Por Iryá Rodrigues
Após mais de um ano do crime, Willyan Cordeiro da Silva, acusado de matar a companheira Maria José Silva dos Santos, de 23 anos, é julgado pelo crime. O júri popular começou por volta das 8h30 desta sexta-feira (2) na 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Rio Branco.
Maria José foi morta com 45 facadas, no bairro Conquista, em Rio Branco, em outubro de 2019.
Conforme a Justiça, durante o julgamento, o réu preferiu ficar em silêncio no interrogatório. Além dele, foram ouvidas cinco testemunhas de acusação e duas de defesa.
Silva responde pelo crime de homicídio, com as qualificadoras de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. O réu foi pronunciado em janeiro desse ano.
A defesa de Silva chegou a pedir um laudo médico para verificar a sanidade mental do acusado. No entanto, conforme o laudo, ele tinha consciência do crime e estava lúcido no dia que matou a namorada.
Ainda segundo o documento, o acusado é diagnosticado com epilepsia e encefalopatia, caracterizado como doença mental. “Ao tempo da ação, no entanto, o periciado apresentava-se em intervalo lúcido, ou seja, livre dos sintomas psicóticos.” Após o resultado do laudo, que descartou insanidade mental, Silva foi pronunciado a ir a júri popular.
O advogado do acusado, Walter Luiz disse que ele segue preso na unidade médica do Complexo Penitenciário de Rio Branco desde o início do ano passado. O advogado disse que vai aguardar o resultado do julgamento para se manifestar.
Maria José Silva dos Santos, de 23 anos, teve o apartamento invadido e foi morta com 45 facadas, em outubro de 2019, na frente dos filhos.
Enquanto a polícia fazia a perícia, o suspeito chegou a ligar para a irmã da vítima para saber como Maria estava. Na ligação, ele justificou o crime para a cunhada dizendo que agiu porque estaria sendo traído pela mulher.
No depoimento, ele disse que estava dormindo do lado de Maria quando escutou vozes dizendo sobre a traição da mulher com um vizinho. Em seguida, teria ido até a cozinha e pegado uma faca para esfaquear a mulher. Silva afirmou ainda que não lembrava quantas vezes tinha esfaqueado Maria.
Quase três meses depois da morte da mulher, Willyan da Silva é apontado como o principal suspeito de matar a facadas o padrasto Hudson Matias da Silva. O rapaz teria ainda ferido a mãe com duas facadas em um dos braços.
O crime ocorreu no dia 21 de janeiro do ano passado, no bairro Calafate, em Rio Branco. O suspeito fugiu para uma região de mata do bairro e foi preso no dia seguinte.
O primo da vítima, Janes Gomes lamentou o ocorrido e disse que o jovem era para estar preso após o caso da companheira. Segundo ele, o primo era um homem trabalhador.