Acre
À espera de casa popular, famílias ocupam há um mês entrada da Aleac
Ao menos 10 famílias estão no local desde o dia 23 de maio.
‘É humilhante’, afirma moradora que diz esperar há 7 anos pela casa própria.
Do G1 AC

Famílias ocupam desde o cumprimento de medidas judiciais da terceira fase da ‘Operação Lares’ (Foto: Aline Nascimento/G1)
Há um mês, a entrada principal da sede da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), em Rio Branco, tornou-se a ‘casa’ de várias famílias, que reivindicam a entrega de casas populares. A maioria estava no programa de Aluguel Social pago pelo governo, porém, reclamando de atrasos decidiram ocupar o espaço até conseguir uma solução.
Outras famílias, ocuparam a Aleac após a polícia cumprir ordens judiciais durante a terceira fase da ‘Operação Lares’. Atuamente, conforme os ocupantes, em torno de 50 pessoas dividem o pequeno espaço.
Ao G1, o porta-voz do governo Leonildo Rosas, diz que a proposta do governo é o retorno das famílias ao Aluguel Social, até que elas sejam sorteadas para receber unidades habitacionais.
Cansadas de esperar o sorteio no Programa Minha Casa Minha Vida, algumas dessas famílias resolveram invadir, no dia 23 de maio, casas populares no Conjunto Rui Lino e foram expulsas pela polícia. Os invasores eram moradores do Beco do H, Conjunto Esperança, e alegaram que o pagamento do aluguel social estava atrasado e por isso teriam sido despejados. Os moradores ainda fecharam o Terminal Urbano como forma de protesto.
Apenas uma minoria dos acampados não estava no Aluguel Social, no entanto, eles dizem esperar há sete anos pelo sorteio da tão sonhada casa própria. Uma dessas sonhadoras é Josiane Braga de Oliveira, de 21 anos, que está com os dois filhos, de 10 e 5 anos. Ela morava em uma casa alugada no final do Bairro Seis de Agosto, e diz que se viu obrigada a sair depois que um vizinho tentou estuprá-la e de ter sofrido um furto na casa.

Josiane Braga está acampada com os dois filhos pequenos e diz não ter para onde ir (Foto: Aline Nascimento/G1)
“A casa onde morava ficava na beira do Igarapé Judia. Foram lá em 2009 e fiz minha inscrição, mas nunca me ofereceram Aluguel Social. Falam que é para quem realmente precisa, mas isso é uma mentira. Sou uma pessoa extremamente necessitada, não tenho pra onde ir e ainda não fui sorteada”, reclama.
Os poucos móveis que sobraram do arrombamento, Josiane deu um jeito de arrumar na entrada da Aleac. Sem emprego ou moradia, a dona de casa conta que assim que soube que as famílias tinham ocupado a Aleac, pegou uma barraca emprestada e resolveu fazer parte do protesto. Ela caracteriza a situação como humilhante e lamenta que os filhos tenham que passar por tal sofrimento.
“Como mulher, é humilhante essa situação. Estou com duas crianças pequenas, como não fica a cabeça delas passando por isso?. É humilhação para mim e elas. Estamos aqui jogados, comendo porque os outros ajudam”, lamenta a mãe.
‘Só saio com minha casa’, diz morador
O caso do autônomo José Maria Lopes, de 42 anos, se diferencia um pouco do da ‘vizinha’ de barraca. Lopes foi um dos moradores que invadiu as casas no Conjunto Rui Lino e foi expulso. Ele conta que a esposa e os três filhos, de 17, 13 e 4 anos, continuam morando na casa disponibilizada há dois anos pelo governo, no Beco da Tuca, Conjunto Esperança, contudo, o aluguel é pago com dinheiro recebido do seguro desemprego dele.
“Teve vez que o aluguel atrasou cinco meses. Na maioria das vezes paguei com meu dinheiro. Não trouxe minha família para cá para preservá-la. Mas, estou acampado aqui e só saio com minha casa. Tem gente que veio com tudo porque a família é pequena. Eu tenho gato, cachorros, codornas e não dá pra trazer, mas mantenho o acampamento”, comenta o autônomo.
Questionado sobre o que pretende fazer se ainda não tiver recebido uma casa quando o dinheiro do seguro acabar, Lopes diz vai se virar como puder.
Para ele, o acampamento no local é uma forma de pressionar o governo a entregar as resisdências. “Ninguém quer alugar casa pro governo porque não pagam. Vou fazer uns ‘bicos’ e ir sobrevivendo”, confessa o morador.
Já Maria da Conceição, de 50 anos, tomou uma decisão diferente. Maria trouxe os móveis, o filho, a nora, e os dois netos, de 1 e 5 anos, para o acampamento. A dona de casa morava uma casa no Beco do H, Conjunto Esperança, e também foi uma das expulsas do Conjunto Rui Lino, durante ação da Polícia Civil.
“Se não tivessem tirado a gente [do Rui Lino] estava lá até hoje. Foi a pior noite da minha vida. Prometeram que meu aluguel não ia atrasar. Faço tratamento contra câncer, recebo apenas um auxílio doença, e não posso pagar aluguel. É muito difícil, compro remédios. Esses dias aqui foram horríveis, não é fácil. Passamos muito frio, ouvimos humilhação das pessoas”, fala.
Segundo o porta-voz, o governo não deve ceder às exigências. “O que o governo poderia fazer ele fez, pagou o aluguel social. Não vamos colocar ninguém a frente dos critérios, porque isso incorreria em ilegalidade. Entendemos que é um ato mais politiqueiro que de pessoas necessitadas. O governo não ceder a pressão nem cometer ilegalidades. Eles estão por opção e não por necessidade”, finaliza.

Famílias dividem barracas enquanto aguardam sorteio de casa no Programa Minha Casa Minha Vida (Foto: Aline Nascimento/G1)
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Dois jovens ficam feridos em grave acidente de moto na AC-475, entre Acrelândia e Plácido de Castro

Dois jovens ficaram feridos na tarde desta quinta-feira (4) após um grave acidente de motocicleta registrado na Rodovia AC-475, no trecho que liga os municípios de Acrelândia e Plácido de Castro. O condutor da moto, João Gustavo Muniz, de 19 anos, perdeu o controle do veículo ao passar por uma curva. A motocicleta saiu da pista, arrancou uma estaca e arremessou os dois ocupantes a cerca de oito metros, lançando-os em uma área de pasto.
A dupla trafegava em uma Honda Fan 160, de cor prata. Com o impacto, João Gustavo sofreu fraturas no fêmur, na tíbia e na fíbula da perna esquerda, além de fratura exposta em um dos dedos da mão esquerda. Mesmo com a gravidade das lesões, seu quadro é considerado estável.
O garupa, Antônio Taguá da Silva Monteiro, de 18 anos, também teve ferimentos significativos. Ele apresentou fratura na clavícula esquerda, ferimento com exposição óssea em um dedo do pé esquerdo e um corte profundo na mão direita. Assim como o condutor, permanece em estado estável.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) enviou uma ambulância de suporte básico de Plácido de Castro para o resgate. Após os primeiros atendimentos, as vítimas foram levadas à Unidade Mista de Saúde do município e, devido à gravidade dos ferimentos, transferidas ainda na noite desta quinta-feira para o Pronto-Socorro de Rio Branco em uma ambulância municipal.

A Polícia Militar esteve no local e deve apurar as circunstâncias que resultaram no acidente.
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Atualização: Idosa de 90 anos é encontrada desorientada em via pública é resgatada pelo filho

Uma idosa identificada como Antônia Moraes da Silva, de 90 anos, foi encontrada desorientada na noite desta quinta-feira (4) na Rua Fátima Maia, próximo à UniNorte, no bairro Jardim de Alah, em Rio Branco.
Populares perceberam que ela não conseguia informar seu endereço nem fornecer contatos de familiares, e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A equipe realizou os primeiros atendimentos no local e conduziu a idosa ao Pronto-Socorro da capital.
Até o momento, Antônia não foi reconhecida por nenhum parente. As equipes de saúde pedem que, caso alguém a conheça ou possua informações sobre seus familiares, procure o Pronto-Socorro para auxiliar na identificação e no contato com a família.
A direção da unidade reforça a importância da colaboração da comunidade para que a idosa possa retornar em segurança ao convívio familiar.
Atualizacão
Momentos após a publicação desta nota e de outros meios de comunicação, o filho devidamente identificado, soube e se deslocou até o pronto-socorro para buscar sua genitora. O caso devidamente esclarecido, resultou no resgate da idosa para sua residência.
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Câmara de Epitaciolândia convoca gerente do Banco do Brasil para explicar falta de dinheiro em caixas e falhas no atendimento
Problema se agrava nos finais de semana e limita saques de moradores e turistas; agência do Banco do Brasil na cidade será convidada a dar explicações na Câmara Municipal

Vereador Rosimar do Rubicon denuncia que problema se agrava nos finais de semana e prejudica moradores e turistas na região de fronteira com a Bolívia. Foto: captada
A constante falta de dinheiro nos caixas eletrônicos da única agências bancária do Banco do Brasil de Epitaciolândia, cidade acreana na fronteira com a Bolívia, foi tema de discussão na Câmara Municipal na sessão da última segunda-feira (1). O vereador Rosimar do Rubicon (Republicanos) foi o autor da reclamação em plenário, relatando que o problema se intensifica nos finais de semana e afeta moradores e turistas.
Segundo o parlamentar, ao buscar explicações com a única agência bancária do município, foi informado de que os bancos têm um limite de valores para abastecimento dos terminais. A situação piora quando o quinto dia útil do mês cai em uma sexta-feira – período em que saques costumam aumentar –, resultando na alta probabilidade de os caixas ficarem sem cédulas durante o sábado e o domingo.
— É um absurdo o cidadão não poder sacar um dinheiro que é dele, conquistado com o suor do seu trabalho durante um mês inteiro — protestou vereador Rosimar do Rubicon.
O problema ganha dimensão adicional por Epitaciolândia ser uma cidade fronteiriça, vizinha a Cobija, na Bolívia – um polo turístico e de compras da zona franca (Zonfra) que atrai visitantes. A falta de dinheiro nos caixas impacta tanto a população local quanto o fluxo de turistas que circulam pela região.

A Câmara Municipal de Epitaciolândia recebeu o gerente da agência local do Banco do Brasil, André, para prestar esclarecimentos públicos em relação a constante falta de cédulas nos caixas Foto: captada
Diante da repercussão, insatisfação generalizada com a falta de dinheiro nos caixas eletrônicos e outros problemas nos serviços bancários, a Câmara Municipal de Epitaciolândia convocou o gerente da agência local do Banco do Brasil, André, para prestar esclarecimentos públicos. O gerente foi questionado sobre três questões principais: a constante falta de cédulas nos caixas, os transtornos causados pela reformas na agência e as intermitências no serviço de internet que comprometem o atendimento. O objetivo foi pressionar por uma solução que garanta o abastecimento regular, especialmente em períodos de maior demanda.




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