Por Aline Nascimento
A professora Katrícia Rockenbach, de 30 anos, finalmente pôde levar o filho recém-nascido para casa após travar uma luta contra a Covid-19.
Ela teve que ser submetida a um parto de emergência no 8º mês de gestação, no dia 8 de abril, e depois ficou quatro dias internada na UTI. No domingo (25), o pequeno Matheus recebeu alta da maternidade e foi para casa com a família.
O pequeno não fez exames para a Covid-19, mas foi diagnosticado com uma infecção e precisou ficar ainda 10 dias na UTI.
Katrícia saiu da UTI do Pronto Socorro de Rio Branco no dia 12 de abril. Desde então, passou a visitar diariamente o bebê na Maternidade Bárbara Heliodora, retirar leite para alimentá-lo e torcer pela recuperação dele.
“Meu encontro com ele foi muito emocionante. Sai do hospital na segunda [dia 12 de abril] à noite, na terça [dia 13] já fui fazer uma visita para ele. Quando cheguei, ele estava tendo uma intercorrência, teve sangramento e teve que ser intubado por causa da infecção. Foi a mesma coisa que abrir o chão e me colocar dentro. Pensei que ia morrer. Depois da intubação, conversei com ele e fique mais tranquila”, relembrou.
A professora contou que o filho está bem e já mama no peito dela. Já ela ficou com algumas sequelas da doença, como queda de cabelo, falta de ar durante à noite e perda da memória.
“A partir do momento em que você pode pegar seu filho no colo sem aqueles aparelhos é só felicidade. Agora estou com ele no braço porque recuperação e resguardo a gente não teve, estamos em casa, curtindo um ao outro e tentando voltar à rotina normal”, frisou.
A professora acha que pegou Covid-19 durante uma das internações na maternidade para tratar a pressão baixa. Ela estava de repouso absoluto desde o dia 24 de fevereiro, quando o médico pediu para que ela fizesse repouso até o dia do parto.
Porém, ela teve pressão alta na gestação e sofreu alguns picos antes do parto. “Não tenho certeza absoluta, não estava saindo de casa. Tive pressão muita alta na gravidez. No dia 24 de fevereiro o médico me colocou de repouso absoluto até o parto. Só que com a pressão alta tive que ir para a maternidade algumas vezes e acabei ficando internada por duas vezes para baixar a pressão”, acrescentou.