ANEEL estuda percentual de reajuste para energia elétrica

Para Eletrobras, revisão da tarifa ameniza prejuízos da empresa

A ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica, ouviu na manhã desta sexta-feira, 4, membros do conselho do consumidor, comunidade em geral e a direção da Eletrobras para decidir se mantém o reajuste da tarifa da energia em 18,24% para residência e 3,98% para a indústria.

No início do ano, a presidenta Dilma Rousseff reduziu o valor da energia elétrica em 18%. Mas, o presente parece ser de grego.  Pelas projeções da ANEEL, as tarifas deverão ser reajustadas. E a maior coincidência é que o percentual é o mesmo repassado pela presidenta.

O superintendente de regulação da ANEEL, Davi Antunes Lima, foi quem mediou o evento. Ele não quis falar à reportagem, mas dependendo das informações apuradas, na audiência, o governo federal pode decidir por percentual menor, ideia defendida pelo conselho do consumidor durante sua apresentação. Segundo Walas Novães, presidente da entidade, o que deve prevalecer é o valor justo para a empresa e para o consumidor, já que existe um grande número de reclamações dos serviços da Eletrobras.

Para a direção da Eletrobras, a revisão da tarifa é uma das soluções para os prejuízos da empresa. Segundo o diretor Joaquim Rolim, nos últimos três anos, a Eletrobras/Acre deixou de arrecadar com a inadimplência, ligações clandestinas e perdas nas redes R$ 20 milhões. A revisão tarifária só pode ser feita a cada quatro anos e esse é o momento de aumentar o valor da energia para garantir mais investimentos.

Depois de todas as informações colhidas, a ANEEL vai analisar e decidir de mantém o reajuste de 18,24% para residência e 3,98% para a indústria, a partir de novembro.

Da redação, com Adailson Oliveira

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Publicado por
Alexandre Lima