Entre as vítimas, 111 eram homens e 12 mulheres, com a faixa etária mais atingida sendo 30 a 34 anos (28 casos). Foto: arquivo
O Acre registrou 123 mortes violentas intencionais nos primeiros oito meses de 2025, um aumento de 10,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram contabilizadas 111 vítimas. Os dados são do Ministério Público do Acre (MPAC), compilados pelo Núcleo de Apoio Técnico (NAT).
O levantamento abrange homicídios consumados, latrocínios (roubo seguido de morte), feminicídios, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenção policial. A capital, Rio Branco, concentrou a maioria dos casos (67), enquanto 56 ocorreram no interior do estado.
A noite foi o período com maior incidência desses crimes, responsável por 36,59% das ocorrências. A madrugada vem em seguida, com 22,76%. A grande maioria das vítimas (111) era do sexo masculino, e a faixa etária mais atingida foi a de 30 a 34 anos, com 28 mortes.
O relatório aponta que os conflitos de facções e drogas foram a principal motivação, estando por trás de 40,65% dos crimes. Motivos fúteis, torpes ou embriaguez respondem por 21,14% dos casos. Os feminicídios corresponderam a 5,69% do total, e a motivação de 19,51% das mortes ainda é investigada.
As armas de fogo foram o instrumento letal predominante, usadas em 71 casos, o que representa 57,7% do total. As armas brancas, como facas, foram utilizadas em 34 ocorrências, correspondendo a 27,64% das mortes violentas.
No que se refere aos meios utilizados, armas de fogo foram responsáveis por 57,7% das mortes (71 casos), enquanto armas brancas causaram 27,64% (34 casos). Foto: captada
Janeiro: 15
Fevereiro: 10
Março: 21
Abril: 11
Maio: 23 (pico)
Junho: 12
Julho: 13
Agosto: 18
Os números reforçam a complexidade da segurança pública no Acre, onde a atuação de facções criminosas e a facilidade de acesso a armas de fogo seguem desafiando as autoridades, com maior incidência no período noturno e concentração na capital.
Quanto à motivação dos crimes, 40,65% estão ligados a conflitos de facções ou drogas, seguidos de 21,14% por motivos fúteis, torpes ou bebedeira. Em 19,51% dos casos a motivação ainda está sendo apurada, e 5,69% foram feminicídios. Foto: captada