Trabalhadores dos Correios entram em estado de greve para reivindicar direitos e investimentos capazes de agilizar a entrega

A deflagração de greve será confirmada em nova assembleia a ser realizada no dia 7 de agosto (Foto Marcelo Camargo/Folhapress)

Com centenas de correspondências atrasadas, veículos quebrados e uma série de demissões, os funcionários dos Correios decidiram deflagrar estado de greve, em assembleia realizada na noite de quarta-feira (18/07), na sede do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Acre (Sintect-AC).

A deflagração de greve será confirmada em nova assembleia a ser realizada no dia 7 de agosto, quando a equipe nacional de negociação encerrará a rodada de negociações com a direção da estatal.

Segundo a presidente do Sintect-AC, Suzy Cristiny, as únicas propostas da empresa é de sucateamento de todo o serviço, o que inclui demissões, redução do número de agências e corte de direitos dos trabalhadores.

“As propostas resultarão na redução dos serviços para a população. Não concordamos com as medidas que buscam apenas a geração de lucros, pois a empresa é pública e não possui a mesma finalidade de uma empresa privada, assim os Correios possuem papel social, levando cartas e encomendas para localidades do Acre e de outros Estados onde jamais uma empresa privada vai atuar sem ter lucro”, justificou a sindicalista.

 Suzy Cristiny alerta a população que o corte de direitos e de investimentos vem prejudicando há anos a população e o trabalhador.

“A população reclama da demora no recebimento das encomendas, mas a culpa é da direçao que deixou de priorizar a prestação de serviço, prejudicando a todos. Os funcionários também querem melhorias”, afirmou a presidente do Sintect-AC.

A sindicalista está acompanhando, em Brasília, toda a negociação para buscar alternativas que possam representar avanços para todos.

“Existe uma defasagem muito grande da quantidade de trabalhadores, com isso seria preciso aumentar o número de funcionários, o que poderia resultar na retomada da imagem da empresa que poderia aumentar a quantidade de cliente, mas eles não querem e estão seguindo o caminho inverso, deixando de investir”, finalizou Suzy Cristiny.

Comentários

Compartilhar
Publicado por
Assessoria