Família acredita que ossada achada em rio no Acre é de comerciante sumido há 18 dias

Comerciante Raimundo Cabral Mendes, de 60 anos, está desaparecido desde o dia 28 de novembro. Ossada foi achada na sexta-feira (13) e exame de DNA deve sair em 60 dias.

Raimundo Cabral Mendes, de 60 anos, está desaparecido desde o dia 28 de novembro, em Cruzeiro do Sul — Foto: Arquivo pessoal

Por Iryá Rodrigues, G1 AC — Rio Branco

Familiares do comerciante Raimundo Cabral Mendes, de 60 anos, acreditam que a ossada encontrada às margens do Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul, seja dele. Mendes mora sozinho e está desaparecido desde o último dia 28 de novembro.

A ossada foi encontrada, na sexta-feira (13), depois que um morador passava pelo local e viu uma bota no barranco. O Corpo de Bombeiros atendeu a ocorrência e a ossada foi levada para o Instituto Médico Legal (IML).

Assim que a família de Mendes, que mora em Rio Branco, soube da notícia, foi até a cidade do interior do Acre para tentar fazer o reconhecimento. Segundo a sobrinha dele, a empresária Artemiza Mendes, de 40 anos, eles têm certeza de que seja o comerciante.

Mesmo com o suposto reconhecimento, devido ao estado em que o corpo foi encontrado, só é possível fazer a confirmação através do exame de DNA. A coleta foi feita ainda no sábado (14), encaminhada para Rio Branco, e o exame deve ficar pronto em cerca de 60 dias.

“Meu pai, que é irmão dele, reconheceu o corpo pelo pé dele, que estava ainda em perfeito estado dentro da bota, além disso, pela mania que ele tinha de usar de dois a três pares de meia para guardar dinheiro, e um dos pés desse corpo estava com três meias. Foram vários fatores que fizeram com que a gente identificasse que é o meu tio, mas, infelizmente, a gente não conseguiu trazer por conta da burocracia. A gente só pede que esse exame saia logo para acabar com esse sofrimento”, disse a sobrinha.

Ossada foi encontrada, na sexta-feira (13), às margens do Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul — Foto: Gledson Albano/Arquivo pessoal

Artemiza afirmou que um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia de Cruzeiro do Sul sobre o sumiço de Mendes e também a respeito de roubos na casa e no comércio dele. Segundo ela, os parentes acreditam que ele foi vítima de latrocínio.

A reportagem entrou em contato com o delegado Vinicius Almeida, para saber detalhes sobre o caso e sobre a investigação, mas não obteve sucesso até a última atualização desta reportagem.

“A família é toda de Rio Branco e ele morava em Cruzeiro do Sul sozinho. A gente acha que foi latrocínio, porque sumiu muita mercadoria e também as coisas da casa dele. Nós já tínhamos registrado o desaparecimento e o furto das coisas dele. Estamos vivendo esses dias de agonia. Meu tio era um homem bom, só vivia para o trabalho”, falou Artemiza.

Comentários

Compartilhar
Publicado por
G1 Acre