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Acre registra 664 casos de estupro no primeiro semestre de 2025, com aumento de 13,8% em relação a 2024

Dados do Ministério Público mostram que 80% das vítimas são crianças, adolescentes ou pessoas vulneráveis; Rio Branco lidera com 250 ocorrências

O levantamento mostra que, neste ano, a cidade capital já registrou 250 estupros. Cruzeiro do Sul aparece em segundo lugar com 106 e Tarauacá em terceiro com 41 casos. Foto: captada 

O Acre registrou 664 ocorrências de estupro entre janeiro e julho de 2025, segundo dados do Observatório de Análise Criminal do Ministério Público Estadual (MP-AC). Desse total, 128 foram registrados como estupro e 536 como estupro de vulnerável – o que significa que 80% das vítimaseram crianças, adolescentes ou pessoas em situação de vulnerabilidade.

Os números representam um aumento de 13,8% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 583 casos. A capital Rio Branco lidera o ranking com 250 registros, seguida por Cruzeiro do Sul (106) e Tarauacá (41).

Os meses de junho (103) e julho (125) concentram o maior número de casos no ano, somando 228 ocorrências. Já janeiro (86) e março (77) foram os períodos com menos registros. A pesquisa também revela que a esmagadora maioria dos crimes foi consumada: 118 dos 128 estupros e 526 dos 536 estupros de vulnerável.

O estupro de vulnerável é caracterizado pela legislação como ato libidinoso com menores de 14 anos ou pessoas com enfermidade ou deficiência mental que as impeçam de oferecer resistência. A pena para esse crime varia de 8 a 15 anos de reclusão, podendo chegar a 30 anos em caso de morte da vítima.

Perfil das vítimas
  • 80% dos casos: crianças, adolescentes ou pessoas em situação de vulnerabilidade
  • Estupro de vulnerável: 536 registros
  • Estupro: 128 registros
Distribuição geográfica
  • Rio Branco: 250 casos
  • Cruzeiro do Sul: 106 casos
  • Tarauacá: 41 casos
Evolução mensal
  • Junho e julho: 228 casos (pico do ano)
  • Janeiro: 86 casos
  • Março: 77 casos
Natureza dos crimes
  • Consumados: 644 casos
  • Tentados: 20 casos
  • Pena prevista: 8 a 15 anos (podendo chegar a 30 anos em caso de morte)

Os números reforçam a urgência de políticas integradas de proteção à infância e adolescência no Acre, estado que historicamente apresenta altos índices de violência sexual intrafamiliar e contra vulneráveis. A subnotificação sugere que os casos reais podem ser ainda maiores.

A pena prevista na legislação brasileira para este tipo de crime é de 8 a 15 anos de reclusão. Se houver lesão corporal grave, aumenta para até 20 anos. Em caso de morte, pode se estender até 30 anos. Foto: captada 

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Publicado por
Marcus José