Gabriel Silva Rodrigues Bastos tem passagens por receptação, dano, violência doméstica e por arremesso de pombos para penitenciárias

O comparsa de ‘Gabriel Acre’ foi detido enquanto tentava fugir pelos fundos e afirmou que o conheceu na casa de uma mulher e foi convidado para arremessar drogas na penitenciária. Foto: Redes sociais

Com MidiaMax

Gabriel Silva Rodrigues Bastos, de 24 anos, conhecido como ‘Acre’, morreu nesta semana após confronto com a Polícia. As investigações apontam que ele tinha o trabalho de ser o piloto de drones para o arremesso de celulares e drogas para dentro do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. O caso foi revelado pelo site MidiaMax.

A polícia realizava patrulhas na área do Jardim Noroeste, perto do presídio, quando uma testemunha parou a viatura para relatar que frequentemente drones estavam sobrevoando a região. A testemunha indicou uma casa de onde os equipamentos estavam partindo. Além disso, policiais penais também denunciaram o sobrevoo de drones na região da penitenciária.

Quando os policiais chegaram à casa, avistaram imediatamente duas pessoas no local. Gabriel sacou uma arma da cintura, enquanto o outro indivíduo fugiu para os fundos da residência. Um cachorro da raça Pitbull atacou um dos policiais, que disparou um tiro, matando o animal.

Caso aconteceu no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande/Foto: Reprodução

Dentro da residência, o comparsa de Gabriel foi detido enquanto tentava fugir pelos fundos. ‘Gabriel Acre’ teria apontado uma arma para os policiais, que reagiram, acertando-o no tórax. Ele foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Durante a busca na casa, os policiais encontraram oito celulares já embalados para serem arremessados e mais quatro que ainda estavam sendo preparados, além de oito porções de maconha. O comparsa de ‘Gabriel Acre’ afirmou que o conheceu na casa de uma mulher e foi convidado para arremessar drogas na penitenciária.

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Do total de abusos sexuais ocorridos no ano, 75% foram contra crianças e adolescentes menores de 14 anos

Acre, a cada 11 horas e 45 minutos uma pessoa foi estuprada. Do total de abusos sexuais ocorridos, 75% foram contra vulneráveis. Foto: assessoria

Há pelos menos três anos, uma adolescente de 15 anos sofria abusos sexuais por parte do próprio pai na zona rural do município de Xapuri, no interior do Acre. No início desta semana, a jovem foi resgatada pela Polícia Militar do Acre (PMAC).

Casos como esse são rotineiros no Estado. Em 2023, uma operação da Polícia Civil do Acre (PC/AC) mostrou que 80% dos presos são parentes, um número que mostra o reflexo da sociedade acreana perante a esse tipo de crime.

Todos os anos, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulga dados sobre estupro e estupro de vulnerável pelo país. A 17ª Edição do Anuário foi publicada e mostrou que em 2022, no Acre, a cada 11 horas e 45 minutos uma pessoa foi estuprada. Do total de abusos sexuais ocorridos, 75% foram contra vulneráveis.

No mesmo ano, o Acre apresentou a 2ª maior taxa de estupros, por grupo de 100 mil habitantes, dentre os outros Estados brasileiros, com 22,6, segundo o estudo. Vale ressaltar que a taxa do Brasil é de 8,9, o que significa que o número no Acre é quase o triplo do nacional.

Sobre os estupros de vulneráveis – com crianças e adolescentes abaixo de 14 anos –, o Acre também aparece na segunda posição do ranking nacional, também por grupo de 100 mil habitantes, com uma taxa de 67,1, atrás apenas de Roraima.

Fonte: 17ª Edição do Anuário Fórum Brasileiro de Segurança Pública

No contexto que envolve estupro e estupro de vulnerável, o Estado acreano também está na 2ª colocação de casos em 2022, com uma taxa de 89,8, na frente do Amapá, que apresenta 85,6, e abaixo de Roraima, que aparece com 114,1.

Fonte: 17ª Edição do Anuário Fórum Brasileiro de Segurança Pública

Em 2023, o estudo foi feito nos municípios do Acre para mostrar a situação em cada localidade e região. Assis Brasil aparece na primeira posição no ranking de estupros e estupros de vulneráveis por grupo de 100 mil habitantes, com uma taxa de 222,22. A taxa do Estado como um todo é de 106,86, ou seja, Assis Brasil apresenta mais que o dobro. Já a capital Rio Branco está em 13ª posição da lista, com a taxa de 97,87.

Fonte: Polícia Civil do Acre

Em relação aos casos de estupro de vulneráveis, Assis Brasil também aparece no topo da lista, com taxa de 197,53, seguida por Capixaba, Manoel Urbano, Bujari e Acrelândia, com taxa de 153,96, 141,71, 139,35 e 135,51, respectivamente.

Fonte: Polícia Civil do Acre

Em sessão na Assembleia Legislativa do Acre (Aleca) nesta quinta-feira, 9, a procuradora do Ministério Público do Acre (MPAC), Patrícia Amorim Rêgo, apresentou os dados à casa e falou sobre o motivo de municípios mais distantes aparecerem nas primeiras posições.

“O crime sexual, quanto mais distante, mais de zona rural e mais difícil acesso, maior a incidência, e maior também a subnotificação. A gente precisa olhar para essa região com mais cuidado”, destaca a procuradora

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“A gente precisa ir para esses municípios, precisamos falar sobre violência sexual, empoderar e fortalecer a rede”

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Entre os anos de 2022 e 2023, segundo a Polícia Civil do Acre, houve um aumento de 13% nos casos de estupro de vulnerável e de 9,4% quando envolve estupro e estupro com menores de 14 anos.

No ano de 2022, foram registrados 606 estupros de vulneráveis no Acre. Já em 2023, o número subiu para 685. Quando se fala nos dois tipos de abusos sexuais, tanto com maiores de 14 anos e menores, 2022 registrou 881, enquanto 2023 contabilizou 887.

Fonte: Polícia Civil do Acre

Maio Laranja

O “Maio Laranja” busca otimizar ações e atividades de combate a esses crimes, pois dia 18 é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual Infantil.

Combate à exploração e abuso sexual contra crianças é estendido para todo o mês pela primeira vez como lei nacional. conscientizar sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes no ambiente on-line, com orientações a pais, mães e cuidadores

Conforme dados disponíveis no site Maio Laranja: “A cada hora 3 crianças são abusadas no Brasil” e “todos os anos 500 mil crianças e adolescentes são explorados sexualmente”. Diante desse cenário, a união de esforços é necessária e mais do que cumprir com legislação e tratados internacionais, visam garantir proteção à infância.

Por conta disso, o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), por meio da Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ), lançou a campanha contra o abuso sexual infantil “Nunca é tarde”, nesta quinta-feira, 9, no Palácio da Justiça.

O material é composto por peças audiovisuais e gráficas que circularão nas mídias digitais do Judiciário, mas contará com a parceria da imprensa local que divulgará as peças. Em 2023, os meios de comunicação acreanos oficializaram cooperação com a Justiça acreana para realizarem a veiculação de campanhas institucionais educativas. E, agora, abraçam mais essa causa em prol da mobilização social para estimular na sociedade o compromisso coletivo em proteger crianças e adolescentes.

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Encontro com André Dias aconteceu nesta terça-feira, 7, no Rio de Janeiro.

O chefe do Executivo presenteou o representante da maior emissora do país com um kit sobre o Acre e abordou maneiras de destacar, a nível nacional as festividades indígenas do acre. Foto cedida

O governador do Acre Gladson Cameli (PP) se reuniu com o diretor executivo da Globo do Rio de Janeiro, André Dias, para viabilizar possíveis parcerias para a divulgação dos festivais indígenas que ocorrem no interior do estado.

No encontro que aconteceu esta semana, o chefe do Executivo presenteou o representante da maior emissora do país com um kit sobre o Acre e abordou maneiras de destacar, a nível nacional, a herança cultural do estado, calcada fortemente no modo de vida dos povos tradicionais.

“Esses eventos são mais do que apenas celebrações; eles são uma forma de manter vivas as tradições, o conhecimento ancestral e a ligação profunda entre as comunidades indígenas e suas terras”, pontuou Cameli, em publicação no Instagram.

Os resultados da reunião serão divulgados em breve pela assessoria do governo do estado do acre.

 

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