Após 170 dias preso, ex-prefeito de Brasileia Everaldo Gomes é solto sem fiança, já Aldemir Lopes foi solto na terça (27) após pagar R$ 20 mil

Após análise, o juiz de ofício do município de Brasileia concedeu o benefício aos ex-parlamentares.

Os ex-prefeitos da cidade de Brasileia, Aldemir Lopes e Everaldo Gomes receberam alvará de soltura (Foto: Arquivo)

O ex-prefeito de Brasileia Everaldo Gomes, que foi preso durante as atividades da Polícia Federal na Operação Labor em 13 de setembro de 2017. Após 170 dias de prisão, o advogado conseguiu o alvará e soltura de seu cliente sem o pagamento da fiança.

Everaldo Gomes alegou que por estar desempregado e não contar com propriedades de grande porte em seu nome, não teria condições de pagar o valor estipulado na fiança. Após análise, o juiz de ofício do município de Brasileia concedeu o benefício ao ex-parlamentar.

Everaldo estava detido no Batalhão Ambiental da Polícia Militar em Rio Branco, após ser transferido devido a um episódio onde passou mal nas instalações da UP 4, antiga Papudinha.

Aldemir Lopes foi solto na terça (27), após pagar R$ 20 mil de fiança.

Aldemir Lopes foi preso em setembro do ano passado durante a 4ª Operação Labor, que investigava fraudes em licitações (Foto: Arquivo)

Após ficarem cinco meses presos, os ex-prefeitos da cidade de Brasileia, Aldemir Lopes e Everaldo Gomes receberam alvará de soltura. Os dois foram presos em setembro do ano passado durante a 4ª Operação Labor, da Polícia Federal do Acre, que investigava fraudes em licitações.

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Lopes foi solto na terça-feira (27) após pagar R$ 20 mil de fiança e Gomes conseguiu a soltura quinta (1º), sem pagamento de fiança. A informação da soltura dos dois políticos foi confirmada pelos advogados dos dois.

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Foram presos também o ex-prefeito de Plácido de Castro, Roney Firmino, o ex-vereador Marivaldo da Silva e o vereador Joelson dos Santos Pontes. Na época, o ex-vereador Mário Jorge Gomes Siesca foi conduzido coercitivamente.

Ex-prefeito de Placido de Castro Roney Firmino teve o alvará de soltura deferido na terça-feira (27). Foto: internet)

O ex-prefeito da cidade de Plácido de Castro Roney Firmino teve o alvará de soltura deferido na terça-feira (27).

Conforme o advogado Kaio Marcellus, a defesa de Lopes recorreu da decisão da Vara Criminal da Comarca de Brasiléia que indeferiu o pedido de liberdade provisória ao ex-prefeito no último dia 21 de fevereiro.

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“A gente entrou com o pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça e esse pedido foi julgado. Foi concedida a revogar a prisão preventiva dele e dada a ordem para colocá-lo em liberdade sob pagamento de fiança”, informou Marcellus.

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Aldemir Lopes estava preso no Batalhão Ambiental, em Rio Branco, após ter sido transferido depois que passou mal enquanto estava custodiado na Unidade Penitenciária UP 4, conhecida como Papudinha.

Já a defesa do ex-prefeito Everaldo Gomes informou que solicitou o não pagamento de fiança, já que ele não teria condições de pagar. Segundo o advogado Christopher Mariano, Gomes estava preso há 170 dias.

“Os outros tinham entrado com pedidos de liberdade e foi concedido sob pagamento de fiança. Mas, meu cliente está desempregado e não tinha como pagar esse valor, então, entrei com outro pedido diante das condições econômicas dele para ele sair sem fiança ou que fosse reduzido esse valor. O juiz de Brasileia, de ofício deu sem fiança”, disse Mariano.

Marivaldo da Silva, que também foi preso na operação, recebeu o alvará de soltura (Foto: Arquivo)

O ex-vereador de Brasileia Marivaldo da Silva, que também foi preso na operação, recebeu o alvará de soltura na quinta (1º), sem pagamento de fiança, segundo Mariano.

Prisões

Ex-prefeitos dos municípios de Brasiléia e Plácido de Castro foram presos preventivamente no dia 13 de setembro do ano passado durante a 4ª fase da Operação Labor, batizada de Dolos-Apate, deflagrada pela Polícia Federal do Acre.

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Ao todo, foram cumpridos 37 mandados judiciais em Brasiléia e Rio Branco. Outros sete mandados de prisão, 14 de busca e apreensão e 16 de condução coercitiva também foram realizados durante a mobilização da PF.

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Além dos direcionados aos ex-prefeitos, mandados de prisão preventiva foram expedidos contra vereadores, ex-vereadores e ex-secretários municipais. A Operação Labor investiga uma organização criminosa formada por empresários e agentes políticos suspeitos de fraudar licitações.

A investigação da polícia começou em 2015 após uma denúncia. O grupo é acusado de contratar empresa de fornecimento de mão de obra terceirizada à Prefeitura Municipal de Brasiléia.

 

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Publicado por
Marcus José