Vacina DTPa infantil está em falta desde abril de
2015 no Acre (Foto: Divulgação/Prefeitura de
Campos)
G1
A vacina que previne contra a dfteria, tétano e coqueluche infantil (DTPa) para os recém-nascidos prematuros está em falta há cinco meses no Acre, segundo afirma a Secretaria de Saúde do estado (Sesacre). De acordo com a enfermeira técnica do Programa Nacional de Imunização (PNI) do município, Núbia Moreira, desde abril deste ano, o estado tem sofrido com o desabastecimento da vacina e diz que o problema vai além do Acre.
“No dia 26 de julho, o Ministério da Saúde enviou um comunicado para a Secretaria de Saúde do Acre informando a falta da vacina e o motivo. Além disso, eles informaram que não vai ser tão rápido que essa situação deve ser resolvida”, afirma Núbia.
A jornalista Lara Diniz, de 32 anos, teve filhos gêmeos prematuros no dia 5 de julho e as crianças ficaram durante um mês internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). De acordo com Lara, eles precisam tomar a vacina DTPa, mas o Estado não dispõe do produto.
“Quando ficamos sabendo que não tinha a vacina, ainda procuramos em Porto Velho tanto na rede pública como na particular, mas também não tem. Estamos bastante preocupados, porque o jeito vai ser eles tomarem a pentavalente junto com um antitérmico. Vamos torcer e pedir a Deus que dê tudo certo, pois meus filhos já sofreram demais ficando todos esses dias internados”, diz.
As crianças que precisam tomar essa vacina, são recém-nascidos prematuros que tiveram reação adversa após a aplicação da vacina pentavalente – vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B e Haemophilus influenzae. Além disso, essa vacina é indicada também para crianças que apresentem risco aumentado de desenvolvimento de reações graves a essa vacina, tais como doença convulsiva crônica e cardiopatias.
O G1 entrou em contato com o Ministério da Saúde e foi informado, por meio de nota, que o órgão fez o planejamento de compra da vacina DTPa infantil no mercado internacional, já que não há produção nacional deste imunobiológico. No entanto, devido a problemas de produção mundial, que estão afetando a disponibilidade dessa vacina em vários países, é necessário aguardar a conclusão do processo de aquisição por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
“O Ministério da Saúde está disponibilizando, para as crianças indicadas à vacina DTPa e para gestantes, que pode ser aplicada a partir de 4 anos como segundo reforço, ou seja, para quem recebeu previamente as três doses do esquema básico. Vale ressaltar ainda que os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs) têm optado por utilizar a penta (DTP/Hib/Hep B) em prematuros já estáveis, ou cardiopatas ou pneumopatas, orientando o uso de antitérmico”, destaca a nota.
