A crueldade da falta do concurso*

Presidente do Sindmed, José Ribamar

O anúncio das demissões de servidores da Saúde do Acre ocorre em um momento difícil em que passa o Estado e o País que nos últimos anos tem apresentado crescimento negativo. Pais e mães de família vão perder seu sustento e se somarão aos mais de 13 milhões de desempregados deste Brasil, recentemente jogado no fundo do poço por governos irresponsáveis no gerenciamento da coisa pública.

Quando os médicos deste Estado se organizaram em um sindicato e elegeram uma Diretoria, escolheram entre as reivindicações que governo fizesse concurso para regularizar a situação de cerca de 300 médicos que haviam sido contratados após a promulgação da Constituição Federal de 1988. O objetivo da diretoria era colocar um basta na situação contratual precária, sem vínculo e sem direitos trabalhistas.

Após inúmeras reuniões, tivemos atendido o pedido do concurso público para os médicos.

A fundação Cesp foi a empresa que ficou responsável pelo certame, sendo a maioria contratado e efetivado.

Hoje, decorridos 13 anos do concurso, grande parte pode dormir tranquilo, com a consciência do dever cumprido, destacando a importância de um sindicato voltado para lutar em defesa dos seus médicos.

O choro e lamento dos servidores que perderão seus postos de trabalho tem a ver sim com a omissão dos governos anteriores e, também, dos órgãos de controle social que viram a ofensa à cláusula pétrea da Constituição para o acesso ao serviço público e não agiram em tempo hábil a ponto de resguardar as leis, a população e o trabalhador.

*Ribamar Costa

Presidente do Sindmed-AC

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Publicado por
Alexandre Lima