fbpx
Conecte-se conosco

Brasil

Alunas criam absorvente biodegradável feito com bagaço da cana-de-açúcar e fibra de soja

Publicado

em

Jovens do ensino médio desenvolveram o produto que será destinado às mulheres em alta vulnerabilidade e situação de rua

Objetivo do projeto é distribuir o absorvente para as mulheres em situação de vulnerabilidade
DIVULGAÇÃO/ CNI

Ana Júlia Cavalcante Dobbins, 17 anos, e Ludmila Souza Farias, 16 anos, são estudantes do ensino médio na rede Sesi (Serviço Social da Indústria) do município de Naviraí, no Mato Grosso do Sul. Juntas, as adolescentes criaram o Projeto EVA, um absorvente natural produzido a partir do bagaço da cana-de-açúcar e do tecido de fibra de soja, para combater a pobreza menstrual.

Tudo começou com uma pesquisa para um trabalho escolar, elas pesquisaram como as mulheres em situação de rua lidam com a menstruação. As amigas decidiram se aprofundar no tema e entraram no projeto de iniciação científica da escola, para distribuir o absorvente às mulheres em situação de vulnerabilidade social.

“Nosso projeto tem justamente o propósito de restaurar a dignidade das mulheres que menstruam em situação de rua, transformando a realidade, dando um pouco mais de qualidade de vida”, explica Ana Júlia.

O absorvente é composto por duas camadas. A primeira, feita de tecido de fibra de soja, absorve o sangue. Já a segunda camada, produzida com o bagaço de cana-de-açúcar, trigo e água, é um bioplástico para impermeabilizar e evitar vazamento.

Segundo as adolescentes, no início, o projeto era uma calcinha absorvente a qual utilizava outros materiais, mas, a partir de pesquisas e testes realizados, elas chegaram a um novo ponto. ”Alguns resultados foram bons, já outros não saíram como esperávamos, mas eles nos guiaram para outro caminho”, explica uma Ludmila.

Um estudo realizado pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) chamado Pobreza menstrual no Brasil: desigualdades e violações de direitos, revelou que cerca de 710 mil meninas vivem em casas que não têm banheiro. Além disso, 6,5 milhões moram em lugares sem rede de esgoto e 900 mil não têm acesso à água canalizada.

O documento ainda destaca que essas meninas recorrem a pedaços de pano usado, jornal, papelão, terra e até miolo de pão para conter o fluxo menstrual. De acordo com os orientadores do projeto, Rosa Maria dos Santos, professora de linguagens, e Anderson Douglas da Rocha Souza, professor de ciências da natureza, o objetivo do EVA é promover o fácil acesso a produtos de higiene menstrual a toda as mulheres. “Também desejamos cooperar com o meio ambiente, o projeto tem um impacto ambiental positivo, devido aos materiais utilizados na confecção: biodegradáveis e naturais,” avalia Rosa.

Os professores contam que existem planos a longo prazo para confecção e a distribuição dos absorventes para atingir tanto as mulheres mais vulneráveis quanto aquelas que buscam um produto de higiene menstrual ecológico. O EVA ainda está na fase de testes, que deve ser concluída em três meses. Depois, o projeto será submetido à Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisas em Seres Humanos).

Com o projeto, as jovens conquistaram o 3º lugar da Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia) deste ano na categoria saúde. Elas ganharam uma menção honrosa do seu estado por serem o projeto destaque de 2022.

Comentários

Continue lendo

Brasil

EUA perdem caça de US$ 60 milhões que caiu de porta-aviões no mar

Publicado

em

Embarcação desviava de ataque dos rebeldes Houthis, do Iêmen

Foto da Marinha dos EUA mostra um F/A-18E Super Hornet se preparando para decolar do porta-aviõs USS Harry S. Truman • Marinha dos Estados Unidos

Um caça F/A-18 Super Hornet da Marinha dos Estados Unidos caiu do porta-aviões USS Harry S. Truman enquanto era rebocado a bordo, informaram os militares em um comunicado.

Uma autoridade dos EUA disse que os relatos iniciais indicaram que o navio desviou para evitar um ataque dos Houthis, o que contribuiu para que o caça caísse no mar.

Os rebeldes Houthis, do Iêmen, afirmaram na segunda-feira (28) que lançaram um ataque com drones e mísseis contra o porta-aviões no Mar Vermelho.

Mesmo com o ataque e o incidente, apenas um marinheiro sofreu um ferimento leve, informou a Marinha.

O F/A-18E estava sendo rebocado no hangar quando a tripulação perdeu o controle da aeronave.

O avião e o trator de reboque foram perdidos no mar. Os marinheiros que faziam o deslocamento se afastaram imediatamente dela antes que caísse no mar. Uma investigação está em andamento.

Uma segunda autoridade americana afirmou à CNN que o avião havia afundado. Um caça F/A-18 custa mais de US$ 60 milhões, de acordo com a Marinha.

Os porta-aviões americanos têm quase 335 metros de comprimento e quase 100 mil toneladas, mas são surpreendentemente manobráveis ​​para seu tamanho.

Alimentados por dois reatores nucleares que acionam quatro eixos propulsores, os porta-aviões da classe Nimitz, como o Truman, podem atingir velocidades superiores a 54 km/h.

Tática “zigue-zague” para desviar do ataque

Os detalhes exatos da manobra do Truman para evitar o ataque não foram divulgados, mas fotos e vídeos do navio e de outros porta-aviões da classe Nimitz no site do Departamento de Defesa dos EUA mostram que essas embarcações enormes podem assumir uma inclinação substancial em uma curva de alta velocidade.

Carl Schuster, ex-capitão da Marinha dos EUA, disse à CNN que os porta-aviões que tentam evitar um ataque de mísseis usam uma tática de “zigue-zague”.

Normalmente são feitas uma série de curvas alternadas de 30 a 40 graus. Cada curva leva cerca de 30 segundos em cada direção, mas a curva começa abruptamente. É como dirigir um carro em zigue-zague, relatou Schuster.

“O navio inclina-se cerca de 10 a 15 graus durante a curva, mas isso o afasta cerca de 100 a 200 metros de qualquer ponto-alvo provável” se o navio estiver se movendo em velocidade máxima, explicou.

Comentários

Continue lendo

Brasil

Em 2024, INSS já havia identificado mais de R$ 45 milhões em descontos

Publicado

em

Documento foi elaborado em setembro do ano passado e revelava altos valores de descontos irregulares nas folhas de pagamento de aposentados

Fachada do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) • Erasmo Salomão – AscomMTPS

Em 2024, um relatório da Auditoria-Geral do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) apontou que os descontos indevidos de mensalidades associativas nas folhas de pagamento de aposentados, entre janeiro de 2023 e maio de 2024, somaram mais de R$ 45 milhões.

“Considerando que o total de requerimentos de exclusão no período de janeiro de 2023 a maio de 2024 foi 1.054.427, estima-se que os descontos associativos, cujos beneficiários informaram ao INSS não terem sido autorizados, atingiram o montante de cerca de R$ 45,5 milhões”, diz o documento publicado em setembro do ano passado.

Segundo o relatório, nesse intervalo, o INSS recebeu mais de 1 milhão de pedidos para exclusão de descontos associativos não autorizados. Em média, cada beneficiário teve cerca de R$ 43,12 descontados irregularmente.

Na época o documento ressaltava que os valores dos descontos poderiam ser ainda maiores, pois dependia do tempo entre a identificação do desconto pelo beneficiário, o pedido de exclusão e a efetiva interrupção do desconto.

Na última quarta-feira (23), a Polícia Federal (PF) e a CGU deflagraram a Operação Sem Desconto, revelando um esquema que pode ter desviado até R$ 6,3 bilhões de aposentadorias e pensões entre 2019 e 2024.

As investigações apontam que entidades sindicais e associações descontavam mensalidades dos benefícios de aposentados e pensionistas sem autorização. O esquema operava com apoio de Acordos de Cooperação Técnica firmados com o INSS.

Segundo a CGU, houve falhas na verificação de autorizações e indícios de falsificação de documentos. Parte das vítimas, inclusive, seria composta por pessoas com deficiência, que não teriam capacidade legal para assinar termos de filiação.

Pedido de auditoria

De acordo com o relatório, o trabalho de auditoria foi iniciado após solicitação do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, em 9 de maio de 2024. Stefanutto acabou afastado e posteriormente demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a operação da PF e da CGU.

Segundo a PF, a direção do INSS não adotou medidas preventivas previstas em normas para frear as diferentes denúncias sobre descontos associativos indevidos.

Segundo o relatório da PF, o INSS conta com instruções normativas que poderiam ter ajudado a evitar novos descontos irregulares, mas elas não foram colocadas em prática.

Diretor envolvido

O documento do INSS, também mostra que o trabalho realizado pela auditoria tinha como um dos objetivos:

“Avaliação das medidas adotadas pela Diretoria de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão (DIRBEN) no que se refere à formalização e execução dos Acordos de Cooperação Técnica (ACT), com com entidades associativas e sindicatos para realização de descontos na folha de pagamento de benefícios”, afirmou o documento.

Entretanto, o relatório da Polícia Federal revelou que o então diretor da DIRBEN, André Paulo Felix Fidelis, também estaria envolvido no esquema. Fidelis foi demitido em julho de 2024.

Fonte: CNN
 

Comentários

Continue lendo

Brasil

Bolsonaro indica Tarcísio e mais 14 testemunhas em processo no STF

Publicado

em

O ex-presidente Jair Bolsonaro indicou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e mais 14 testemunhas de defesa na ação penal do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a trama golpista.

Bolsonaro enviou nesta segunda-feira (28) ao Supremo a defesa prévia do processo após ser intimado na semana passada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, onde se recupera de uma cirurgia no intestino.

Além do governador paulista, Bolsonaro arrolou o ex-ministro da Saúde e atual deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), os senadores Rogério Marinho (PL-RN), Ciro Nogueira (PP-PI) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS).

O ex-presidente também indicou o general de Exército Gomes Freire, o brigadeiro Batista Júnior e o ex-diretor de tecnologia do TSE Giuseppe Janino, responsável pelas urnas eletrônicas.

No documento enviado ao STF, por meio de seus advogados, Bolsonaro também reclamou de ter sido intimado na UTI do hospital.

“A citação foi realizada de forma contrária ao quanto estipula o artigo 244 do CPC e ocorreu contra a orientação e apesar das advertências dos médicos responsáveis pelo tratamento e internação do peticionário, situação que, todavia, não foi registrada nos autos na certidão lavrada”, afirmou a defesa.

No dia 11 deste mês, o ministro Alexandre de Moraes determinou a intimação de todos os denunciados do núcleo 1 que viraram réus após o julgamento da Primeira Turma da Corte. As intimações foram concluídas entre os dias 11 e 15 de abril, exceto no caso de Bolsonaro, que passou mal no dia 12 e foi submetido a cirurgia nos dias seguintes. Diante do estado de saúde do ex-presidente, o STF esperava uma data adequada para intimá-lo. Contudo, Bolsonaro realizou uma live na terça-feira (22) direto da UTI, e o Supremo determinou que um oficial de Justiça fosse ao hospital no dia seguinte.

Acusação

Em março deste ano, Bolsonaro e mais sete denunciados pela trama golpista viraram réus no STF e passaram a responder a uma ação penal pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Conforme a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro tinha conhecimento do plano intitulado “Punhal Verde Amarelo”, que continha o planejamento e a execução de ações para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

A procuradoria também garante que o ex-presidente sabia da minuta de decreto com o qual pretendia executar um golpe de Estado no país. O documento ficou conhecido durante a investigação como “minuta do golpe”.

Comentários

Continue lendo