Estado saiu de 26,1 para 20,3 mortes por 100 mil habitantes; queda acompanha tendência brasileira, que reduziu violência letal em 30% na última década. Foto: captada
Dados do Brasil em Mapas, plataforma que monitora a violência letal no país, revelam que o Acre reduziu em 22,2% sua taxa de homicídios nos últimos dez anos. Em 2014, o estado registrava 26,1 mortes por 100 mil habitantes — número que caiu para 20,3 em 2024. Apesar da melhora, o índice acreano ainda está acima da média nacional, que teve queda de 30% no mesmo período.
Brasil: redução de 59,7 mil homicídios (2014) para 44,1 mil (2024) – 15,6 mil vidas poupadas em dez anos.
Acre: taxa atual (20,3/100 mil) ainda supera a de estados como São Paulo (6,3) e Santa Catarina (8,9).
O resultado acompanha a tendência nacional de queda, que foi de 30% no mesmo período — saindo de 59,7 mil homicídios em 2014 para 44,1 mil em 2024. Em números absolutos, mais de 15,6 mil vidas foram poupadas ao longo da última década em todo o país.
Especialistas apontam que a redução pode estar ligada a:
Apesar do avanço, o Acre ainda enfrenta:
O Acre se insere em um contexto de melhora na segurança pública, especialmente visível em estados como o Distrito Federal, que liderou a redução com -67,9%, na contramão, o Amapá foi o único estado brasileiro a registrar aumento nos homicídios no período, com crescimento de 21,2%.
Apesar da melhora, o índice acreano ainda está acima da média nacional, que teve queda de 30% no mesmo período. Foto: captada
Na análise por região, o Norte — onde está o Acre — teve a menor redução proporcional, com queda de 24,7%, abaixo das médias do Centro-Oeste (-47,7%), Sudeste (-35,7%), Sul (-35,1%) e Nordeste (-21,7%).
Apesar da redução nos homicídios, a taxa de 20,3 por 100 mil habitantes ainda coloca o Acre acima da média nacional. A situação na região amazônica continua desafiadora, marcada por disputas entre facções criminosas, tráfico de drogas e fragilidade na presença estatal em áreas fronteiriças com o Perú e Bolívia.
Outros estados da região Norte apresentaram quedas variadas no mesmo período:
Especialistas apontam que a redução no número de homicídios é um indicativo positivo, mas ainda insuficiente para afirmar que a violência está controlada. O Acre, em especial, enfrenta uma série de vulnerabilidades, como baixa presença policial em áreas remotas, crescimento das organizações criminosas transnacionais e deficiências estruturais em políticas sociais.
A continuidade da queda dependerá da manutenção de políticas públicas de segurança eficazes, investimentos em inteligência policial, fortalecimento das instituições de justiça e ações integradas nas áreas de educação, saúde e assistência social.
O governo do estado deve reforçar estratégias de prevenção para manter a tendência de queda. Enquanto isso, o Brasil como um todo comemora a redução histórica, que evitou mais de 15 mil mortes violentas na última década.
A expectativa agora recai sobre a divulgação dos dados mais recentes que deverão indicar se o ritmo de redução se manteve ou sofreu reversões.
Fontes: site Brasil em Mapas.