Acre prepara propostas para debater sobre Zonas Francas Verdes

A superintendente da Suframa, Rebeca Garcia virá ao Acre dia 05 de maio debater com empresários locais e representantes do governo acreano a implantação da Zona franca verde, nos municípios de Brasileia e cruzeiro do Sul. A ZFV dará incentivos fiscais para a produção industrial que usar elementos regionais em sua estrutura, fomentando a economia e beneficiando produtores.

Antecipando a visita da superintendente, que está visitando todos os estados da região, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre, José Adriano Ribeiro da Silva, a vice-governadora Nazaré Araújo, a secretária estadual de ciência e tecnologia, Renata Souza, o coordenador regional da Suframa, João de Deus e representantes do SEBRAE vêm mantendo reuniões para definir os pleitos acreanos na regulamentação desse projeto.

Na visão do presidente da FIEAC, há ainda muitas dúvidas por parte dos empreendedores. “Vamos realizar algumas ações informar os empresários das vantagens, os critérios e como devem ser apresentados os projetos. Temos de valorizar as pessoas que empreendem no Acre”. Os municípios que irão receber os benefícios fiscais são Brasileia, Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul. E é a Suframa a responsável por definir os critérios para reconhecer a predominância de matéria-prima regional nos produtos que poderão receber a isenção de IPI prevista em decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff em dezembro último.

A Superintendente Rebeca Garcia respondeu a vários questionamentos de representantes das regiões a serem atingidas pelas Zonas Francas Verdes, explicando que o perímetro de 20 quilômetros em torno de  cada sede serve apenas para a implantação dos parques industriais e não para a delimitação da área de matéria prima, que pode vir de toda a Amazônia Ocidental, no caso do Acre. Assim, a produção de Tarauacá, por exemplo, pode ser processada com benefícios fiscais na Zona franca de Cruzeiro do Sul, por exemplo. Essa matéria prima pode ser de origem animal, vegetal ou mineral, com conteúdos mínimos definidos pela Suframa.

Ainda assim, o senador Gladson Cameli deseja a ampliação dessa área industrial para o perímetro de 50km das sedes.

A Fieac aguarda a vinda da superintendente para negociar a expansão das áreas no Acre. “Reconhecemos que apenas Brasileia, Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul são insuficientes. Por isso, peço o apoio dos parceiros para que possamos apresentar um projeto de ampliação. Acreditamos que temos um grande diferencial, pois todo o nosso estado está em área de fronteira”, explicou o presidente da FIEAC, José Adriano.

O governo do estado está preparando um inventário das potencialidades que poderiam ser absorvidas pelas Zonas Francas, com produtos, produtores, disponibilidade, custos de produção e de transporte ou de beneficiamento, para ajudar os empresários na definição de investimentos.

A Tribuna

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Publicado por
Alexandre Lima