A colheita da safra 2024/2025 de soja teve início em Epitaciolândia, no Acre, com acompanhamento técnico dos agrônomos do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF). A propriedade do produtor rural Mário Maffi, localizada na fronteira com a Bolívia, conta com aproximadamente 500 hectares plantados.
Neste ano, o Brasil espera um recorde na produção de soja, um dos principais produtos do agronegócio nacional. A safra anterior, de 2023/2024, movimentou cerca de R$ 636 bilhões no PIB do país. No Norte do Brasil, o Acre ocupa a quinta posição entre os maiores produtores de grãos, tendo alcançado 164,8 mil toneladas na última colheita.
O IDAF tem acompanhado de perto a produção na região, especialmente no monitoramento de pragas como a ferrugem asiática, considerada a mais danosa para a soja, e o Amaranthus palmeri, uma planta daninha que pode comprometer a produtividade das lavouras. Além disso, o instituto realiza anualmente a implementação do chamado “vazio sanitário da soja”, um período no qual o cultivo da leguminosa é proibido para evitar a propagação de pragas de safras anteriores. Após esse período, os produtores têm aproximadamente três meses para iniciar o plantio da nova safra.
Segundo o engenheiro agrônomo Igor Figueiredo, a fiscalização do IDAF tem o objetivo de garantir maior qualidade à produção. Em outubro de 2023, o instituto publicou a Portaria nº 388, estabelecendo a obrigatoriedade do cadastramento das unidades de produção (UPs). O banco de dados atualizado é fundamental para nortear medidas fitossanitárias e prevenir a proliferação de pragas.
Os sojicultores notificados pelo IDAF devem preencher o formulário de cadastramento disponível nos sites sisdaf.ac.gov.br e idaf.ac.gov.br. As informações necessárias incluem:
Área plantada;
Tipo de cultivo utilizado;
Data do plantio e estimativa de produção;
Identificação do responsável técnico.
O acompanhamento do IDAF visa garantir o crescimento sustentável da produção de soja no estado, mantendo a qualidade dos grãos e evitando prejuízos causados por pragas e doenças. Com a atenção redobrada no manejo fitossanitário, o Acre segue se consolidando como um importante produtor de grãos na Região Norte.