Alexandre Lima
Poucas horas após começar a vazar, o Rio Acre começou fazer mais vítimas na cidade de Brasiléia neste domingo, dia 9. Desta vez, não foi pela cheia e sim, pela vazante que está levando os barrancos e com eles, parte dos comércios que ainda resistiram a grande enchente de 2012.
Uma loja especializada em cosméticos e uma antiga mercearia, tiveram parte de suas estruturas arriadas depois que os esteios enfiados nos barrancos, cederam. Graças a agilidade dos proprietários, amigos, bombeiros e apoio da prefeitura, todo os produtos foram retirados a tempo.
Caso não agissem com rapidez na retirada, os proprietários poderiam ter tido um prejuízo de aproximadamente R$ 200 mil reais, somando os dois comércios. A perca maior ficou nos estabelecimentos que foram interditados pelo risco de cair a qualquer momento.
Em tempo, os barrancos no centro da cidade até o hospital de Brasiléia estão cedendo, levando muita preocupação. O governo do Acre anunciou em setembro de 2012, um investimento orçado em R$ 11,4 milhões que preveria 1.027 metros de contenção com estaca prancha e mais 410 metros de recuperação com grama.
12 meses depois, as obras pararam por falta de pagamento por parte do Governo. Foi dito pelos funcionários que o Estado estrava atrasando o repasse para a empresa a cerca de três meses. Temendo ter problemas com seus trabalhadores, resolveu parar os trabalhos levando todo o maquinário embora.
Sem previsão de reinicio, os barrancos estão cedendo e todo o trabalho que foi feito e dinheiro público federal investidos, literalmente foram e estão indo por água abaixo. Até mesmo as cercas de proteção estão caindo no rio, colocando em risco, os pedestres que passam por ali todos os dias.
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