Um em cada três jovens acreanos não estuda e nem trabalha

Um dos grandes desafios para o próximo governo do Estado, será com o jovens do Acre. É inegável que grande parte da juventude urbana, da periferia da capital e das cidades do interior vem se constituindo em mão de obra a ser aliciada pelo crime e pelo tráfico de drogas, aproveitando a situação de vulnerabilidade social.

Mesmo na escola, é grande a pressão das facções sobre estes jovens, agravando os índices de evasão escolar, de vandalismo, de violência contra professores e colegas, de brigas motivadas pela defesa de suas posições dentro dos grupos a que pertencem.  Diretores e professores relatam a cada dia casos de abandono de estudos motivado por pressão de líderes do crime organizado, Ainda há poucos meses, uma das mais tradicionais escolas de segundo grau da capital perdeu cerca de dez alunos, cooptados pelo crime, que deixaram suas famílias e foram se abrigar em uma residência paga pelos traficantes para que exercessem funções no bando criminoso.

Os números dessa situação de vulnerabilidade podem ser expressos na análise dos dados da pesquisa do índice de Indicadores Sociais do PNAD-IBGE divulgados este ano sobre a juventude.

No Acre, 32,1% dos jovens entre 15 e 29 aos, quase um em cada três, não estudam e não trabalham, constitundo-se em um verdadeiro exército de reserva para atividades ilegais. Ao contrário, 30,3% estudam, 11% estudam e trabalham e 26% estão só trabalhando.

Na faixa dos 15 a 17 anos, 8,8% dos jovens deixaram a escola e não estão trabalhando. Este percentual alcança assustadores 38,5% na faixa dos 18 a 24 anos. Entre essas idades, a porcentagem, dos jovens que estão ainda estudando ou estudando e trabalhando atinge apenas 34,5%.

Entre 25 e 29 aos, a massa dos jovens desempregados, que não procuram emprego e também não estudam alcança 36,7% no Estado. Os jovens entre 15 e 29 anos representam mais de 70% da força de trabalho desempregada do Acre.

No Brasil, o problema segue as mesmas tendências do Acre. Um em cada jovem de 15 a 29 anos não estuda e não trabalha.

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A Tribuna