Metrópole
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse em pronunciamento na Casa Branca, neste sábado (21/6), que os ataques às usinas nucleares do Irã foram precisos e que, caso o país do Oriente Médio não siga o caminho da paz, os militares norte-americanos poderão realizar novos ataques.
“O Irã, o tirano do Oriente Médio, precisa agora fazer a paz. Se não o fizer, os ataques futuros serão muito maiores e muito mais fáceis”, disse Trump. “Isso não pode continuar. Ou haverá paz, ou haverá uma tragédia para o Irã, muito maior do que a que testemunhamos nos últimos oito dias. Lembrem-se, ainda há muitos alvos”, acrescentou.
Aviões dos EUA bombardearam três instalações nucleares do Irã, em meio a escalada do conflito travado nos últimos dias, entre o país do aiatolá Ali Khamenei e Israel.
Fordow, uma das instalações subterrâneas afetadas, é a principal usina nuclear do Irã. Ela tem capacidade para operar 3 mil centrífugas para enriquecimento de urânio, segundo estimativas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), programa da Organização das Nações Unidas (ONU) para assuntos nucleares.
Durante o pronunciamento, Trump estava acompanhado pelo vice-presidente J.D Vance, pelo secretário de Estado Marco Rubio e pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth.
Confira a íntegra:
O ataque teria sido realizado com apoio dos aviões norte-americanos B-2, capazes de bombardear alvos subterrâneos de difícil acesso no território iraniano. Essas aeronaves são capazes de transportar a bomba GBU-57, com capacidade de penetração de até 61 metros de rocha ou 18 metros de concreto antes de detonar.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que a escalada do conflito poderá acarretar uma situação incontrolável, e pediu para que as potências envolvidas “deem uma chance à paz”.
Israel começou a atacar o Irã em 13 de junho, com a alegação de que o país persa estava próximo de desenvolver armas nucleares. O Irã, por outro lado, afirma que o programa nuclear do país é para fins pacíficos.
O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, se reuniu com líderes do Reino Unido, França e Alemanha na sexta-feira (20/6) em busca de uma solução diplomática entre o conflito entre Israel e Irã.
A reunião aconteceu em Genebra, na Suíça, onde, em 2013, foi estabelecido o primeiro acordo entre o Irã e potências mundiais para impor limites ao programa nuclear iraniano, em troca seriam retiradas sanções econômicas ao país persa. Já Donald Trump, em seu primeiro mandato, retirou os Estados Unidos do acordo.