Brasil
Após assassinatos em Blumenau, Dino vai se encontrar com big techs para falar sobre regulação
Em entrevista à Record TV, ministro da Justiça e Segurança Pública discorreu sobre as medidas para prevenir ataques a escolas
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), disse que vai se encontrar, na segunda-feira (10), com representantes de big techs para debater a autorregulação das plataformas digitais. A intenção é evitar ataques criminosos como o ocorrido em uma creche particular em Blumenau (SC), que deixou quatro crianças mortas. Ele comentou as ações do governo para evitar casos semelhantes em entrevista à Record TV neste sábado (8). (Assista acima à íntegra.)
Segundo Dino, esses crimes são planejados principalmente na internet, tanto que o governo federal pretende publicar normas para que as plataformas digitais façam o filtro do seu conteúdo. “Queremos que o dever de cuidado dessas plataformas seja ampliado. Já há o trabalho deles em relação [ao combate] à pedofilia, e queremos que isso se estenda às violências múltiplas contra as comunidades escolares. Nos últimos dias, identificamos mais de 80 perfis dedicados à apologia de crimes contra escolas, e isso mostra urgência”, alertou.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em entrevista à Record TV
Record TV/Reprodução – 4.8.2023
O ministro lembrou que já existem debates sobre o tema no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a regulação das redes, e que o Marco Civil da Internet também prevê monitoramento. “A reunião de segunda-feira visa propor esse debate para as plataformas reforçarem seu monitoramento e moderação de conteúdo, e no MJ [Ministério da Justiça e Segurança Pública] vamos adotar normas até que Congresso e STF decidam sobre o tema.
“Infelizmente, [ataques como o de Santa Catarina] têm uma raiz na difusão, sobretudo na internet, mas não só, de discursos de ódio, uma cultura de violência em vários âmbitos da sociedade. E temos agora uma emergência, na medida em que isso migrou para o ambiente escolar”, afirmou o ministro. “É um fenômeno profundo, grave, e estamos empreendendo ações urgentes e um debate mais sólido de como resolver isso de maneira duradoura”, completou.
Canal de denúncias
O Ministério da Justiça e Segurança Pública criou um canal para receber denúncias de ameaças e ataques contra as escolas. Clique aqui para acessar.
A medida faz parte de um pacote de ações de prevenção criado pelo governo federal após os assassinatos em Blumenau. A identidade dos denunciantes é preservada, e as informações, mantidas sob sigilo. A ação faz parte da Operação Escola Segura e terá o apoio da equipe do Ciberlab, da Secretaria Nacional de Segurança Pública, na análise das informações.
Dino ressaltou que o canal está disponível para a colaboração das comunidades escolares e de toda a sociedade. “É uma forma de todos poderem nos ajudar no monitoramento dessas ameaças. Fazemos esse apelo a todas as famílias brasileiras. Quando identificarem algum tipo de discurso de ódio, ameaçador, de violência em relação a escolas e universidades, veiculem essa mensagem no Ministério da Justiça, porque isso vai servir para as equipes policiais”, disse.
A intenção é garantir que a Polícia Federal e as polícias locais possam agir com mais velocidade e evitar novos ataques a escolas. “Temos uma equipe dedicada a isso. São mais de 50 policiais voltados para esse monitoramento digital, e temos também a Direção de Crimes Digitais da Polícia Federal. Há sinergia entre equipes federais e estaduais. Temos em rede todas as delegacias de crimes cibernéticos das polícias”, disse.
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Com Alckmin, empresários defendem reversão de tarifas e pedem maior prazo

Porto de Los Angeles • 13/05/2025. REUTERS/Mike Blake
A indústria solicitou ao vice-presidente Geraldo Alckmin que o governo federal negocie uma ampliação do prazo de vigência da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, previsto para 1° de agosto.
A declaração foi realizada após reunião do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços com representantes do setor industrial brasileiro.
“O que nós ouvimos aqui foi negociação, ou seja, um empenho para rever, o que coincide com a proposta do governo brasileiro e do presidente Lula. Foi colocado de que o prazo é exíguo. O prazo é curto. De que nós deveríamos trabalhar pela sua dilação”, disse Alckmin após o encontro.
Para o vice-presidente, a tarifa de 50% pode ser vista como uma oportunidade para a indústria ampliar os seus acordos comerciais. “É oportunidade para mais acordos comerciais. Podemos abrir oportunidades para fazer mais acordos comerciais”, afirmou.
Fonte: CNN
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Caixa libera abono salarial para nascidos em setembro e outubro

Foto: Reprodução
Cerca de 3,8 milhões de trabalhadores com carteira assinada que ganham até dois salários mínimos e nasceram em setembro e outubro podem sacar, a partir desta terça-feira (15), o valor do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) em 2025 (ano-base 2023). A quantia está disponível no Portal Gov.br.
Ao todo, a Caixa Econômica Federal liberará pouco mais de R$ 4,4 bilhões neste mês. Aprovado no fim do ano passado, o calendário de liberações segue o mês de nascimento do trabalhador. Os pagamentos começaram em 17 de fevereiro e vão até 15 de agosto. O trabalhador pode conferir a situação do benefício no aplicativo Carteira de Trabalho Digital.
Neste ano, R$ 30,7 bilhões poderão ser sacados. Segundo o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), o abono salarial de 2025 será pago a 25,8 milhões de trabalhadores em todo o país. Desse total, cerca de 22 milhões que trabalham na iniciativa privada receberão o PIS e 3,8 milhões de servidores públicos, empregados de estatais e militares têm direito ao Pasep.
O PIS é pago pela Caixa Econômica Federal; e o Pasep, pelo Banco do Brasil (BB). Como ocorre tradicionalmente, os pagamentos serão divididos em seis lotes, baseados no mês de nascimento. Os saques terão início nas datas de liberação dos lotes e acabarão em 29 de dezembro de 2025. Após esse prazo, será necessário aguardar convocação especial do Ministério do Trabalho.
Nascidos em | Recebem a partir de |
Janeiro | 17 de fevereiro |
Fevereiro | 17 de março |
Março e Abril | 15 de abril |
Maio e Junho | 15 de maio |
Julho e Agosto | 16 de junho |
Setembro e Outubro | 15 de julho |
Novembro e Dezembro | 15 de agosto |
Quem tem direito
Tem direito ao benefício o trabalhador inscrito no PIS/Pasep há, pelo menos, cinco anos, e que tenha trabalhado formalmente por, no mínimo, 30 dias no ano-base considerado para a apuração, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos. Também é necessário que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
O valor do abono é proporcional ao período em que o empregado trabalhou com carteira assinada em 2023. Cada mês trabalhado equivale a um benefício de R$ 126,50, com períodos iguais ou superiores a 15 dias contados como mês cheio. Quem trabalhou 12 meses com carteira assinada receberá o salário mínimo cheio, de R$ 1.518.
O abono salarial não se confunde com as cotas do antigo Fundo PIS/Pasep, que podem ser sacadas por meio de outra plataforma, lançada em março deste ano. O antigo fundo abriga cotas de cerca de 10,5 milhões de pessoas que tinham empregos formais antes da Constituição de 1988. O abono salarial beneficia trabalhadores com carteira assinada após a Constituição de 1988, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Pagamento
Trabalhadores da iniciativa privada com conta-corrente ou poupança na Caixa receberão o crédito automaticamente no banco, de acordo com o mês de seu nascimento.
Os demais beneficiários receberão os valores por meio da poupança social digital, que pode ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem. Caso não seja possível a abertura da conta digital, o saque poderá ser realizado com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, Caixa Aqui ou agências, também de acordo com o calendário de pagamento escalonado por mês de nascimento.
O pagamento do abono do Pasep ocorre via crédito em conta para quem é correntista ou tem poupança no Banco do Brasil. O trabalhador que não é correntista do BB pode efetuar a transferência via TED para conta de sua titularidade via terminais de autoatendimento, portal na internet ou no guichê de caixa das agências, mediante apresentação de documento oficial de identidade.
Quem não é correntista da Caixa ou do Banco do Brasil e tem direito ao benefício também pode sacar o valor por meio do Portal Gov.br, no serviço Receber o abono salarial, mas é necessário ter conta prata ou ouro.
Até 2020, o abono salarial do ano anterior era pago de julho do ano corrente a junho do ano seguinte. No início de 2021, o Codefat atendeu a recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU) e passou a depositar o dinheiro somente dois anos após o trabalho com carteira assinada.
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