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A ave foi resgatada pelo projeto voluntário “Biólogo em Ação”, coordenado por Marcos Fernandes, e aconteceu no pátio de uma igreja em Porto Velho, e chamou a atenção pelo fato de nunca ter visto um animal desses na zona urbana da cidade.
Segundo o biólogo, a ave é considerada não muito comum na região, e foi a primeira vez que ele fez o resgate de uma espécie assim. Marcos percebeu que o pássaro estava bastante assustado. Ele rapidamente se aproximou com cuidado e conseguiu capturar o arapapá. Ele levou o pássaro para uma clínica veterinária, onde o pássaro passou por vários exames. Em breve será solta novamente na natureza.
“Essa experiência mostrou a importância de estarmos atentos à vida selvagem que nos rodeia, e como pequenas ações podem fazer a diferença na preservação das espécies” disse Marcos. Para ele, resgatar o arapapá foi uma experiência única e gratificante, mostrando que a harmonia entre o homem e a natureza é possível.
Nome Científico: Cochlearius cochlearius
Família: Ardeidae
Ordem: Pelecaniformes
Distribuição: No Brasil, está presente desde o Norte e Nordeste até o Estado do Paraná. Fora do Brasil, há registros do México à Argentina.
Alimentação: Peixes, crustáceos, insetos, folhas e pequenos mamíferos.
Reprodução: O ninho é frágil, construído com gravetos (como as garças) e em manguezais. Reproduz-se em colônias. Põe de dois a três ovos de casca fina, que vão do verde-desmaiado ao branco-azulado, às vezes com pontos escuros na extremidade mais larga. O período de incubação é de, em média, 23 dias.
Na aparência, essa ave parece uma garça ou savacu. A diferença é que na estampa possui bico extremamente largo e chato, lembrando um barco de quilha alta virado de ponta-cabeça.
Para se alimentar geralmente procura locais com cascalho, águas rasas de arrebentação ou lamaçais. Mas é uma espécie pouco avistada pelo fato de estar mais ativa durante a noite, quando sai para pescar.
Dono de olhos grandes e salientes, que tem reflexos alaranjados quando iluminados, o macho chega a medir 54 centímetros. Ambos os sexos podem apresentar um longo penacho nucal negro (geralmente mais longo e espetacular nos machos).
De dia costuma ficar sobre as árvores, descansando, em grupos da mesma espécie. Pode-se dizer que é uma ave solitária, que evita tanto os seres humanos quanto a maioria das outras aves. Como mantém o bico sempre abaixado sobre o peito, parece estar meditando. Ao dormir, coloca o bico sob a asa, até fazê-lo desaparecer por completo.
É chamado também de savacu, colhereiro, socó-de-bico-largo (Piauí) e arataiaçu (Amazônia).
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