Acre assinem um documento apoiando a apresentação da  Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 2/2013, de autoria do deputado Gilberto Diniz (PT do B), que extingue a pensão vitalícia para ex-governadores.

Talvez a primeira pergunta do leitor seja: afinal, o que os dois assuntos têm a ver com democracia? Eu respondo: Tudo. Tem tudo a ver. Partindo da premissa que a democracia é o governo no qual o poder e a responsabilidade cívica são exercidos por todos os cidadãos, diretamente ou através dos seus representantes livremente eleitos, a democracia tem tudo a ver com a questão.

Isto sem esquecer, todavia, que ditaduras podem nascer da manipulação das massas e do desrespeito total aos poderes legislativos constituídos.

Fui livremente eleito pelo povo e quero ter o direito de legislar livremente, sem pressão, de acordo com minha consciência, exercendo, assim, o poder de legislar que me foi concedido através da democracia representativa em vigência neste País.

Sou um homem simples, de poucas palavras, porém com o antigo hábito de honrar com meus compromissos e com minha condição de cidadão. Sou a favor do diálogo à exaustão, se for o caso, mas vou resistir bravamente a qualquer tipo de pressão para que eu vote ou deixe de votar qualquer matéria que seja.

Podem pressionar, xingar, colocar arma na minha cabeça e até, me desmoralizar nas redes sociais, como aliás vem acontecendo, mas não cederei. Não sou homem de agir sob pressão e nem de trair os votos que recebi.

A minha defesa aqui não é pela manutenção da pensão, apesar de ter argumentos sólidos a respeito do assunto. Não sou político de carreira que joga para a plateia, que diz o que as pessoas querem ouvir, mesmo não sendo aquilo o correto ou, ao menos, o que ele acredita.

Não sou daqueles que dão uma declaração oficial e outra nos bastidores.Mesmo sendo deputado e estando em um meio tão criticado, continuarei a ser o homem do interior que sou: honesto e de poucas palavras, porém verdadeiras.

A defesa que faço aqui não é pelo ex- governador A ou B. A defesa que faço aqui é do direito de legislar sem pressão. Acredito que temos que discutir todo e qualquer assunto, mas jamais colocar abaixo as conquistas democráticas acumuladas ao longo dos anos. A minha defesa é pelo meu direito legítimo de legislar sem interferências, cumprindo, assim, o papel que me foi confiado.

Para quem não me conhece ainda, eu sou Manoel Moraes de Sales,funcionário de carreira do Ibama e atualmente exercendo a função de deputado estadual, tendo sido eleito com  4.462 votos na última eleição.

Pode não parecer muito, mas representa 1,31% dos votos válidos no último pleito, o que me tornou o 12° deputado mais bem votado da atual legislatura. Em Xapuri, cidade onde moro, obtive 2.462 votos, o que me fez ser o deputado mais bem votado da história da cidade.

Talvez para você que esteja a ler estes números, isso não queira lhe dizer muita coisa, mas pra mim diz, e muito. Estes números fazem menção, diariamente, à imensa responsabilidade que tenho sobre os ombros para honrar cada voto que recebi e defender a legítima representatividade que me foi concedida via processo democrático.

Tenho sido pressionado, literalmente pressionado, a votar a favor da PEC que é de autoria do deputado Gilberto Diniz.

Quero falar mesmo é da PEC e dizer que não assinei até o momento porque não fui convencido dos reais motivos para fazê-lo.

Sim, para eu votar algo preciso ser convencido a respeito. Não será na base do grito que irão ganhar meu voto. Toda pressão, por mais que seja motivada por interesses legítimos e ideais verdadeiros, atenta contra minha livre manifestação parlamentar.

Falando a respeito da minha indignação contra as pressões, quero ter a oportunidade de defender meu ponto de vista sobre a bendita PEC da confusão. Não assinei porque o assunto ainda precisa ser debatido e creio que ele merece ressalvas, sob pena de cometer injustiças em nome da generalidade.

Vou começar falando da verdade mais elementar desta questão: não sou amigo de nenhum ex-governador e pessoalmente nem creio que um dia possa tornar-me um deles, portanto fica esclarecido que não estou legislando em causa própria.

Não assinei a  PEC porque não fui convencido a fazê-lo e não o farei por obrigação, sob pena de estar condenando a atuação legislativa a ser mero objeto de pressões externas, que poderão levar ao enfraquecimento da instituição.

Estou convencido de que, se ceder, colocarei o que penso em risco. O que penso é que um poder como o Legislativo não pode se tornar refém de interferências, ameaças ou chacotas virtuais, sob pena de perder sua legitimidade e verdadeira função de ser.

Até entendo o descrédito de algumas pessoas com relações à classe política. Porém, é fundamental entender que nem todos os políticos são iguais eque há trigo e joio nesta classe, aliás, como acontece em todos os outros meios.

Da mesma forma que a unanimidade, como dizia nosso dramaturgo, nos leva a uma cegueira no campo da inteligência, o mesmo ocorre com a generalização.

Tenho sido duramente criticado por alguns manifestantes do movimento do ‘Basta’ – o qual considero legítimo, oportuno e providencial – porque não votei a PEC. Nada tenho contra críticas, desde que elas sejam fundamentadas em argumentos sólidos e proposições verdadeiras.

Como diz o sociólogo José Flor de Medeiros Júnior, com quem muito me identifico, talvez por ele ser especialista em história do nordeste e entenderas minorias: “o que estamos a assistir é um todo sendo criticado por outro todo. O Estado pela sociedade. Nem o Estado expõe argumentos de defesa, nem a sociedade consegue demonstrar um caminho rumo à resolução dos problemas.”

Eu, como nortista, faço minhas as palavras deste sociólogo com especialização em história nordestina, e defendo críticas propositivas e sólidas.

A pena que tenho é de que os que me criticam talvez nunca tenham antes ouvido falar de mim e nada saibam a meu respeito, da minha personalidade e do meu modo de agir.

Rapazes, vocês se depararam com um homem de 48 anos que aprendeu, aduras penas, a defender os princípios que norteiam sua vida, como a honra, a verdade e a dignidade.

Estranho que alguns dos manifestantes que ficam me coagindo nas redes sociais para que eu assine a favor da PEC nunca tenham tido a iniciativa de ir ao 3° andar da Assembleia Legislativa do Acre fazer uma visita ao meu gabinete para que juntos, como pessoas civilizadas e de argumentos consistentes, debatamos o assunto em questão.

Mas, ainda bem que nunca é tarde para uma boa ação. O convite para a visita está feito, assim como o pedido de desculpas pela deselegância de não tê-los convidado antes.

Lamento veementemente que alguns abram mão da análise crítica e argumentativa. Como bem disse nosso escritor Machado de Assis, “a crítica que não analisa é a mais cômoda, mas não pode pretender a ser fecunda.”

Em nome da não comodidade e do respeito pelo contraditório, eu convido os representantes do ‘Basta’ para que nos reunamos e conversemos sobre a PEC em questão.

Estou certo de que, como jovens audazes que são, aceitarão o convite deste parlamentar, mas antes mesmo de que chegue este encontro, quero adiantar três questões sobre meu ponto de vista a respeito da PEC.

1 – Eu concordo que quem recebe salário de parlamentar, como o senador Jorge Viana (PT) e Flaviano Melo (PMDB), não deve receber a pensão.

2 – Defendo que a pensão deve ser paga apenas para aqueles que cumpriram dois mandatos ou estiveram em situação singular, como o saudoso ex-governador Edmundo Pinto, que morreu durante o exercício da função. Edmundo foi, lamentavelmente, assassinado no segundo ano de seu mandato,deixando sua famílias desamparada,inclusive do ponto de vista financeiro. Neste caso,apensão deve  Neste caso, a pensão deve ser paga à esposa e inclusive seus filhos.

3 – Defendo, também, que a pensão seja paga àqueles que não tenham outra fonte de renda, como forma de provimento para sustento dos mesmos, como é ocaso do ex-governador Nabor Júnior, primeiro governador eleito após a aberturado processo democrático no Acre. Nabor cumpriu sua função e creio que poucas pessoas discordem desta questão.

A respeito das pensões pagas, enfim, tenho muito o que argumentar e conversar com aqueles que desejam ver a PEC aprovada. Por todo o exposto, eu refaço o convite para um diálogo franco e aberto, em nome da liberdade de expressão, respeito pelo contraditório e fortalecimento do Legislativo acreano.

Deputado estadual Manoel Moraes- PSB

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Acre

Prefeito Jerry Correia se reúne com Deputado Federal Coronel Ulysses para tratar de melhorias para Assis Brasil

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O prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia, foi recebido pelo deputado federal Coronel Ulysses para discutir investimentos e melhorias para o município, que faz parte da tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Bolívia. Entre os temas abordados, esteve a potencialidade turística da cidade e a possibilidade de uma agenda com o Ministro do Turismo para buscar mais recursos para o setor.

Além disso, o prefeito apresentou os resultados das emendas destinadas para Assis Brasil pelo deputado. Desde segunda-feira, equipes da Prefeitura estão trabalhando na recuperação de ruas do bairro Plácido de Castro, graças aos recursos viabilizados pelo parlamentar. Parte dos investimentos também veio de uma emenda especial, que contemplará melhorias no bairro Bela Vista.

O prefeito Jerry Correia aproveitou a ocasião para convidar o deputado Coronel Ulysses a visitar Assis Brasil e conferir de perto as obras realizadas. “Queremos mostrar o impacto positivo que esses recursos estão trazendo para a cidade e expressar a gratidão da nossa população”, destacou Jerry

A Prefeitura segue empenhada em firmar parcerias para garantir mais investimentos e desenvolvimento para Assis Brasil, fortalecendo a infraestrutura urbana e explorando o potencial turístico do município.

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Acre

Deputados e senadores elegem presidentes da Câmara e Senado neste sábado

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A um dia da eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, três candidatos já haviam oficializado sua intenção de ocupar a presidência da Casa: Hugo Motta (Republicanos-PB), Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS)

Eleição para presidências da Câmara e Senado ocorre neste sábado (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Câmara dos Deputados e Senado Federal vivem momentos decisivos para a grande disputa que ocorrerá neste sábado (1º), data em que os parlamentares escolherão aqueles que comandarão cada uma das duas casas legislativas pelos próximos dois anos.

Serão também escolhidos os ocupantes dos demais cargos das mesas diretoras. A previsão é de que, no Senado, a eleição inicie às 10h. Já a da Câmara está prevista para o período da tarde, às 16h.

Senado

Além de seu presidente, os senadores escolherão dois vice-presidentes e oito secretários – quatro titulares e quatro suplentes. O primeiro passo a ser dado para a escolha do presidente será dado na primeira reunião preparatória. Nela, os pretendentes ao cargo formalizam, por escrito, a candidatura na Secretaria-Geral da Mesa.

Na sequência, o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, comunica as candidaturas formalizadas ao Plenário. Os candidatos, então, discursarão em defesa de suas candidaturas, seguindo ordem alfabética.

De acordo com as regras da Casa, renúncias de candidaturas podem ocorrer durante o período estipulado para os discursos. Apenas os candidatos à presidência do Senado poderão discursar.

Terminados os discursos, inicia-se a votação, que será secreta, em cabines e em cédulas contendo os nomes dos candidatos, além de rubricas dos atuais presidente e vice-presidente do Senado. O voto, então, será depositado em uma urna instalada na Mesa e, por fim, o parlamentar assina a lista de votação.

Caberá ao atual presidente e auxiliares fazerem a apuração, iniciada com a confirmação do número de cédulas, para, então, fazer a contagem de votos para cada candidato. Terminada a contagem, os votos serão triturados. Vence o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos.

Candidatos

Até o fechamento desta matéria, quatro senadores estão na corrida para ocupar a presidência do Senado para o biênio 2025-2026: Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Marcos Pontes (PL-SP), Marcos do Val (Podemos-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE).

A posse do novo presidente será feita logo após o anúncio do eleito, finalizando a primeira reunião preparatória, dando início à convocação da segunda reunião, prevista para as 11h. Nela, serão formalizados, apresentados e escolhidos, também em votação secreta, os demais integrantes da mesa (dois vice-presidentes, quatro secretários titulares e quatro secretários suplentes).

No caso dos cargos em que haja apenas um candidato inscrito, a votação será por meio eletrônico.

Para a eleição dos integrantes da Mesa, é exigida maioria de votos e presença da maioria dos senadores. “Deve ser assegurada, tanto quanto possível, a participação proporcional das representações partidárias ou dos blocos parlamentares com atuação na Casa”, informa o Senado.

Câmara

A um dia da eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, três candidatos já haviam oficializado sua intenção de ocupar a presidência da Casa: Hugo Motta (Republicanos-PB), Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS).

O prazo para formalização das candidaturas termina às 13h30 do sábado. Já o prazo para a formalização dos blocos parlamentares terminará às 9h do mesmo dia. Duas horas depois, às 11h, está prevista uma reunião de líderes, para a escolha dos cargos da Mesa Diretora.

A inauguração da nova sessão legislativa será em sessão conjunta do Congresso Nacional, prevista para as 15h. Já a primeira sessão preparatória, em que se elegerá o novo presidente, será no Plenário, e tem previsão de iniciar às 16h.

A exemplo do Senado, o vencedor precisará obter maioria absoluta dos votos (257), para ser eleito em primeiro turno. Caso haja necessidade de um segundo turno, bastará ser o mais votado para, enfim, definir quem ocupará a cadeira da presidência pelos próximos dois anos.

Os partidos poderão formar blocos, caso pretendam aumentar sua representatividade e participação na distribuição das presidências de comissões e da Mesa Diretora. O mandato terá duração de quatro anos para as comissões; e de dois anos para a Mesa Diretora.

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Secretária de Educação de Xapuri participa do 1º Encontro da Undime/AC

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A secretária municipal de Educação de Xapuri, Aucelina Oliveira, participou, nesta quinta-feira, 30, do 1º Encontro de Dirigentes Municipais de Educação, promovido pela Undime/AC – União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação.

O evento reuniu gestores educacionais de diversos municípios para debater políticas públicas, compartilhar experiências e buscar soluções para os desafios da educação básica.

Antes do encontro da Undime/AC, Aucelina cumpriu, acompanhada gestora DGP/Núcleo de Lotação da Semed, Gilcinara Gondim Batista, algumas agendas em Rio Branco, nas secretarias municipal e estadual de Educação, todas elas com pautas importantes relacionadas à melhoria do ensino em Xapuri.

“ (…) Participei de reunião com o secretário municipal [adjunto] de Educação de Rio Branco, Paulo Machado, para fazermos parcerias na área de ações pedagógicas, permutas de servidores e outros”, relatou Aucelina.

Nas redes sociais, o secretário Paulo Machado mencionou o encontro com a secretária e enfatizou a importância da parceria entre os municípios na área da Educação. Ele teceu elogios ao empenho da gestora educacional xapuriense na melhoria da qualidade do ensino no município.

“Recebemos com grande satisfação a visita da secretária de educação de Xapuri, Aucelina da Silva. Sua presença fortalece a parceria para a melhoria da

Educação no município. Aucelina se destaca pelo trabalho dedicado e busca por soluções inovadoras para garantir um ensino de qualidade aos estudantes de Xapuri”, registrou.

Aucelina também destacou a visita que fez à Secretaria Estadual de Educação e Cultura (SEE), onde se reuniu com o professor José Rego, do Departamento de Gestão da pasta. Na pauta, eles discutiram sobre parcerias que já existem entre as esferas estadual e municipal na área educacional.

“Também estivemos na Secretaria Estadual de Educação, com o professor Rego, para uma visita de apresentação e fundamentar as parcerias já em andamento com o coordenador do Núcleo de Educação de Xapuri, Wágner Menezes”, acrescentou.

A participação da secretária xapuriense no encontro da Undime/AC reforça o compromisso do município com a melhoria da qualidade do ensino e a implementação de estratégias inovadoras para o desenvolvimento educacional.

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