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Alan Rick vota sim e Câmara aprova o piso nacional da enfermagem
O deputado federal Alan Rick (União Brasil) votou sim ao projeto de lei 2564/20 que institui o piso nacional da enfermagem em R$ 4.750,00. O PL foi aprovado na Câmara nesta quarta-feira, 04/05, e segue para a sanção do presidente Bolsonaro. Foram 449 votos a favor e 12 contrários.
Se sancionado, serão contemplados além dos próprios enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares e parteiras. Para esses três últimos, está prevista aplicação de proporcionalidade do valor.
No caso dos técnicos de enfermagem, o reajuste será de 70% do valor integral do piso. Auxiliares e parteiras, a proporção prevista é de 50%.
O PL prevê ainda que seja feita a atualização monetária anual do piso da categoria, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Além disso, garante a manutenção de eventuais salários superiores ao valor inicial proposto, sem levar em consideração a carga horária que o profissional tenha sido contratado.
“Valorizar esses profissionais é o mínimo que podemos fazer para retribuir os serviços prestados diariamente à população brasileira especialmente, durante a pandemia.” – reiterou Alan Rick.
Mais cedo, o deputado discursou em defesa da aprovação do piso dos profissionais.
“Nós temos em nossas mãos a oportunidade de valorizar uma categoria que foi fundamental na pandemia e sempre foi fundamental para o País. Enfermeiros(as), técnicos(as), auxiliares de enfermagem, parteiras, eu reafirmo meu compromisso com esses profissionais que atendem no Acre e em todo o país ” – disse o parlamentar.
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Pomada para cicatrizar feridas em cães e gatos é criada com produtos naturais na Ufac
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Homem é flagrado tentando roubar fiação de poste no Tancredo Neves
Um homem foi flagrado por populares enquanto roubava a fiação elétrica de um poste na frente da Policlínica Zeno Lanzini, na avenida Grande Circular, no bairro Tancredo Neves, zona leste de Manaus.
Um vídeo feito por testemunhas mostra o momento em que o desconhecido está pendurado na estrutura e com um terçado, tenta cortar os fios. Apoiado em uma escada de madeira, ele puxa a fiação sem o menor receio de receber uma descarga elétrica.
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A humildade e a simpatia de um jornaleiro; conheça a história do acreano Pelé
Por Resley Saab –
Pelé nasceu Antônio Augusto de Melo, em 1951. Veio ao mundo pobre e negro, numa colônia onde hoje é o bairro São Francisco. Assim que tomou tento que a vida não é moleza, lá pelos 16 anos, foi parar no Mercado Velho, agora Novo Mercado Velho. Na beira do Rio Acre, entre pensões e cabarés, arranjou trabalho: carregar cestos pra gente rica.
Os pais, João Felipe de Melo e Maria Anastácia de Melo, vieram de Mossoró, no Rio Grande do Norte, para trabalhar em colônia em Rio Branco, onde hoje é a Rua Juarez Távora, atrás do hospital Santa Juliana.
E embora a servidão parecesse sina dos ancestrais africanos, ele nem ligava se fosse chamado de ‘tição’ ou outra coisa do gênero, porque sua alma é muito maior que qualquer frase depreciativa. Ainda hoje é tolice querer tirá-lo do sério. A mansidão herdada dos pais é uma virtude, assim como o fascínio pela arte e pela cultura.
Toca violão há 40 anos e é visto até hoje nas pensões do Novo Mercado Velho dedilhando poemas do Patativa do Assaré.
Mas a modéstia é insurgente: – Durante todo esse tempo, quem me vê tocar acha que só tenho 4 anos de instrumento.
Ainda moço, em plena ditadura militar, vez ou outra se pegava parado diante de uma banca de revista como um cão em frente de uma ‘televisão de cachorro’. A fome era por livros e revistas, ainda que a censura chegasse antes para retalhar conteúdos, que na sua opinião, eram considerados subversivos.
Pelé tem pele grossa feito papel de embrulhar pregos e rosto em madeira talhada, brilhosa como tronco de mulateiro. Cabelos empinados feito pelo de animal resistente às intempéries da vida e olhos grandes como os da onça preta que rondou algumas vezes o seu quintal quando criança.
No alto da sua rusticidade simples e aguerrida, como só os filhos da Mãe África são capazes de conceber, descobriu a bola. Depois do flerte com os livros, foi a pelota a sua primeira paixão. Corpulento, Antônio Augusto de Melo foi jogar de lateral direito, e às vezes de zagueiro, no Andirá, time conhecido pela irreverência de seu mascote, o Morcego.
primeiro filho, pôs o nome do goleiro camaronês N’kono, famoso por defesaças em times espanhóis da década de 1980 e início da de 90.
E os meandros da vida, por coincidência, trouxeram N’kono para jogar no Acre, em amistoso contra o Rio Branco no estádio José de Melo. Foi o coroamento de sua passagem pelo mundo desportivo. Imagine só o N’kono acreano, filho de Pelé, com o N’kono do futebol mundial, juntos, numa mesma fotografia. Aquilo era demais.
Hoje, Pelé administra uma banca de revistas na praça Chico Mendes. Vive em meio a um emaranhado de folhas, publicações e discos de vinil, alguns artigos tão velhos quanto a fundação da cidade de Rio Branco. Tem o privilégio de abrir o quiosque quando quer.
Esse patrimônio vivo da história do Acre não ficou rico, mas possui um tesouro no coração: a amizade de todos, do doutor, do servidor público ao engraxate, do velhinho e ao mendigo. E qual é a fórmula para tanta simpatia? É que Augusto de Melo, o Pelé, vive a vida sem esperar nada de ninguém.