O programa Exporta Mais Amazônia, promovido pela ApexBrasil, realizou nesta segunda-feira (3), em Rio Branco, mais uma edição voltada à valorização dos cafés produzidos na Amazônia, com destaque para os robustas do Acre.
O evento contou com uma sessão de cupping — degustação técnica internacional — no Restaurante Mata Nativa, onde especialistas analisaram os atributos sensoriais dos cafés locais, etapa fundamental para abrir portas em novos mercados e atrair compradores globais.
Durante o encontro, a presidente da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), Carmen Lúcia “Ucha”, destacou o potencial dos cafés acreanos.
“Os robustas do Acre entregam perfis sensoriais únicos, encantadores e impactantes. Esses são os cafés especiais do Brasil”, afirmou.
O presidente da Coopercafé, Jonas Lima, celebrou os avanços da cafeicultura na região do Juruá, que superou 10 mil sacas colhidas em 2025, com previsão de ultrapassar 25 mil sacas nos próximos ciclos.
“Estamos construindo um novo caminho. Esse evento mostra o potencial do nosso café para o mercado internacional”, disse.
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, destacou o papel do café na economia e anunciou novidades para o setor. Entre elas, o lançamento do “Oscar do Café Especial”, concurso internacional com R$ 5 milhões em investimentos, dentro de um convênio de R$ 20 milhões voltado ao fortalecimento da cadeia produtiva amazônica.
“A cada três xícaras de café consumidas no mundo, uma é do Brasil. Queremos que o Acre se consolide nesse mapa da qualidade e da exportação”, ressaltou Viana.
Além disso, ele anunciou o lançamento de um curso de provadores de café, em parceria com a Embrapa, previsto para fevereiro de 2026.
O encontro reuniu empresários, produtores e compradores internacionais (EUA, Chile, Espanha, Croácia, Japão, China), interessados em firmar novos negócios com os cafés acreanos, reforçando o papel estratégico do Acre na exportação de produtos amazônicos sustentáveis.