Jairo Barbosa - Especial para oaltoacre.com
Dezenas de taxistas que atuam no sistema “lotação”, transportando passageiros do interior do estado para a capital, realizaram um manifesto na manhã desta quinta feira (4) na Assembléia Legislativa, em Rio Branco, para cobrar alterações na Lei nº 2.731, que trata sobre o sistema de transporte rodoviário intermunicipal no Acre.
A categoria alega que a Lei, elaborada a partir das indicações da Agência Reguladora do Acre (AGEAC), impôs uma série de medidas, prejudica o trabalho dos profissionais.
Entre as novas determinações que a Lei criou, está a proibição do taxista do interior, busca o passageiro em casa, quando a viagem for de Rio Branco para o interior.
Também é proibido ao lotação, pegar passageiro ao longo da BR e captar clientes nas rodoviárias.
Lourenço Martins, presidente do Sindicato dos Taxistas de Brasiléia, disse que o movimento foi criado para mostrar aos deputados e a sociedade, que as medidas impostas pelo Lei, estão praticamente tirando dos profissionais o direito de trabalhar.
Além dessas restrições, segundo Lourenço, na capital,a RBtrans impõe uma rígida fiscalização aos taxistas do interior, inclusive multando e apreendendo carros flagradas descumprindo tais medidas.
Na “Casa do Povo”, os taxistas ocuparam a galeria exibindo cartazes com frases de protestos enquanto uma comissão foi recebida por deputados. No ato, eles tiveram o apoio do advogado e agora vereador por Brasiléia, Francisco Valadares Neto, do deputado federal Werlhes Rocha e de deputados da oposição ao governo.
Leia Galvão é vaiada
Representante da Região do Alto Acre na Assembléia Legislativa, deputado estadual Leila Galvão (PT), foi vaiada pelos manifestantes quando usou a tribuna da casa. A parlamentar, até defendeu os profissionais em parte do seu pronunciamento, mas ficou evidente a rejeição da mesma entre os taxistas que a chamaram de “parasita”, afirmando que ela em nada ajudou a categoria.
Outro que recebeu reprovação dos trabalhadores também com vaias, foi o líder do PT na casa, deputado Daniel Zen.