O foragido da Justiça do Acre, Diego Luiz Gois Passos, suspeito de atropelar e matar a assessora do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), Juliana Marçal, foi preso na manhã desta terça-feira (15) por policiais do Grupo Especial de Fronteira (GEFRON), no posto de fiscalização da unidade, localizado na região de Senador Guiomard.
De acordo com as autoridades, Diego tentava fugir para a Bolívia, mas foi interceptado durante abordagem de rotinana barreira policial. Contra ele havia um mandado de prisão temporária decretado desde o último dia 22 de junho.
No sábado (12), a Delegacia de Homicídios da Polícia Civil realizou uma operação em duas propriedades pertencentes a familiares do acusado. Na ocasião, dois parentes foram presos por posse ilegal de armas de fogo. As investigações indicam que eles teriam dado apoio logístico a Diego durante o período em que esteve foragido.
Diego deve ser transferido ainda nesta terça-feira para a sede da Delegacia de Investigações Criminais (DEIC), em Rio Branco, onde permanecerá à disposição da Justiça.
O crime que vitimou Juliana Marçal ocorreu no bairro Izaura Parente, durante uma briga generalizada na saída de um bar. Ela foi atropelada intencionalmente, segundo apontam as investigações. O caso gerou grande comoção entre servidores do Judiciário e na sociedade acreana.
ATUALIZAÇÃO
Defesa afirma que Diego Passos se apresentou voluntariamente ao Gefron
O advogado Felipe Munhoz, representante legal de Diego Luiz Gois Passos — acusado de envolvimento na morte da servidora do Tribunal de Justiça do Acre, Juliana Marçal —, afirmou, em entrevista a um veículo de comunicação, que seu cliente não foi capturado durante a operação deflagrada pela Polícia Civil, como divulgado anteriormente.
De acordo com Munhoz, Diego se apresentou de forma voluntária ao posto operacional do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), por volta das 4 horas da manhã desta terça-feira (15), e não teria sido preso em flagrante pelas forças de segurança.
“Na madrugada do dia 15 de julho, por volta das 4h da manhã, Diego Passos se apresentou espontaneamente ao posto operacional do Gefron, negando qualquer narrativa de que teria sido capturado durante uma operação policial”, afirmou o advogado.
Ainda segundo a defesa, até o momento da declaração, Diego não havia sido oficialmente apresentado à Polícia Civilpara prestar depoimento ou dar continuidade aos trâmites legais.
A defesa também questiona a condução do caso e reforça que o acusado está à disposição da Justiça para colaborar com as investigações. O caso segue sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que deve concluir o inquérito nos próximos dias.