Helissandra destacou que sua eleição foi fruto de votos legítimos e de uma trajetória de luta em defesa das mulheres e da população mais vulnerável. Foto: captada
A vereadora Helissandra Matos (MDB), única mulher eleita em Sena Madureira nas últimas eleições, manifestou indignação nesta segunda-feira (7) após uma decisão judicial cassar a chapa de seu partido no município sob alegação de descumprimento da cota de gênero.
Em nota pública, a parlamentar afirmou que a decisão foi tomada de forma precipitada, com base em apenas duas testemunhas, sem que ela tivesse direito à ampla defesa.
“Mesmo sendo a única mulher eleita, não fui ouvida. A decisão foi tomada sem que houvesse oportunidade para esclarecimentos”, declarou.
Helissandra destacou que sua vitória nas urnas veio de votos legítimos e de uma trajetória de luta em defesa das mulheres e da população mais vulnerável. Ela rejeitou qualquer suspeita de fraude e criticou o que chamou de “uso distorcido” da legislação de cotas.
“Repudio qualquer insinuação de fraude. A lei deveria servir para incluir mulheres na política, não para retirá-las de seus mandatos”, afirmou.
A vereadora já recorreu da decisão e disse confiar na Justiça para reverter o que classificou como um “equívoco”. “Sigo firme, honrando cada voto e lutando por justiça e democracia”, concluiu.
A decisão judicial, que ainda cabe recurso, reabre a discussão sobre a efetividade das políticas de incentivo à participação feminina na política. O MDB local terá prazo para se manifestar, enquanto o caso segue em análise.
O episódio levanta questionamentos sobre como as regras de cotas têm sido aplicadas e se, em vez de promover inclusão, estariam sendo usadas como instrumento de disputa política.
A vereadora Helissandra Matos (MDB), única mulher eleita em Sena Madureira nas últimas eleições. Foto: captada