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Após fuga e protesto de policiais penais, Iapen nega fragilidade no sistema carcerário do Acre

Fuga ocorreu na madrugada dessa terça-feira (15) no Complexo Penitenciário de Rio Branco, após presos fazerem um buraco em cela. Com um dos policiais presos foi encontrado cartão de memória com arquivos de familiares de presos.

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Preso que conseguiu fugir/Foto: divulgação 

Por Iryá Rodrigues

Enquanto policiais penais faziam protesto, nesta quarta-feira (16), alegando falta de estrutura e efetivo para trabalhar, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) negou fragilidade no sistema e disse que o ambiente carcerário do Acre é controlado. O impasse ocorre após oito presos tentarem fugir do Pavilhão P do Complexo Penitenciário Rio Branco nessa terça-feira (15).

Seis foram contidos ainda dentro do complexo e outros dois chegaram a pular a muralha. Desses dois, um acabou sendo baleado e Junior conseguiu fugir. A polícia continua em busca do detento Antonio Carlos Siqueira da Silva Junior.

O preso que foi baleado, que não teve o nome divulgado, passou por cirurgia no Pronto-socorro de Rio Branco e, segundo o diretor-presidente do Iapen-AC, Arlenilson Cunha, segue internado na enfermaria da unidade em estado estável.

No último dia 8, um plano de fuga foi interrompido por policiais penais no Complexo Penitenciário de Rio Branco, quando encontraram o início de um buraco que estava sendo feito na parede. A ocorrência foi na Unidade de Regime Fechado 1, no pavilhão ‘Q’, cela 24 planejavam a fuga e o plano foi identificado durante procedimento de revista, quando os policiais encontraram o princípio do buraco, na cela onde os dois cumprem pena.

Cunha afirmou que o local onde ocorreu a fuga estava com três guaritas ativas e que a segurança estava reforçada. Mas que, mesmo assim, ocorreu a fuga. Ele comentou ainda sobre a prisão dos policiais penais Francisco Jeferson Gomes de Morais e Genildo Gabriel da Silva, no último dia 11, e afirmou que não há indícios de que a fuga tenha ligação com a prisão dos servidores.

Tanto com relação à fuga como quanto à prisão dos policiais penais, o Iapen informou que foi aberto processo administrativo para apurar as circunstâncias dos fatos.

‘Fragilidade jamais’

“Até então não tem relação nenhuma. Não temos nada que ligue essa fuga com a prisão dos policiais envolvidos nessa questão. Vamos seguir apurando as circunstâncias da fuga. O que posso dizer é que temos um ambiente controlado e isso está evidente”, diz.

Mas, reconhece que a população carcerária é grande.

“Tivemos 190 dias sem nenhum tipo de ocorrência de grande volume, como de morte. Infelizmente temos uma massa carcerária gigante, 6.053 presos e 2.190 monitorados, mas temos uma Polícia Penal preparada, temos impedido fugas, então dizer que há uma fragilidade, jamais”, afirma.

O que contraria a versão dos policiais penais, que chegaram a fazer um protesto na manhã desta quarta-feira (16), justamente alegando fragilidade no sistema. Em nota, divulgada ainda na terça-feira (15), a Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário do Acre (Asspen) falou sobre as constantes tentativa de fuga.

“O sucateamento da Polícia Penal, com a falta de efetivo, diminuição injustificada do banco de horas e as demais medidas do pacote de maldade implementado pela atual gestão do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), só contribui para o enfraquecimento da Instituição, de seus membros e do sistema prisional em geral”, destacou a nota da associação.

Há mais de um ano, também não houve respostas para uma fuga em massa ocorrida em janeiro de 2020, quando 26 presos escaparam pulando o muro do maior completo penitenciário do estado.

Policiais penais fazem ato em Rio Branco e pedem incorporação salarial e concurso público — Foto: Arquivo pessoal

Cartão de memória com documentos para presos

Com um dos policiais penais presos no último dia 11, Genildo Gabriel da Silva, foi encontrado um cartão de memória que continha diversas pastas com informações de familiares de presos. Entre elas, uma carta da esposa de um preso para ele.

Segundo o processo, a polícia também achou conversar do policial penal com familiares de presos dos pavilhões A, B, C, D, E, O e, principalmente, P, onde ocorreu fuga na madruga dessa terça.

A defesa de Genildo da Silva informou que não vai se manifestar sobre o caso nesse momento. O G1 não conseguiu contato com a defesa de Jeferson Gomes, que já chegou a ser preso outras duas vezes quando era agente socioeducativo por de tráfico de armas no Centro do município de Xapuri.

Os dois estão presos na Unidade Prisional 4, em Rio Branco, separados dos demais detentos. Segundo o Iapen, o local foi desativado, mas funciona como extensão da Unidade de Regime Fechado número um do Complexo Penitenciário de Rio Branco.

Eles tiveram a prisão em flagrante substituída por prisão preventiva ainda no sábado (12). Na decisão, o juiz Alesson Braz, que estava no plantão da Justiça, autorizou ainda o acesso aos arquivos dos celulares dos dois, ao conteúdo registrado em mídias e em memória interna de celulares apreendidos, com o respectivo encaminhamento ao Instituto de Criminalística.

Conforme a Polícia Civil, os dois servidores foram indiciados pelos crimes de tráfico de drogas e por integrar organização criminosa. Com eles, a polícia encontrou 13 volumes de maconha, escondidos no coturno, pesando cerca de 600 gramas, além de cartas com recados, chips de celular, cartão de memória e tinta para tatuagem.

Após a prisão, os policiais civis, foram até a casa de um dos investigados e, no local, foram apreendidos R$ 15 mil em espécie e uma pistola calibre 380, além de três celulares e um carro.

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SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE PORTO ACRE – EDITAL DE CONVOCAÇÃO

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A Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Porto Acre – SINSPMPAC, Convoca os Servidores para Assembleia Geral.

Veja nota abaixo

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Contrastes entre inundações no Sul e seca no Centro-Oeste: MS adota medidas

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Enquanto o Rio Grande do Sul enfrenta inundações de proporções históricas, o Mato Grosso do Sul implementa medidas para conter a escassez de água. Essa situação crítica ameaça o abastecimento de água, a navegação, a geração de energia hidrelétrica e diversas atividades econômicas na região.

O Rio Paraguai, um dos principais cursos d’água do Centro-Oeste, atingiu o menor nível já registrado em diversas estações de monitoramento ao longo de sua calha principal.

Embora a quantidade de água captada dos rios represente menos de 30% da vazão de referência, a redução dos níveis dos rios pode comprometer as estruturas de captação, exigindo a instalação de equipamentos adicionais e, possivelmente, a criação de taxas extras para bancar os custos.

Em resposta à crise, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou Situação Crítica de Escassez Quantitativa dos Recursos Hídricos na Região Hidrográfica do Paraguai. Veja aqui a resolução.

A medida, válida até 31 de outubro, impõe restrições ao uso da água em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

O Governo de Mato Grosso do Sul, em conjunto com a ANA e outros órgãos, está implementando diversas medidas para enfrentar a seca, como:

  • Monitoramento contínuo dos níveis dos rios e das condições climáticas: Essa ação é fundamental para se antecipar e responder às mudanças que estão acontecendo na região.
  • Criação de uma Sala de Crise: A sala de crise serve para coordenar ações entre diferentes órgãos e garantir respostas rápidas e eficazes à crise.
  • Ajuste operacional em reservatórios: Essa medida visa otimizar o uso da água armazenada nos reservatórios.
  • Melhoria do uso da água para setores de agricultura e indústria: O objetivo é reduzir o consumo de água nesses setores.
  • Reuniões com representantes de todas as Secretarias: O governador Eduardo Riedel vai reunir representantes de todas as Secretarias do Estado para definir ações de segurança hídrica, saúde, segurança, atendimento aos povos tradicionais e outras medidas necessárias para enfrentar a situação.

Fonte: Pensar Agro

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Centro-Sul deverá ter safra recorde de cana, estimada em até 42,5 milhões de toneladas

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Com uma safra recorde à vista e um mercado global em recuperação, o Brasil se consolida como líder mundial em exportação de açúcar. As condições favoráveis para a produção, a expertise do setor e a busca por fontes de energia renováveis garantem um futuro promissor para o setor sucroenergético brasileiro, beneficiando não apenas a economia nacional, mas também a segurança alimentar e energética global.

A safra recorde, estimada entre 41 e 42,5 milhões de toneladas na região Centro-Sul, principal polo produtor do país, deve resultar em um aumento significativo das exportações brasileiras de açúcar nos próximos meses. Essa notícia é recebida com entusiasmo pelos grandes importadores, especialmente na Ásia e no Oriente Médio, que lutam contra estoques baixos da commodity.

Durante a Semana do Açúcar, realizada em Nova York, empresas e especialistas do setor revisaram suas estimativas para a safra brasileira, elevando as previsões iniciais. A Alvean Sugar, Louis Dreyfus e Marex Group, por exemplo, destacaram o potencial do país, reconhecendo que previsões anteriores subestimaram a capacidade exportadora do gigante sul-americano.

Diversos fatores contribuem para a safra recorde prevista para 2024. As condições climáticas favoráveis, especialmente a quantidade ideal de chuvas durante o período de crescimento da cana, são cruciais para o bom desenvolvimento das plantações. Além disso, a expansão das áreas cultivadas com cana-de-açúcar, estimada entre 3% e 4% este ano, também impulsiona a produção.

O cenário positivo para a safra brasileira é acompanhado pela estabilização dos preços do açúcar no mercado futuro, com queda de cerca de 30% em relação aos picos recentes. Essa queda, impulsionada pelas boas perspectivas de colheita e pela normalização da logística nos portos, traz alívio para os consumidores e contribui para a recuperação do mercado global.

A posição do Brasil como um dos principais players no mercado global de açúcar é reforçada por sua capacidade de produção em larga escala e pela confiabilidade na entrega da commodity. Segundo Carlos Murilo Barros de Mello, chefe do setor de açúcar para as Américas na Hedgepoint Global Markets, a produção brasileira oferece um contraponto essencial à dependência mundial de poucos produtores, garantindo maior estabilidade ao mercado.

Apesar do otimismo geral, a crescente dependência do mercado global em relação ao Brasil gera algumas preocupações. A Índia, segundo maior produtor mundial, não deve retomar suas exportações significativas até meados de 2025, conforme destaca Kiran Wadhwana, diretor da corretora Comdex India. Essa situação aumenta a pressão sobre o Brasil para suprir a demanda global, tornando o país mais vulnerável a eventos climáticos ou logísticos adversos.

Apesar dos desafios, as perspectivas para o futuro do setor sucroenergético brasileiro são promissoras. O país possui condições climáticas favoráveis, tecnologia de produção avançada e expertise na gestão das plantações, fatores que o consolidam como um dos principais fornecedores de açúcar no mercado global. Além disso, a busca por fontes de energia renováveis impulsiona a produção de biocombustíveis a partir da cana-de-açúcar, abrindo novas oportunidades para o setor.

Fonte: Pensar Agro

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