Anunciado em março, programa do Ministério de Portos e Aeroportos é adiado mais uma vez e ainda não tem data definida
O lançamento do programa Voa Brasil, que vai vender passagens aéreas por R$ 200 a pessoas de baixa e média renda, é adiado mais uma vez. A iniciativa anunciada no início de março por Márcio França, quando era ministro de Portos e Aeroportos, estava prevista para começar em agosto, mas foi postergada para setembro, depois para dezembro e, agora, “está próximo, mas sem data definida”, diz o ministério.
Silvio Costa Filho, que assumiu a pasta em 13 de setembro, substituindo França, disse, na ocasião, que o projeto passaria por ajustes. Com isso, o lançamento, que estava previsto para o início do segundo semestre, ficaria para o fim do ano.
Questionado sobre o novo adiamento, o Ministério de Portos e Aeroportos respondeu: “O lançamento do programa Voa Brasil está próximo, mas, no momento, sem data definida. É importante ressaltar que a proposta do Voa Brasil é estimular viagens aéreas com bilhetes de até R$ 200 para públicos como aposentados, pensionistas e estudantes ligados a programas de financiamento federais. A expectativa do Ministério de Portos e Aeroportos é que cerca de cinco milhões de CPFs que não viajam passem a voar a partir dos descontos oferecidos pela iniciativa. Tão logo haja novidades em relação ao programa Voa Brasil, daremos ampla divulgação.”
Não foram apresentados os motivos do adiamento.
O Voa Brasil é desenvolvido em parceria com o Ministério do Turismo, que tem Celso Sabino de Oliveira como titular, e atende a um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O programa tem como objetivos incentivar o turismo nacional e o desenvolvimento regional, e promover a inclusão social.
A ideia é tornar as viagens de avião acessíveis a um maior número de brasileiros e impulsionar o deslocamento dentro do país, principalmente para localidades menos atendidas por esse tipo de transporte.
Por meio do programa, o governo vai estabelecer parcerias com companhias aéreas e ficará responsável pelo gerenciamento das passagens não vendidas em voos domésticos, principalmente em períodos de baixa demanda, fora da alta temporada.