Além da erosão no calçadão do Novo Mercado Velho, outra problema registrado no centro de Rio Branco tem causado preocupação. Imagens publicadas pela página Alerta Rio Branco e enviadas à reportagem, neste sábado (16), mostram uma parte da estrutura da Passarela Joaquim Macedo cedendo.
A passarela Joaquim Macedo, localizada entre o primeiro e o segundo distrito em Rio Branco, símbolo das transformações urbanas e inaugurada em 2006 para homenagear o ex-governador do Acre, Joaquim Falcão Macedo, que governou no período de 1970 a 1983, pode ter um fim trágico em tempo inestimável, por causa da erosão que avança sobre sua cabeceira e parte do Novo Mercado Velho.
De acordo com a Defesa Civil Municipal, desde o dia 7 de novembro a situação de um afastamento em uma das hastes da passarela tem sido acompanhada (veja foto abaixo), ao passo que a erosão na base da estrutura é agravada pelas chuvas que tem ocorrido.
“Não só nesta estrutura, mas também em todo-o-terreno, há um risco de colapso, porque estamos vendo uma evolução a cada dia. Tanto é que já fizemos isolamento da passarela também na cabeceira do segundo distrito, para que ninguém passe nela para que não haja o risco de vítimas num colapso mais grave”, disse o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, o tenente-coronel Cláudio Falcão.
Falcão explicou que na distribuição dos recursos, a Defesa Civil Estadual está responsável por gerir eventuais obras de contenção, mas a tendência de subida de nível do Rio Acre, que passa sob a passarela, e o período chuvoso, inviabilizam qualquer tentativa de contenção. “Estamos no início das chuvas, obras estruturantes e principalmente na encosta de um rio são complicadas. O manancial já está chegando a 3 metros e durante todo o período de novembro ele deve chegar aos 4 metros, dezembro vai aumentar bastante. Uma obra iniciada agora pode ser comprometida com a cheia do rio”, afirmou.
De mãos atadas quanto ações estruturais efetivas, as defesas civis têm monitorado e se preparado para ampliar as medidas de segurança para quem transita por aquela região. Nem a interrupção do trânsito de barcos abaixo da passarela está descartada. “A partir do momento que há um risco maior, interdita-se também qualquer tráfego que tenha de embarcações no rio, de maneira que nós preservemos a vida das pessoas. A Defesa Civil do Estado tem avaliado, monitorado, e nós da Defesa Civil Municipal estamos juntos. A qualquer sinal de um risco maior, as providências serão tomadas”, concluiu o coordenador.
Em junho deste ano, o governo do Acre, com a Defesa Civil Estadual, Secretaria de Obras (Seop) e Departamento de Estradas e Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre), interditaram a Passarela Joaquim Macedo, no centro de Rio Branco.
Na época o coronel falou a imprensa. “Equipes realizam o isolamento da passarela dos dois lados, porque uma movimentação de massa se deu do lado do Mercado do Primeiro Distrito e fez com que o tabuleiro da ponte se movimentasse cerca de 70 cm, o que traz uma preocupação e torna a área de risco. A interdição é para que a população não trafegue e nem fique por baixo da estrutura”, destacou o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Carlos Batista.
O titular da Seop também falou. “A Secretaria de Obras tem acompanhado, com o apoio do Deracre e o intuito do isolamento é procurarmos entender melhor o grau dessa movimentação que atinge também o entorno da passarela, para termos segurança”, afirmou o titular da Seop, Ítalo Lopes.