A polêmica “taxa das blusinhas”, imposto sobre importações de até US50,provocouumrombode∗∗R 3 bilhões** nos Correios em 2024 e impactou diretamente o bolso dos consumidores acreanos. Dados internos da estatal revelam que a empresa deixou de arrecadar R$ 2,16 bilhões após a medida, aprovada pelo Congresso em 2023. O prejuízo colocou a empresa entre as 10 estatais com maior déficit no governo Lula.
A crise se agravou com uma queda de 37% no faturamento do setor internacional, enquanto concorrentes privados, especialmente no transporte de mercadorias chinesas, avançaram no mercado. O presidente dos Correios, Fabiano Silva, admitiu a perda de espaço para novas empresas.
Queda nas encomendas e aumento da arrecadação
A Receita Federal registrou 11% menos pedidos internacionais em 2024 (187,1 milhões) ante 2023 (209,5 milhões). Mesmo com a redução, o governo federal arrecadou R$ 800 milhões a mais em tributos – alta de 40,7%.
Acre e estados do Nordeste sobem ICMS
O Acre e mais oito estados (Bahia, Sergipe, Alagoas, Paraíba, RN, Ceará, Piauí e Roraima) aumentaram o ICMS sobre importados de 17% para 20%, elevando o custo final. Um produto de R100,porexemplo,saltoupara∗∗R 150** com os novos impostos – antes custava R$ 144,57.
Especialistas projetam desaceleração em 2025
Analistas preveem que o volume tributado crescerá no próximo ano, mas em ritmo menor devido à retração nas compras internacionais, já desestimuladas pelos preços altos. O cenário preocupa especialmente o Norte e Nordeste, regiões mais dependentes dos Correios e com acesso limitado a importados.