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Acre registra 123 mortes violentas em 2025, com aumento de 10,8% em relação a 2024

Armas de fogo são usadas em 57% dos 123 crimes registrados até agosto; conflitos de facções e drogas motivaram 40% dos casos

Entre as vítimas, 111 eram homens e 12 mulheres, com a faixa etária mais atingida sendo 30 a 34 anos (28 casos). Foto: arquivo 

O Acre registrou 123 mortes violentas intencionais nos primeiros oito meses de 2025, um aumento de 10,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram contabilizadas 111 vítimas. Os dados são do Ministério Público do Acre (MPAC), compilados pelo Núcleo de Apoio Técnico (NAT).

O levantamento abrange homicídios consumados, latrocínios (roubo seguido de morte), feminicídios, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenção policial. A capital, Rio Branco, concentrou a maioria dos casos (67), enquanto 56 ocorreram no interior do estado.

Perfil e Motivações

A noite foi o período com maior incidência desses crimes, responsável por 36,59% das ocorrências. A madrugada vem em seguida, com 22,76%. A grande maioria das vítimas (111) era do sexo masculino, e a faixa etária mais atingida foi a de 30 a 34 anos, com 28 mortes.

O relatório aponta que os conflitos de facções e drogas foram a principal motivação, estando por trás de 40,65% dos crimes. Motivos fúteis, torpes ou embriaguez respondem por 21,14% dos casos. Os feminicídios corresponderam a 5,69% do total, e a motivação de 19,51% das mortes ainda é investigada.

Armas

As armas de fogo foram o instrumento letal predominante, usadas em 71 casos, o que representa 57,7% do total. As armas brancas, como facas, foram utilizadas em 34 ocorrências, correspondendo a 27,64% das mortes violentas.

Distribuição geográfica e horária
  • Rio Branco: 67 casos
  • Interior: 56 casos
  • Período noturno: 36,59% (maior incidência)

No que se refere aos meios utilizados, armas de fogo foram responsáveis por 57,7% das mortes (71 casos), enquanto armas brancas causaram 27,64% (34 casos). Foto: captada 

Perfil das vítimas
  • Gênero: 111 homens e 12 mulheres
  • Faixa etária: 30-34 anos (28 casos)
  • Armas: 57,7% com armas de fogo (71 casos)
Motivações dos crimes
  • Conflitos de facções/drogas: 40,65%
  • Motivos fúteis/bebedeira: 21,14%
  • Em apuração: 19,51%
  • Feminicídios: 5,69%
Evolução mensal (2025)
  • Janeiro: 15

  • Fevereiro: 10

  • Março: 21

  • Abril: 11

  • Maio: 23 (pico)

  • Junho: 12

  • Julho: 13

  • Agosto: 18

Os números reforçam a complexidade da segurança pública no Acre, onde a atuação de facções criminosas e a facilidade de acesso a armas de fogo seguem desafiando as autoridades, com maior incidência no período noturno e concentração na capital.

Quanto à motivação dos crimes, 40,65% estão ligados a conflitos de facções ou drogas, seguidos de 21,14% por motivos fúteis, torpes ou bebedeira. Em 19,51% dos casos a motivação ainda está sendo apurada, e 5,69% foram feminicídios. Foto: captada 

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Publicado por
Marcus José