O Afeganistão foi atingido por um forte terremoto, de magnitude 6,0, na noite do último domingo (31/8). Os tremores mataram ao menos mil pessoas em uma região montanhosa e de difícil acesso no leste afegão, próximo à fronteira com o Paquistão. O abalo sísmico foi o que mais causou mortes no país desde junho de 2022.
Mapas de diferentes entidades mostram a proporção do impacto, revelando a intensidade dos tremores em diferentes regiões. Um deles, elaborado pela iniciativa de ciência cidadã Earthquake Network, mostra que o epicentro do tremor foi a cerca de 25 km da cidade afegã Asadabad, registrado às 19h17 no horário local (16h17, no horário de Brasília). A entidade trabalha com a implementação de um sistema de alerta antecipado de terremotos colaborativo, baseado em redes de smartphones.
Nas redes sociais, o Centro Sismológico Euro-Mediterrânico (EMSC) também compartilhou um mapa, informando “abalos sísmicos a 30 km a leste de Jalālābād, cidade no Afeganistão, ocorridos 0h08 no horário local (21h08 no horário de Brasília)”.
Uma representação realizada pelo Serviço Nacional de Sismologia da Índia revelou que o fenômeno também afetou o país. De acordo com o mapa, um tremor de magnitude 2,6 ocorreu nesta segunda-feira (1/9) na região de Karbi Anglong, no nordeste indiano. O terremoto ocorreu às 15h56 do horário local, correspondente às 7h26 em Brasília.
Além do alto número de mortos, as equipes de primeiros socorros registraram mais de 3,2 mil feridos. Segundo o Talibã, que governa o país desde 2021, o terremoto atingiu várias vilas na província de Kunar. Ao menos cinco tremores ocorreram na região depois do primeiro e mais forte abalo.
Como está localizado em um local cercado por falhas geológicas, onde as placas tectônicas indiana e eurasiana se chocam, o Afeganistão é frequentemente afetado por terremotos.
Com poucos recursos e grande parte das estradas da região danificadas, o Talibã solicitou ajuda à comunidade internacional para o resgate das vítimas. A Organização das Nações Unidas (ONU) no país afirmou estar prestando assistência emergencial aos afegãos.
Fonte: Metrópoles