Acre registra 51 mortes pela covid-19 em seis dias e associações ligadas às funerárias alertam para colapso no sistema no País

No Acre, ainda não há registro da falta de caixões para realizar os sepultamentos. Entretanto, como o sistema funerário é interligado, a nota deve ser considerada.

Em seis dias, o Acre registrou uma média de 8,5 mortes causadas pela covid-19. Do último domingo (28) até ontem, sexta-feira (2), foram confirmados 51 óbitos pela doença. Os números assustam.

Os dias com maiores registros foram terça-feira,13 mortes; quarta-feira, 9; e sexta-feira 11 confirmações. O domingo registrou 5 óbitos. Segunda e quinta, 6 e 7 respectivamente. Para fechar essa conta triste de vidas perdidas ainda não foram contabilizadas as confirmadas hoje, dia 3 de abril. O boletim deve ser divulgado no final da tarde.

Diante de todo esse cenário assustador, as associações do setor funerário no País emitiram esta semana uma nota conjunta alertando para a necessidade do uso racional de urnas funerárias. De acordo com o documento assinado Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário e de Administradores de Planos de Assistência (ABREDIF) e a Associação dos Fabricantes de Urnas do Brasil (AFUB), é preciso planejamento neste momento para que compras além do necessário sejam feitas pelas funerárias nos estados e assim provoque o colapso do sistema.

Outra orientação para os proprietários do setor é que não façam pedidos de urnas especiais, no popular, mais “pomposas”. Isso porque esses pedidos mais detalhados atrapalham a linha de produção. A ideia é buscar um padrão de urna simples, que acelere a produção e evite assim o colapso.

Os dados revelados pelas associações não é nada animador para os próximos 90 dias. “Nosso setor precisa estar preparado para realizar nos próximos 90 dias, 500.000 atendimentos funerários. Esta é a estimativa que poderá ser alcançada segundo os especialistas que estão estudando a evolução do número de óbitos.

Os fabricantes conseguem produzir, com muito esforço, algo em torno de 390 a 400 mil urnas neste período. Teremos que usar grande parte, em alguns casos, até o limite, o nosso estoque regulador. Todas nossas compras precisam ser planejadas para que não sobre em uma região e falte em outra. Ninguém deve comprar além da necessidade, nem ter menos que o necessário. A palavra de ordem é: planejamento”, afirmam.

No Acre, ainda não há registro da falta de caixões para realizar os sepultamentos. Entretanto, como o sistema funerário é interligado, a nota deve ser considerada.

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