STJ derruba provas levantadas pela Polícia do Acre em desvio de R$ 22 milhões da SEE

Três servidores foram presos e quatro empresários estão envolvidos no esquema.

Por Marcos Venicios

A decisão do Superior Tribunal de Justiça que delegou a Polícia Federal para investigar o suposto desvio de R$ 22 milhões da merenda escolar da Secretaria de Estado de Educação (SSE), derruba todas as provas levantadas pela Polícia Civil.

A suspeição da PC já havia sido questionada pelo advogado de um dos acusados, Robson Aguiar na primeira fase da operação Mitocôndria. Três servidores foram presos e quatro empresários estão envolvidos no esquema.

A entrada da Polícia Federal para apurar os desmandos na SEE é vista com bons olhos pelos defensores dos acusados que vão pedir o desbloqueio de bens apreendidos entre gado, motocicletas e cerca de R$ 5 milhões bloqueados.

A delegacia de combate à corrupção cumpriu mais de 20 mandados de busca e apreensão nos municípios de Rio Branco, Xapuri, Tarauacá, Sena Madureira e Cruzeiro do Sul. Os desvios são da merenda escolar do exercício de 2019.

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Duas CPIs devem ser instaladas na Assembleia Legislativa do Acre para apurar os fatos. Uma delas, proposta pelo deputado estadual Daniel Zen, tem como foco o exercício financeiro de 2019 e 2020.

A outra, proposta pelo líder do governo, deputado estadual Pedro Longo, amplia para 2016 as investigações dentro da SEE.

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Essa semana, o governo do Acre exonerou o ex-secretário Mauro Sérgio e nomeou a ex-prefeita do município de Rio Branco, Socorro Neri para o comando da SEE. Para 2021 estão previstos R$ 1,5 bilhão no orçamento da pasta. O maior de todos os órgãos da administração direta.

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ac24 Horas