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“A 3ª guerra mundial já começou”, alerta CEO do JP Morgan
“A Terceira Guerra Mundial já começou”, disse ele. Segundo o CEO, o que observamos hoje são batalhas coordenadas entre várias nações, o que, na sua visão, seria o início de um conflito global

Dimon também enfatizou o papel dos Estados Unidos nesse cenário global. Ele acredita que a potência americana não pode se manter “inocente” e assistir a esses eventos se desenrolarem sem intervenção
João Souza
Para o CEO do JP Morgan, Jamie Dimon, questões econômicas como a inflaçãoamericana e a desaceleração do crescimento global não são os maiores riscos para o futuro. Dimon está mais preocupado com o cenário geopolítico, marcado por conflitos intensos como a Guerra na Ucrânia e a escalada de tensões no Oriente Médio. Em suas declarações, ele ressaltou o impacto potencial dessas tensões sobre a economia global e a estabilidade política.
A Ameaça de uma Terceira Guerra Mundial
Em um evento recente no Instituto Internacional de Finanças (IIF), Dimon fez uma declaração alarmante: “A Terceira Guerra Mundial já começou”, disse ele. Segundo o CEO, o que observamos hoje são batalhas coordenadas entre várias nações, o que, na sua visão, seria o início de um conflito global. Suas palavras chamaram a atenção da mídia internacional e de líderes financeiros.
O Eixo de Alianças Geopolíticas
Dimon descreveu uma aliança que chamou de “eixo maligno”, composta por Rússia, Coreia do Norte e Irã, com a China agindo como um aliado estratégico desse grupo. Segundo o CEO, essas nações estariam empenhadas em “desmantelar” instituições globais criadas após a Segunda Guerra Mundial, como a Otan. Essa articulação teria como objetivo estabelecer uma nova ordem que desafia o sistema atual liderado pelos países ocidentais.
Urgência e Riscos Históricos
Para Dimon, o risco dessas ações é imediato. “Eles estão falando sobre fazer isso agora, não daqui a 20 anos”, afirmou ele em uma gravação obtida pela revista Fortune. Esse senso de urgência, combinado com a instabilidade global, gera uma preocupação profunda, que segundo Dimon, se comparada ao histórico de conflitos passados, é um fator a ser levado muito a sério.
A Responsabilidade dos Estados Unidos
Dimon também enfatizou o papel dos Estados Unidos nesse cenário global. Ele acredita que a potência americana não pode se manter “inocente” e assistir a esses eventos se desenrolarem sem intervenção. “Precisamos garantir que estamos envolvidos para fazer a coisa certa”, afirmou Dimon. Para ele, a neutralidade nesse contexto pode representar um grande risco.
Possibilidade de Redução de Conflitos
Embora alarmado, Dimon também considera a possibilidade de que o risco de uma Terceira Guerra Mundial diminua com o tempo. Ele pondera que a situação pode se acalmar, mas alerta que as implicações podem ser severas se os conflitos continuarem escalando da forma como estão. Dimon acredita que, embora haja uma pequena chance de reversão, é necessário estar preparado para os cenários mais difíceis.
Cenários Aterradores no JP Morgan
Dimon revelou que o JP Morgan tem simulado cenários de crise que seriam chocantes para o público. “Eu estou falando sobre o risco de as coisas irem muito mal”, afirmou ele. Embora tenha preferido não detalhar esses cenários, suas palavras sugerem que o banco considera a possibilidade de eventos geopolíticos catastróficos que afetariam a economia global.
A Ameaça Nuclear no Topo das Preocupações
A possível ameaça nuclear da Rússia e de outros adversários globais ocupa uma posição central nas preocupações de Dimon. Para ele, nunca houve uma situação em que um líder como Putin usasse chantagem nuclear como estratégia de guerra. “Esse tipo de coisa – ‘Se seus militares vencerem, usaremos armas nucleares’ – é um risco real”, disse Dimon, destacando a gravidade do cenário.
A Proliferação Nuclear como Maior Risco
Dimon alertou que o maior risco para a humanidade não é a mudança climática, mas sim a proliferação nuclear. Ele destacou que, caso o número de potências nucleares continue a crescer, o mundo corre o risco de ver cidades inteiras dizimadas. Em suas palavras, “é só uma questão de tempo” até que o uso dessas armas de destruição em massa possa acontecer.
Os Próximos Anos e a Prevenção de Conflitos
Para Dimon, os próximos dois anos serão cruciais para a estabilidade global. Ele ressaltou que é essencial tomar medidas preventivas para evitar uma escalada na proliferação nuclear e nos conflitos geopolíticos. Segundo ele, qualquer passo em falso pode ter consequências devastadoras para a segurança e para a paz mundial.
A Influência Política de Dimon
Apesar de ser um democrata registrado, Dimon é visto como uma figura respeitada em ambos os partidos nos Estados Unidos. Já no processo de encontrar seu sucessor após duas décadas à frente do JP Morgan, Dimon tem sido cotado como um possível nome para a Secretaria do Tesouro, tanto em um eventual governo Kamala Harrisquanto em um governo de Donald Trump.
A Visão de Dimon para o Futuro Global
Jamie Dimon continua sendo uma voz influente na economia e na política. Sua preocupação com a inflação, a segurança nuclear e os riscos geopolíticos reflete sua visão ampla e complexa sobre o futuro do planeta. Com a economia global cada vez mais conectada aos conflitos regionais, Dimon acredita que líderes e instituições financeiras devem estar atentos e preparados para um cenário de possíveis turbulências.
Resumo para quem está com pressa
- Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, alerta sobre riscos geopolíticos como maiores ameaças ao futuro.
- Conflitos como a Guerra na Ucrânia e tensões no Oriente Médio podem indicar início de uma Terceira Guerra Mundial.
- Dimon identifica Rússia, Coreia do Norte, Irã e China como aliados que ameaçam a ordem global.
- Ele destaca o risco da proliferação nuclear e as ameaças de Putin como preocupações centrais.
- A proliferação nuclear supera as mudanças climáticas como maior risco, segundo Dimon.
- Dimon é cotado para a Secretaria do Tesouro, tanto em governos democratas quanto republicanos.
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China concede isenção de visto a Brasil e outros países sul-americanos

Foto: Reuters/Tingshu Wang
A China estenderá sua política de isenção de vistos aos cidadãos de Brasil, Argentina, Chile, Peru e Uruguai, colocando algumas das maiores economias da América Latina em pé de igualdade com muitos países europeus e asiáticos, conforme busca laços mais fortes com a região.
O acordo de isenção de visto entrará em vigor em 1º de junho e terá validade de um ano, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Lin Jian, nesta quinta-feira (15), durante uma entrevista coletiva.
Brasil, Argentina e Chile estão entre as cinco maiores economias da região.
Desde o ano passado, a maioria dos países europeus, bem como seus vizinhos Japão e Coreia do Sul, não precisam de visto para viajar para a China.
O anúncio foi feito após um fórum de alto nível entre autoridades chinesas, latino-americanas e caribenhas em Pequim no início desta semana, no qual o presidente Xi Jinping prometeu aumentar a presença da China com uma nova linha de crédito de US$9 bilhões e novos investimentos em infraestrutura.
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Caixa libera abono salarial para nascidos em maio e junho

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Cerca de 3,8 milhões de trabalhadores com carteira assinada nascidos em maio e junho que ganham até dois salários mínimos podem sacar, a partir desta quinta-feira (15), o valor do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) em 2025 (ano-base 2023). A quantia está disponível no Portal Gov.br.
Ao todo, a Caixa Econômica Federal liberará pouco mais de R$ 4,5 bilhões neste mês. Aprovado no fim do ano passado, o calendário de liberações segue o mês de nascimento do trabalhador. Os pagamentos começaram em 17 de fevereiro e vão até 15 de agosto. O trabalhador pode conferir a situação do benefício no aplicativo Carteira de Trabalho Digital.
Neste ano, R$ 30,7 bilhões poderão ser sacados. Segundo o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), o abono salarial de 2025 será pago a 25,8 milhões de trabalhadores em todo o país. Desse total, cerca de 22 milhões que trabalham na iniciativa privada receberão o PIS e 3,8 milhões de servidores públicos, empregados de estatais e militares têm direito ao Pasep.

Arte/Agência Brasil
O PIS é pago pela Caixa Econômica Federal; e o Pasep, pelo Banco do Brasil. Como ocorre tradicionalmente, os pagamentos serão divididos em seis lotes, baseados no mês de nascimento. O saque iniciará nas datas de liberação dos lotes e acabarão em 29 de dezembro de 2025. Após esse prazo, será necessário aguardar convocação especial do Ministério do Trabalho.
Quem tem direito
Tem direito ao benefício o trabalhador inscrito no PIS/Pasep há, pelo menos, cinco anos, e que tenha trabalhado formalmente por, no mínimo, 30 dias no ano-base considerado para a apuração, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos. Também é necessário que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
O valor do abono é proporcional ao período em que o empregado trabalhou com carteira assinada em 2023. Cada mês trabalhado equivale a um benefício de R$ 126,50, com períodos iguais ou superiores a 15 dias contados como mês cheio. Quem trabalhou 12 meses com carteira assinada receberá o salário mínimo cheio, de R$ 1.518.
O abono salarial não se confunde com as cotas do antigo Fundo PIS/Pasep, que estão sendo sacadas por meio de outra plataforma, lançada em março deste ano. O antigo fundo abriga cotas de cerca de 10,5 milhões de trabalhadores formais antes da Constituição de 1988. O abono salarial beneficia trabalhadores com carteira assinada após a Constituição de 1988 com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Pagamento
Trabalhadores da iniciativa privada com conta corrente ou poupança na Caixa receberão o crédito automaticamente no banco, de acordo com o mês de seu nascimento.
Os demais beneficiários receberão os valores por meio da poupança social digital, que pode ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem. Caso não seja possível a abertura da conta digital, o saque poderá ser realizado com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, Caixa Aqui ou agências, também de acordo com o calendário de pagamento escalonado por mês de nascimento.
O pagamento do abono do Pasep ocorre via crédito em conta para quem é correntista ou tem poupança no Banco do Brasil. O trabalhador que não é correntista do BB pode efetuar a transferência via TED para conta de sua titularidade via terminais de autoatendimento e portal ou no guichê de caixa das agências, mediante apresentação de documento oficial de identidade.
Quem não é correntista da Caixa ou do Banco do Brasil e tem direito ao benefício também pode sacar o valor por meio do Portal Gov.br, no serviço “Receber o abono salarial”, mas é necessário ter conta prata ou ouro.
Até 2020, o abono salarial do ano anterior era pago de julho do ano corrente a junho do ano seguinte. No início de 2021, o Codefat atendeu a recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU) e passou a depositar o dinheiro somente dois anos após o trabalho com carteira assinada.
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Revalida 2025: prazo para contestar notas provisórias termina hoje

© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Os candidatos que não concordaram com as notas provisórias da prova discursiva da primeira edição de 2025 do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de educação superior estrangeira (Revalida) podem entrar com recurso até esta quinta-feira (15).
O procedimento deverá ser feito virtualmente no Sistema Revalida. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) esclarece que não serão aceitos recursos apresentados fora do Sistema Revalida ou fora do prazo.
O Revalida avalia profissionais brasileiros e estrangeiros formados em medicina fora do Brasil que querem exercer a profissão em território nacional. O objetivo do exame é garantir a qualidade do atendimento médico prestado no país.
A primeira etapa do Revalida 2025 ocorreu no dia 23 de março, com a participação de 93,63% dos 17.778 inscritos no exame.
Recursos
O recurso contra o resultado provisório da prova escrita deverá conter somente questionamentos relacionados às pontuações atribuídas a cada quesito avaliado, conforme a versão definitiva do padrão de resposta.
O participante também não poderá se identificar em quaisquer dos espaços de texto destinados ao recurso contra o resultado provisório da prova escrita discursiva, sob pena de ter o recurso reprovado automaticamente.
A análise feita pela banca corretora do exame trará as justificativas individualizadas de deferimento ou indeferimento.
De acordo com o edital da 1ª etapa do Revalida 2025, o resultado final será divulgado pelo Inep na Página do Participante, com login no portal Gov.br, em 3 de junho.
Revalida
Desde 2011, o exame que autoriza aos aprovados ter o diploma reconhecido no Brasil é aplicado pelo Inep, enquanto a revalidação é de responsabilidade das universidades públicas do país que aderiram ao Revalida.
Anualmente, as provas são divididas em duas etapas eliminatórias (teórica e prática), aplicadas em momentos distintos. As provas escritas e a prova de habilidades clínicas abordam, de forma interdisciplinar, as cinco grandes áreas da medicina: clínica médica, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, pediatria, e medicina da família e comunidade (saúde coletiva).
O participante somente poderá avançar para a segunda etapa, a da prova prática, se for aprovado na teórica.
Para serem aprovados, os candidatos devem demonstrar conhecimentos, habilidades e competências necessárias ao exercício da medicina.