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Brasil

Vacinação contra a covid-19 precisa ser mantida em dia e ampliada

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Brasília (DF) 28/02/2023 Vacinação contra COVID 19

Agência Brasil ouviu especialistas, após fim da emergência global

A vacinação teve papel determinante para que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretasse o fim da emergência de saúde pública de importância internacional da covid-19, afirmam especialistas ouvidos pela Agência Brasil.

Para eles, com o encerramento do período mais crítico provocado pela doença, a imunização precisa ser mantida e ampliada, chegando a grupos ainda pouco protegidos pelos imunizantes, como as crianças.

Integrante do comitê estratégico de especialistas em vacinação da OMS, a professora da Universidade Federal de Goiás Cristiana Toscano acompanhou de perto o desenvolvimento e a utilização das vacinas contra a covid-19. Com o fim da emergência sanitária, a infectologista considera que, além de lembrar que a doença não vai desaparecer, é preciso reforçar que a vacinação continua tendo importância.

“Estamos em uma situação que está mudando para o que chamamos de rotina, mas a gente vai continuar vendo a circulação e a ocorrência da doença. A gente vai continuar precisando manter a vacinação em dia, principalmente nos grupos de maior risco”, afirma ela.

A infectologista, que também é membro da Sociedade Brasileira de Imunizações, destaca que, por conta das vacinas, não se espera mais tantas mudanças do cenário de transmissão do vírus e da doença, o que possibilitou o fim da emergência sanitária, na sexta-feira (5). Mesmo assim, a circulação da variante Ômicron e suas subvariantes torna as doses de reforço indispensáveis.

“Com a variante Ômicron e suas subvariantes derivadas, a gente precisa de três doses, pelo menos, para ter a proteção contra a doença grave e morte. E, nos grupos de maior risco, a gente precisa de reforços periódicos, conforme as orientações específicas para cada grupo”, afirma ela.

“Sim, é uma boa notícia. Sim, é importante a gente aprender o que a gente tem aprendido com essa experiência, e muito importante que a gente avance em relação ao aumento das coberturas vacinais, não só de covid, mas de outras doenças preveníveis por vacinas, e nos preparemos para outras emergências sanitárias de saúde pública no mundo todo”.

Desde o início da vacinação contra a covid-19, 13,3 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas em todo o mundo, segundo a OMS. No Brasil, mais de 514 milhões de doses foram aplicadas, segundo o Ministério da Saúde, e mais de 166 milhões de pessoas tomaram ao menos duas doses.

Crianças desprotegidas

A coordenadora do Observatório de Saúde da Infância, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Faculdade de Medicina de Petrópolis do Centro Arthur de Sá Earp Neto (Unifase), Patrícia Boccolini, lembra que, apesar de as vacinas terem possibilitado o fim da emergência sanitária, muitas pessoas foram privadas do acesso a elas em todo o mundo. Entre essa população, estão as crianças que não foram levadas por seus responsáveis para serem vacinadas.

“Dados do próprio Observa Infância que a gente levantou mostram que a cobertura vacinal para crianças de 3 e 4 anos não chegou a 20%. A gente tem uma cobertura muito baixa para esse público. E, segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, em 2022, a gente teve 550 mortes de crianças por covid”.

Patrícia Boccolini destaca que é preciso continuar e intensificar o esforço para que as vacinas cheguem a todos os países e a toda parcela da população dentro de cada país, corrigindo as discrepâncias que existem atualmente.

“A gente tem que ter em mente que a mensagem do comitê é que os países continuem vacinando e continuem combatendo desinformação e fake newssobre vacinas, principalmente focados na covid-19. A gente vai conviver muito com o vírus. Não podemos deixar que as coberturas vacinais caiam e precisamos ampliar as coberturas vacinais das crianças menores de 5 anos”.

Vírus em evolução

Virologista responsável pelo sequenciamento da variante Gamma antes do momento mais crítico da pandemia no país, o pesquisador da Fiocruz Amazônia Felipe Naveca comemora o fim da emergência sanitária, que causou mais de 700 mil mortes no Brasil. Apesar de a notícia ser “um alento”, ele defende que o trabalho de vigilância genômica deve continuar.

“A gente precisa continuar monitorando pelo menos um percentual desses casos ao longo do tempo para que a gente veja se o vírus vai, em algum momento, evoluir de maneira que se torne uma ameaça. Mas, nesse momento, essa é uma informação muito boa, uma notícia muito boa”, afirma ele.

“A gente continua vendo o vírus evoluir, com diversas linhagens surgindo, às vezes, até com aumento do número de casos. Mas não estamos vendo um avanço significativo no aumento de casos graves”.

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Papa Francisco se solidariza à população do RS em ligação para CNBB

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O arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler, recebeu, neste sábado (11) uma ligação do papa Francisco, às 11h37. Em áudio encaminhado à assessoria de Comunicação da CNBB, dom Jaime disse emocionado que foi surpreendido com a ligação do pontífice.

Segundo o presidente da CNBB, o papa queria se solidarizar com a população do Rio Grande do Sul pela tragédia que enfrenta e disse palavras de conforto ao povo do Rio Grande do Sul.

“Manifesto minha solidariedade em favor de todos que estão sofrendo esta catástrofe. Estou próximo a vocês e rezo por vocês”, afirmou Francisco ao telefone, conforme nota da CNBB.

Doação

Na quinta-feira (9), a Nunciatura Apostólica do Brasil informou que o papa, por meio da Esmolaria Apostólica, tinha destinado cerca de 100 mil euros para auxílio aos desabrigados do estado. De acordo com a CNBB, o valor será repassado ao Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que abrange todo o Rio Grande do Sul, para apoio às ações aos necessitados.

Diante dos fiéis da Praça São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco já havia manifestado solidariedade ao estado no final da oração do Regina Caeli no último domingo (5).

“Quero assegurar a minha oração pelas populações do Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, atingidas por grandes inundações. Que o Senhor acolha os mortos e conforte os familiares e quem teve que abandonar suas casas”, disse o pontífice naquele dia.

Fonte: EBC GERAL

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Redenção de Rua denuncia abordagens violentas na Cracolândia, em SP

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Trabalhadores do Redenção na Rua, da prefeitura de São Paulo, que realiza atendimentos de saúde e assistência social a usuários de substâncias psicoativas da região da Cracolândia, no centro da cidade, denunciaram abordagens violentas e agressões por parte da equipe de trabalho externo do Serviço de Cuidados Prolongados (SCP), realizado pela Associação Filantrópica Nova Esperança (AFNE).

O SCP são equipamentos que integram o programa municipal Redenção e contam com duas unidades, uma no centro e outra na zona norte da capital.

Segundo carta aberta divulgada nessa sexta-feira (10), a equipe do SCP responsável por abordar e internar os usuários tem atuado “de maneira violenta, com barganhas (pagando corote, comida e refrigerantes) e sem sucesso, pois os usuários que são internados, retornam ao território e ao seu uso de forma nociva”. A denúncia diz ainda equipe é a mesma que já agrediu usuários na cena de uso.

O grupo repudia também a demissão da gestora Andrea Cristina Guerra, além dos gerentes Anderson Mateus Costa de Assis e Ludmila Gabriel. “Essas saídas refletem que a abordagem manicomial e internações compulsórias sem ordem judicial são realidades nos dias de hoje, os ‘poderosos’ colocaram a Lei 10.216 no bolso e estão atuando dentro do SUS de maneira livre, expondo, agredindo e violando direitos de pessoas que realmente precisam do cuidado em saúde”, diz a carta. A lei citada dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) disse, em nota, que não procede a informação de que houve agressão física por parte da equipe de abordagem na cena de uso. “O Serviço de Cuidados Prolongados (SCP) da Prefeitura de São Paulo oferece acolhimento e tratamento integral e multidisciplinar para dependentes de álcool e drogas com o objetivo de reinserir os pacientes na sociedade do ponto de vista biopsicossocial e econômico”, diz a nota.

“A pasta reitera que a internação compulsória somente é deferida por juízes de direito, não sendo prerrogativa de médicos e de serviços de saúde a sua determinação. Todas alternativas disponíveis na abordagem junto aos pacientes são colocadas à disposição, como plano terapêutico, internação para desintoxicação e ainda encaminhamento para Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas, ou os SCPs. A adesão é voluntária”, acrescentou.

Fonte: EBC GERAL

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CEPAL projeta que economia da Bolívia crescerá 1,9% em 2024, penúltimo lugar na América do Sul

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A Comissão Económica para a América Latina e as Caraíbas (CEPAL) projetou que o crescimento económico da Bolívia será de 1,9% em 2024.

Especialista disse que o Governo não quer reconhecer a realidade económica que o país atravessa, antes dedica-se ao marketing político económico com indicadores positivos que não estão de acordo com o que a população percebe.

Com ANF

O presidente do Colégio de Economistas de Tarija, Fernando Romero, disse que está em penúltimo lugar na América do Sul.

“No caso da Bolívia, segundo esta organização da ONU, o seu crescimento económico está estimado em 1,9% para este ano de 2024. Segundo este último relatório, o país está no penúltimo lugar em termos de crescimento económico na América do Sul, se tomarmos tendo em conta que a Argentina diminuiria -3,1% em 2024”, explicou o economista à ANF.

Organismo internacional divulgou o estudo ‘Novas projeções de crescimento económico para a América Latina e as Caraíbas 2024’, no qual projetou que o crescimento económico dos países da América Latina e das Caraíbas atingirá 2,1%. enquanto no nível sul-americano será de 1,6%.

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Nesse sentido, o especialista disse que o crescimento do país na América Latina e no Caribe está nos últimos cinco lugares, segundo o relatório, quem mais crescerá será a Guiana com 34,3%. Enquanto a Bolívia está acima da Colômbia 1,3%, Cuba 1,3%, Bahamas 1,8%, enquanto isso, o Haiti terá uma queda de -2,0%, assim como a Argentina -3,1%.

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“Se compararmos as informações dos demais países da América Latina e do Caribe, temos um crescimento muito menor em relação às demais nações, eu diria que estamos entre os cinco últimos lugares. Depois de nós em menor crescimento estão as Bahamas e nosso crescimento é reduzido e só vamos crescer um pouco mais que a Colômbia, um pouco mais que Cuba e isso é impressionante”, acrescentou.

O relatório da CEPAL é semelhante ao apresentado pelo Banco Mundial em 10 de abril deste ano, quando indicou que o crescimento económico da Bolívia será de 1,4%. Uma semana depois, o Fundo Monetário Internacional (FMI) projetou que a economia da Bolívia crescerá 1,6%.

Contudo, o vice-ministro de Política Tributária, Jhonny Morales, afirmou que o produto interno bruto (PIB) da Bolívia crescerá 3,71% e refutou as projeções de entidades multilaterais.

Marketing econômico

Por outro lado, o especialista disse que o Governo não quer reconhecer a realidade económica que o país atravessa, antes dedica-se ao marketing político económico com indicadores positivos que não estão de acordo com o que a população percebe.

“Isso merece uma reflexão para além do discurso político e da imposição de marketing de indicadores positivos, isso nos dá uma outra perspectiva que é fruto da crise fiscal, da escassez de dólares e da crise político-social que a sociedade atravessa”, destacou.

Ao mesmo tempo, lembrou que desde a última administração as projeções do Governo não foram cumpridas, tendo em conta que estavam previstos 4,71%, mas apenas 3,1% foram alcançados. Considerou que a tendência é que haja uma diminuição e o risco é que entre numa fase de recessão e arrefecimento da economia.

“As metas não estão sendo cumpridas e a tendência é de queda. A economia está a arrefecer, mas existe a possibilidade de entrarmos numa recessão devido aos factores que já conhecemos: uma dívida pública elevada, um défice fiscal sustentado, a queda das reservas internacionais, uma escassez de divisas, a que se deve acrescentou o conflito político social, as baixas expectativas dos investidores estrangeiros”, explicou.

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