Vice-reitor de universidade boliviana vem ao Acre informar medidas que serão tomadas após denúncia de assédio e suborno a alunos

O vice-reitor da Universidade Federal Amazônica de Pando na Bolívia, Oscar Melgar, acompanhado de seu advogado Oscar Camacho, esteve em Rio Branco neste sábado, 26, para participar do podcast Conversa Franca.

Após a repercussão de uma denúncia feita por um estudante de medicina através do portal Notícias da Hora de que alunos estariam sendo assediados por médicos em troca de notas, o gestor explicou as medidas tomadas pela instituição de ensino.

“Esta é uma nova gestão. Fazem três meses que estamos à frente da universidade e com total apoio dos estudantes brasileiros para que possamos fazer a diferença, e quando assumimos essa nova gestão, pensamos em mudar tudo, valorizando todos os princípios da universidade, honestidade, transparência e respeito, e não podemos ficar calados após uma denúncia desta natureza, e por isso tomamos a firme decisão de dar um ponto final a este tipo de situação, investigando a fundo essas denúncias e buscar de onde surgiu, pois não podemos aceitar também que a nossa universidade, assim como nossos doutores sejam injustiçados”, disse o vice-reitor.

Oscar Melgar disse também que será implacável com os estudantes que dão falso testemunho contra funcionários, professores ou qualquer autoridade da universidade.

“Assim como estamos tendo a firme decisão de proteger o estudante, proteger aquelas pessoas que estão sendo acusadas, também vamos buscar punição àquelas pessoas que estão mentindo, porque também não vamos aceitar que um estudante ponha em dúvida os conceitos e valores de nossa universidade sem que apresente alguma prova do que está falando”, cometa o vice reitor.

Durante a entrevista, o vice-reitor fez um pedido aos estudantes brasileiros para que busquem e confiem na nova gestão da instituição.

“Queremos convidar os estudantes brasileiros e bolivianos que sofreram algum tipo de extorsão, que sofreram maus-tratos que denunciem, que confiem na nossa gestão, que confiem na gente, pois criamos duas comissões, uma CPI, e uma acadêmica, e vamos buscar todas as irregularidades acadêmicas, da admissão dos estudantes e todas as irregularidades desde de sua fundação.”

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O advogado Oscar Camacho, que está à frente da CPI que foi formada após as denúncias de assédio e extorsão, afirmou que não existe nada de concreto até o momento para punir ou iniciar um processo administrativo.

“O que nos faz falta neste momento através da equipe técnica que foi montada através do vice reitorado, são provas concretas para que se possa iniciar algo para que se investigue e possamos iniciar um processo administrativo ou quem sabe penal para punir essas ações, mas por falta disso estamos de mãos atadas, pois até agora não existe nada de concreto” disse Oscar Camacho.

Uma delegacia de proteção à mulher foi montada dentro da universidade para que denúncias sejam feitas e os estudantes tenham segurança no espaço universitário.

Ainda no podcast Conversa Franca, o reitor destacou projetos diversos em andamento na instituição.

Assista a entrevista:

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Noticias da Hora