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Acre aparece em 3º lugar em mortalidade infantil no Brasil

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Mortalidade infantil: Norte e Nordeste concentram maior taxa do país

Dados foram levantados pelo Índice de Gestão Municipal Aquila (IGMA), a partir do programa Estratégia de Saúde da Família (ESF), do Ministério da Saúde

No Brasil 80% da mortalidade infantil está concentrada em 21% dos municípios localizados, principalmente, na região Norte e Nordeste. Os dados foram levantados pelo Índice de Gestão Municipal Aquila (IGMA), ferramenta de big data, a partir do programa Estratégia de Saúde da Família (ESF), do Ministério da Saúde.

No ranking dos estados que concentram maior taxa de mortalidade infantil estão Roraima (20,69%), Amazonas (19,77%), Acre (18,04%), Amapá (16,78%), Sergipe (16,76%) e Bahia (15,27%). Para o professor de políticas públicas do Ibmec Brasília, Eduardo Galvão, esses dados apresentam uma perspectiva positiva. “Isso porque se 80% do problema está concentrado em apenas 20% dos municípios, isso significa dizer que com uma concentração de 20% dos esforços, conseguimos resolver 80% do problema. Ou seja, não precisa de um esforço bastante pulverizado. Uma atenção dedicada, concentrada a esses poucos municípios, já vai ter um grande impacto nas políticas públicas.”

Os municípios de Roraima com a maior taxa são Amajari (49,33%), Alto Alegre (46,41%) e Pacaraima (32,37%). Em nota a Secretaria de Saúde do Estado de Roraima, informou que a Coordenadoria Geral de Atenção Básica (CGAB) realiza o acompanhamento dos índices de mortalidade materna no estado e tem fortalecido o contato com os municípios, o que inclui a realização de oficinas para tratar sobre o tema e discussão de estratégias a serem colocadas em prática.

De acordo com o Núcleo de Ações Programáticas de Saúde da Criança (NAPSC), com base nas informações enviadas pelos municípios, nos últimos dois anos, houve um aumento de 12,46% na taxa de mortalidade infantil em Roraima.

Segundo o NAPSC, “esse aumento é causado pelo fato de Roraima ser um estado complexo, com situações peculiares, dentre elas a fraqueza do pré-natal. Além disso, ainda ocorrem muitos óbitos por causas evitáveis, como doenças infecciosas e parasitárias, doenças respiratórias, dentre outras”.

Nesse sentido, o Núcleo enfatizou a necessidade de prioridade na atenção à saúde das mulheres bem como das crianças desde o pré-natal aos 9 anos de vida, com especial atenção à primeira infância, como forma de prevenção dos fatores de risco e diminuição da morbimortalidade, tendo em vista que 95% dos óbitos são preveníveis com ações efetivas e vigilância dos óbitos.

De acordo com Eduardo Galvão, uma parte da mortalidade infantil está relacionada à prematuridade e o restante está relacionada a outras causas de fácil solução. “A questão da resolução desse problema passa por alguns fatores, como por exemplo, a educação familiar, a alimentação adequada, o saneamento básico e a infraestrutura para rede de atendimento à saúde pública”, destaca.

Segundo o médico pediatra e coordenador de Pediatria do Santa Lúcia, Alexandre Nikolay, uma das principais causas que levam ao óbito infantil é a falta de vacinas para recém-nascidos. “Pode haver desidratação, pneumonia e infecções não cobertas por vacinas. Então, às vezes, a falta dessa assistência médica adequada no período pós-natal, nesse período que a criança acabou de nascer, leva a não indicação de vacinas e dessa forma o pequeno paciente fica suscetível a doenças.”

Com relação a outro estado da região Norte, os três municípios com a maior taxa de mortalidade no Amazonas são Japurá (49,59%), Canutama (46,88%) e Novo Aripuanã (35,71%). Em nota enviada à reportagem, o estado informou que vem avançando na redução da taxa de mortalidade infantil. Em 2017, este índice era de 16,4 óbitos por mil crianças nascidas vivas no Amazonas e em 2019 caiu para 15,8, com um grande avanço na redução da mortalidade neonatal em que a taxa caiu de 12,4 para 7,34.

“Destaca-se que fatores históricos, como baixo IDH, geografia e sazonalidade ainda são limitadoras das políticas de saúde no interior do Amazonas, porém, a melhoria da cobertura de atenção básica nos últimos anos vem contribuindo para uma melhor integração entre a assistência primária com atenção especializada e vigilância”, informou o estado.

A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas disse que vêm apostando em uma série de capacitações e estratégias para melhorar a atenção à saúde infantil no interior, entre elas, a implantação do Programa Primeira Infância Amazonense (PIA), voltada para o desenvolvimento integral da criança por meio de ações transversais na saúde, educação e assistência. Além da implantação de Unidades de Cuidado Intensivo (UCIs) neonatais nos municípios de Parintins, Tabatinga, Coari e Tefé.

Os estados da Bahia, Sergipe, Acre e Amapá não se manifestaram a respeito dos índices de mortalidade infantil e nem quais ações são realizadas para conter o avanço.

O levantamento do IGMA também mostrou que 71% dos municípios brasileiros apresentam cobertura do programa Estratégia de Saúde da Família acima ou igual a 90%, sendo que nestas cidades, 100% da população possui cobertura. Em contrapartida, ainda existem 10% de municípios brasileiros nos quais a abrangência é menor que 50%. A maioria desses municípios encontra-se em São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais e Pará. Vale mencionar que em 163 cidades brasileiras, nenhuma pessoa recebe tal assistência.

A média de leitos por mil habitantes dos municípios brasileiros é de 1,3. Cerca de 24% das cidades apresentam mais de dois leitos a cada mil habitantes. Por outro lado, 37% das cidades não possuem nenhum leito disponível, ou seja, é preciso que a população se desloque para outra cidade para ter acesso. Outro dado do IGMA aponta que os municípios brasileiros apresentam, em média, 15 profissionais da saúde pública para cada mil brasileiros.

Segundo Alexandre Nikolay, a falta de profissionais nos municípios do Brasil tem a ver com a carência de infraestrutura. “Deveria haver uma estimulação para os profissionais de saúde trabalharem no interior, com condições de trabalho digno e salário digno. Com tudo isso acredito que chamaria um profissional de saúde, seja ele de qualquer nível, desde o agente comunitário de saúde ao médico. Já atuei no interior e é frustrante, porque você sabe como tratar, sabe como salvar o paciente, mas não tem as condições necessárias para fazer isso.”

 

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Polícia encontra mais de 2 kg de drogas em casa abandonada na Cidade do Povo

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Apreensão incluiu cocaína pura, skunk e materiais usados no tráfico; imóvel servia como ponto de apoio para criminosos

Uma ação da Polícia Militar resultou na apreensão de mais de dois quilos de entorpecentes na noite desta quinta-feira (19), em uma residência abandonada localizada na Quadra 9B, no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, no Segundo Distrito de Rio Branco.

De acordo com o Tático do 2º Batalhão, a equipe realizava patrulhamento de rotina quando foi alertada por moradores sobre a utilização do imóvel como esconderijo de drogas e ponto de apoio para o tráfico. A partir da denúncia, os militares passaram a monitorar a movimentação na casa e notaram a entrada e saída constante de pessoas.

Ao se aproximarem do local, os policiais flagraram um homem, ainda não identificado, carregando uma sacola plástica branca. O suspeito, ao perceber a presença da guarnição, fugiu pelos fundos da residência, abandonando a sacola, que continha porções de cocaína.

Durante a varredura no interior do imóvel, os militares localizaram uma quantidade significativa de entorpecentes, já embalados para a comercialização, além de uma balança de precisão, uma faca e materiais utilizados para embalar a droga. No forro da casa, havia mais sacos contendo cocaína pura.

No quintal, os agentes encontraram vários pontos de terra recém-remexida. Em um dos bueiros, utilizado como esconderijo, foi localizado um tijolo de cocaína pura e mais porções de skunk. Ao todo, foram apreendidos aproximadamente 1,4 quilo de cocaína pura e 800 gramas de skunk, totalizando 2,2 quilos de entorpecentes.

Todo o material foi recolhido e encaminhado à Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), onde o caso será investigado. A identidade do suspeito que fugiu ainda é desconhecida, e a polícia segue com diligências na tentativa de localizá-lo.

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Ciclista que fazia zigue-zague na BR-317 é atingido por carro e escapa com ferimentos leves

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Matéria atualizada as 22h38

Sebastião de Oliveira, de 56 anos, foi socorrido pelo Samu e levado ao Hospital de Brasiléia; homem estaria visivelmente estado de embriaguez.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado no início da noite desta quinta-feira (19) para atender um acidente ocorrido no km 2 da BR-317, sentido Epitaciolândia/Rio Branco. A colisão envolveu um ciclista e um veículo de passeio,segundo testemunhas,  o ciclista apresentava sinais de embriaguez e fazia zigue-zague pela rodovia.

A vítima, identificada como Sebastião de Oliveira Santana, de 56 anos, no início havia uma suspeita de fratura no úmero do braço direito, sendo descartado após o raio-x, além de escoriações leves pelo corpo. O Samu prestou os primeiros socorros no local e encaminhou o ciclista ao Hospital Regional Raimundo Chaar, em Brasiléia.

A Polícia Militar esteve presente e auxiliou no atendimento à vítima e controle do trânsito no trecho afetado. O caso está sendo investigado pelas autoridades competentes, que irão apurar as circunstâncias do acidente e verificar a responsabilidade do ciclista, o condutor que não teve a identidade divulgada, ficou no local até a chegada das autoridades.

A suspeita de embriaguez será incluída nas investigações e o ciclista ficou em observação no hospital podendo ser liberado nas próximas horas

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Fuga em massa é registrada no presídio Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco

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Presídio Francisco de Oliveira Conde – Foto: Reprodução

Nove detentos escaparam por buraco na parede durante troca de plantão; forças de segurança fazem buscas com apoio de helicóptero

Na manhã desta quinta-feira (19), uma fuga em massa foi registrada no Complexo Penitenciário Dr. Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco. O episódio ocorreu por volta das 7h, durante a troca de plantão da segurança interna, quando detentos do pavilhão P abriram um buraco na parede e escaparam pulando o muro da unidade prisional.

Assim que a fuga foi detectada, a direção do presídio acionou equipes da Polícia Penal, que iniciaram buscas na região de mata e nos bairros adjacentes ao complexo. A operação de recaptura conta com reforço do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER), que emprega um helicóptero para sobrevoo e rastreamento da área.

Equipes especializadas da Polícia Militar, incluindo o Batalhão de Operações Especiais (BOPE), também foram mobilizadas para a ação de cerco e contenção.

Os detentos foragidos foram identificados como:

  • Davi Castro de Souza

  • Johnatan Silva Magalhães

  • Ozeias Paulo Germana Ferreira

  • Arthur Carvalho Gomes

  • Natanael do Nascimento Salgueiro

  • Geovane Costa Almeida

  • Francisco Guimarães Santana

  • Isaquiel Martins de Souza

  • Carlos Vitor de Castro Cardoso

As forças de segurança pedem que qualquer informação sobre o paradeiro dos fugitivos seja repassada de forma anônima por meio do número 190. Até o momento, não há confirmação sobre recapturas.

A direção do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (IAPEN) ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A situação gera preocupação entre moradores das áreas próximas ao presídio, que cobram medidas urgentes de segurança e esclarecimentos sobre possíveis falhas no sistema carcerário.

Governo se pronunciou através de Nota.

Nota pública sobre fuga de presos do Complexo Penitenciário de Rio Branco

O governo do Estado, por meio do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), informa que foi identificada a fuga de nove presos do pavilhão P da Divisão de Estabelecimento Penal de Recolhimento Provisório, no Complexo Penitenciário de Rio Branco, por volta de 6h da manhã, nesta quinta-feira, 19.

Estão foragidos:

Arthur Carvalho Gomes
Carlos Vitor de Castro Cardoso
Davi Castro de Souza
Francisco Guimarães Santana
Geovane Costa Almeida
Isaquiel Martins de Souza
Johnatan Silva Magalhães
Natanael do Nascimento Salgueiro
Ozeias Paulo Germana Ferreira

A Polícia Penal, bem como as demais forças de segurança, vem empregando todos os eforços na tentativa de realizar a captura dos foragidos, inclusive com emprego de aeronave.

Marcos Frank Costa
Presidente do Iapen

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