fbpx
Conecte-se conosco

Brasil

‘Surubão’ do Arpoador: polícia não identifica homens por reconhecimento facial; orgia vira quadro

Publicado

em

Baixa qualidade das imagens impossibilitou o processo. Artista visual vendeu primeira tela retratando orgia 24 horas após ficar pronta

Surubão do Arpoador: episódio ocorrido no réveillon inspirou quadro, vendido para casal de NY. Foto: Reprodução e divulgação

Duas semanas após o flagrante de uma orgia envolvendo cerca de 30 homens na Pedra do Arpoador, na zona sul do Rio de Janeiro, a polícia civil ainda não conseguiu identificar nenhum dos participantes do ato, ocorrido na noite do réveillon e prolongado até o amanhecer. Um vídeo do chamado “surubão” foi encaminhado ao Instituto de Identificação Félix Pacheco, onde se tentou utilizar tecnologia de reconhecimento facial para dar nome e sobrenome aos envolvidos. No entanto, a baixa qualidade das imagens impossibilitou o processo.

— Com o vídeo que recebemos, o trabalho de identificação já começou e terminou. As imagens têm qualidade muito ruim e não se prestam para a perícia de comparação facial — declarou ao GLOBO Alexandre Trece Motta, diretor do Instituto.

Enquanto a polícia tenta identificar os homens que praticaram sexo ao ar livre na virada do ano, o “surubão do Arpoador” ganha contornos artísticos. Depois de o escândalo sexual viralizar nas redes sociais, o artista visual Charlles Cunha, de 33 anos, de São Paulo, pintou uma tela retratando a orgia.

Trata-se de uma pintura acrílica sobre tela de 30×20 centímetros, batizada de “No Arpoador”. Segundo o artista, a obra tem uma abordagem figurativa contemporânea influenciada por pintores atuais e pelo impressionismo. Ele afirma que a tela foi comprada por R$ 1.600 por um casal gay brasileiro que mora em Nova York, apenas 24 horas após ficar pronta.

O artista Charles Cunha fez tela em tinta acrílica baseada no “surubão do Arpoador”. Foto: Reprodução

Surubão do Arpoador: episódio ocorrido no réveillon do Rio inspirou quadro de Charles Cunha. Foto: Reprodução

Ele já está fazendo a segunda, de 30×40 centímetros, que também já foi vendida para um jornalista de São Paulo por R$ 2.400.

— Minha arte explora vídeos e imagens da internet, criando novas narrativas e registrando o efêmero através da pintura. Me interesso pelo corpo e a superexposição, temas que dialogam com o que considero relevante na sociedade. Ao ver o vídeo do surubão, quis documentar e ressignificar a cena além do digital — justificou.

Por outro lado, ativistas do movimento gay estão usando o “surubão do Arpoador” para exemplificar práticas de homofobia. Segundo o professor universitário e influenciador digital Christian Gonzatti, o cruising (prática de encontros casuais para sexo em locais públicos) tem suas origens em períodos e locais onde a homossexualidade era amplamente condenada pela sociedade.

— Surgiu como uma forma de homens gays evitarem exposição pública e possíveis perseguições, encontrando espaços alternativos para expressar sua sexualidade, como parques, trilhas e banheiros públicos —, disse Gonzatti em um vídeo publicado nas redes sociais. Segundo ele, o preconceito contra essa prática está ligado à homofobia, que historicamente marginalizou esses encontros.

— Muitos homens temiam mais a condenação por sua orientação sexual do que pelos atos em si, o que os levava a buscar locais escondidos.

De acordo com o artigo 233 do Código Penal Brasileiro, a prática de ato obsceno em lugar público ou espaços abertos coletivos é crime, podendo ocasionar detenção de três meses a um ano, ou multa. O inquérito que investiga o “surubão do Arpoador” está sob a responsabilidade do delegado Sandro Caldeira, da 14ª Delegacia de Polícia (Leblon).

O delegado Sandro Caldeira. Foto: Divulgação

Nas redes sociais, o policial ganhou notoriedade por sua beleza, sendo apelidado de “delegato”. Só no Instagram, o homem da lei tem 191 mil seguidores. Ele desaprova a associação da orgia do ano novo à militância.

— Sexo explícito em local público é uma forma extremamente equivocada e, além disso, criminosa de se lutar por direitos. Espero que esse viés não seja utilizado, pois seria uma grande pena caso isso aconteça — disse o policial.

Comentários

Continue lendo

Brasil

Governo vai propor isenção de energia para até 60 milhões de pessoas

Publicado

em

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O governo federal deve enviar ao Congresso Nacional, ainda neste semestre, um projeto de lei de reforma do setor elétrico brasileiro. Entre as propostas, está a ampliação da tarifa social, que hoje oferece descontos no pagamento da conta de energia para indígenas, quilombolas, idosos que recebem Benefício de Prestação Continuada (BPC) e famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal com renda até meio salário único.

A ideia é que haja uma isenção de pagamento de tarifa de energia elétrica para essas populações caso elas consumam até 80 kWh por mês, o que chegaria a 60 milhões de pessoas no país.

Atualmente, a isenção completa do pagamento em caso de consumo de até 50 kWh vale para indígenas e quilombolas, enquanto os idosos com BPC e as famílias do CadÚnico têm direito a descontos escalonados de até 65%, caso o consumo seja menor que 220kWh.

“Mais de 60 milhões de brasileiras e brasileiros serão beneficiados com a gratuidade de energia do consumo até 80 gigawatt por mês. Isso representa o consumo de uma família que tem uma geladeira, um chuveiro elétrico, ferro de passar, carregador de celular, televisão, lâmpadas para seis cômodos”, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em evento no Rio de Janeiro.

O ministro não explicou sobre o que será feito em relação aos descontos escalonados que hoje são aplicados para consumos até 220 kWh. Segundo ele, a ideia é subsidiar a política através da correção de “distorções internas do setor”.

“Se você vê o projeto como um todo, você vai ver que estamos fazendo ali uma completa e possível justiça tarifária, corrigindo as distorções dentro do setor. E isso não impacta praticamente o restante dos consumidores”.

Uma das distorções, de acordo com Silveira, é o pagamento sobre a segurança energética.

“O pobre paga mais que o rico na questão, em especial, da segurança energética, para se pagar Angra 1 e 2 e as térmicas. Só o pobre paga. Boa parte do mercado livre não paga por essa segurança energética ou paga pouco. Então, estamos reequilibrando essa questão do pagamento por parte do pobre, do mercado regulado e da classe média”.

Outra proposta do projeto de lei, que deverá ser encaminhada à Casa Civil da Presidência ainda este mês é dar mais liberdade de escolha para o consumidor, inclusive residencial, em relação à origem da energia que ele irá consumir.

“O cara vai poder comprar energia como compra em Portugal ou na Espanha. Ele escolhe a fonte energética que ele quer comprar, pelo celular. Ele vai poder escolher a fonte, o preço e ele vai poder pagar da forma que ele quiser. Pode pagar tanto através da distribuidora quanto pode emitir um boleto direto ou pagar pela internet”

Comentários

Continue lendo

Brasil

Casa Branca esclarece que tarifas sobre a China chegam a 145%

Publicado

em

REUTERS

Produtos vindos da China para os Estados Unidos agora estão sujeitos a uma tarifa de pelo menos 145%, esclareceu a Casa Branca nesta quinta-feira (10).

A tarifa “recíproca” de 125% anunciada pelo presidente Donald Trump sobre a China na quarta-feira se soma à tarifa de 20% que já estava em vigor.
Não estava claro na quarta-feira se as tarifas eram aditivas. A Casa Branca afirmou na quinta-feira que sim.
Trump vinculou essa tarifa de 20% à imigração ilegal e ao fluxo de fentanil para os EUA, nos quais ele acusa a China de ter um papel.
Além disso, Trump também aumentou as tarifas sobre produtos com preço inferior a US$ 800 vindos da China para 120% a partir de 2 de maio.

Comentários

Continue lendo

Brasil

Maior apreensão de cocaína em 15 anos no Tocantins: 565 kg escondidos em caminhão de melancias

Publicado

em

Operação conjunta prende 5 suspeitos de tráfico internacional e apreende armas e dinheiro; droga teria entrado no país por via aérea

Em uma das maiores operações contra o narcotráfico no Norte do país, a Polícia Federal e a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/TO) apreenderam 565 kg de cocaína escondidos em um caminhão que transportava melancias. A ação ocorreu nesta quarta-feira (9) em Fátima do Sul, região central do Tocantins.

De acordo com as investigações, a droga teria entrado no Brasil por via aérea antes de ser ocultada na carga de frutas. Além da cocaína – maior apreensão do tipo no estado em 15 anos -, os agentes encontraram:
• Dinheiro em espécie
• Veículos usados na logística do tráfico
• 5 armas de fogo (incluindo pistolas e carabinas com numeração raspada)

Cinco suspeitos foram presos em flagrante e encaminhados à Superintendência da PF em Palmas. Eles responderão por tráfico internacional, associação ao tráfico e posse ilegal de armas, com penas que podem somar mais de 47 anos de prisão. A identidade dos envolvidos não foi divulgada.

Comentários

Continue lendo