Ao contrário do que afirma Dilma, governo segue definindo preço da gasolina no país

“O governo não tem nada a ver com subir ou baixar o preço da gasolina”. Foi dessa maneira que a presidente Dilma Rousseff rebateu, em entrevista concedida nesta terça-feira (5), as perguntas sobre a sua participação na política de preços de combustíveis adotada pela Petrobras. A fala, como geralmente acontece nos discursos feitos pela petista, não encontra eco no que de fato ocorre. De acordo com matéria publicada nesta quarta pelo jornal O Estado de São Paulo, o Palácio do Planalto segue interferindo na definição dos preços dos combustíveis no país.

Uma fonte que já participou de reuniões sobre o reajuste no preço da gasolina chegou a afirmar à reportagem do jornal paulista que os preços estipulados pela estatal são definidos “entre a Dilma e a Dilma”. Por conta das pressões do governo – que diante da proximidade do impeachment está tentando criar uma espécie de “agenda positiva” no país – a petrolífera deve decidir pela redução do preço da gasolina. A medida deve prejudicar os já deficitários cofres da Petrobras e fazer com que a empresa aumente ainda mais a sua já bilionária dívida.

A matéria destaca, ainda, que a pasta a qual a Petrobras está vinculada, o Ministério de Minas e Energia, sequer participa das reuniões sobre o valor da gasolina. Há somente uma pequena contribuição do Ministério da Fazenda, hoje ocupado por Nelson Barbosa.

A intromissão do governo na política de preços da gasolina no Brasil, além das inúmeras perdas resultantes de casos e corrupção, é um dos principais motivos que levaram a Petrobras a apresentar perdas bilionárias nos últimos anos.

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Publicado por
Alexandre Lima

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