Vereador preso em operação que investiga venda de carne ilegal tem habeas corpus negado no Acre

Decisão da Câmara Criminal foi por unanimidade nesta quinta-feira (17). Operação ‘Sangue Amargo’ foi deflagrada no dia 13 de novembro do ano passado.

Operação Sangue Amargo foi deflagrada no dia 13 de novembro do ano passado — Foto: Divulgação/Polícia Federal

Por Iryá Rodrigues

O vereador Denys de Oliveira, de Plácido de Castro, no interior do Acre, teve o pedido de habeas corpus negado pela Câmara Criminal, nesta semana dia (17). Oliveira foi preso no dia 13 de novembro do ano passado na Operação ‘Sangue Amargo’, da Polícia Federal.

A ação investigou uma organização criminosa especializada na venda de carne clandestina que seria destinada a escolas e estabelecimentos comerciais no estado do Acre.

Conforme o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), a apelação da defesa foi negada por unanimidade pelos membros da Câmara Criminal. A reportagem não conseguiu contato com o advogado de Oliveira.

A Polícia Federal no Acre (PF-AC) chegou a divulgar áudios entre o vereador Oliveira e uma mulher chamada Ellen com quem ele negocia a compra de carne clandestina. Em um dos trechos da negociação, a mulher diz que vai verificar se tem alguma sobra de fraldinha, lombinho e chicote para mandar alguns pacotes.

Em seguida, o vereador pergunta se as carnes ficaram muito pretas, pois seriam dadas a crianças em escolas do município de Plácido de Castro. Além de Oliveira, um outro vereador e um advogado e um servidor do Instituto de Defesa Agropecuária do Acre (Idaf) também tiveram as prisões preventivas decretadas na época.

O delegado Fares Feghali, responsável pelas investigações, afirmou na época que o grupo era altamente estruturado e já atuava no município há pelo menos três anos. Ele disse que a PF deflagrou a operação justamente pelo risco à saúde pública.

Em trecho de áudio, o vereador pergunta a cor da carne para consumo de crianças — Foto: Divulgação/PF-AC

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Publicado por
G1