Maria Luzemira Amorim de Araújo, de 32 anos, foi morta a facadas em julho do ano passado — Foto: Arquivo pessoal
Por Iryá Rodrigues
O réu Valquimar Albino Pinho, acusado de matar a ex-mulher Maria Luzemira Amorim de Araújo, de 32 anos, a facadas em julho do ano passado, em Rio Branco, vai a júri popular.
_____________________
_____________________
Pinho foi denunciado pelo crime de feminicídio. O suspeito e a mulher estavam separados há dois meses e ele não se conformava com o fim do relacionamento.
O caso aconteceu no bairro Plácido de Castro, na capital acreana. Após matar a mulher com duas facadas, Pinho tentou se matar e, por isso, foi levado ao pronto-socorro de Rio Branco ao ser preso em flagrante.
A reportagem tentou contato com o advogado de Pinho, Ribamar Feitoza Júnior, nesta segunda-feira (26), mas não obteve resposta até última atualização desta matéria.
Em reportagem publicada em maio deste ano, o advogado informou que Pinho confessou o crime e que se arrependeu de ter matado a ex-mulher.
“O réu será confesso, foi um momento de desatino na vida dele, provocado após ingerir muita bebida alcoólica, onde teve um desentendimento com a esposa e, através disso, cometeu esse delito. Mas, está completamente arrependido e pede perdão à família da vítima”, afirmou o advogado na época.
No dia 15 de maio, o réu passou pela primeira audiência de instrução por videoconferência, por conta da pandemia do novo coronavírus, onde foram ouvidas testemunhas.
Na época do crime, uma irmã da vítima, que não quis se identificar, contou que o casal tinha dois filhos e que Pinho nunca aceitou a separação. Ela disse ainda que o homem era tranquilo, mas tinha momentos violentos.
“Ele falou que ia matar ela e disse que quando falasse ia fazer. Ele era um cara tranquilo sem a bebida, respeitava todo mundo. Nunca acompanhei se ele chegou a agredir minha irmã, mas agora ele agrediu ela e levou a morte”, disse.
A mulher levou duas facadas, segundo o relato da irmã. Os dois filhos do casal estavam na casa de uma vizinha e não presenciaram o fato.
“A vizinha correu aos gritos me chamando e, quando fui ver o que era, ela já estava caída, já sem vida, tentei colocar ela no meu colo e reanimar, mas ela não voltou”, lamentou a irmã.