Brasil
STJ analisa a permissão de plantio industrial de cannabis para fins medicinais; entenda o caso
O cultivo doméstico para fins medicinais já tem precedentes no Brasil, com salvo-condutos concedidos a pacientes para o cultivo pessoal de cannabis em casos específicos

A decisão desta quarta sobre a importação das sementes e cultivo em escala industrial será tomada pela Primeira Seção do STJ
Com assessoria
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) analisa, nesta quarta-feira 13, a permissão de importação de sementes e o cultivo de cannabis para fins medicinais.
A decisão pode estabelecer um precedente legal que permitirá que empresas obtenham autorização para importar, plantar e cultivar cânhamo industrial – uma variedade de cannabis sativa com baixíssimos níveis de tetrahidrocanabinol (THC), o principal composto psicoativo da planta.
O caso em questão envolve o recurso de uma empresa de biotecnologia, que busca autorização para importar sementes e cultivar o cânhamo industrial no País. A empresa argumenta que essa variedade da planta possui menos de 0,3% de THC, o que a torna inadequada para uso recreativo, mas valiosa para fins medicinais e industriais, como a produção de canabidiol (CBD).
A defesa da empresa destaca que o cânhamo industrial tem mais de 25 aplicações distintas, incluindo a fabricação de medicamentos que podem ser utilizados para tratar diversas condições de saúde, como epilepsia, dor crônica e ansiedade.
Atualmente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite a importação de extratos de canabidiol para a fabricação de produtos derivados de cannabis. No entanto, a importação do insumo ainda é um processo caro e complexo, o que eleva o custo dos medicamentos no mercado brasileiro.
O cultivo doméstico para fins medicinais já tem precedentes no Brasil, com salvo-condutos concedidos a pacientes para o cultivo pessoal de cannabis em casos específicos. Essas autorizações tem como base decisões do próprio STJ.
A decisão desta quarta sobre a importação das sementes e cultivo em escala industrial será tomada pela Primeira Seção do STJ, composta por 10 ministros especializados em temas de direito público. O resultado deste julgamento poderá servir como um precedente legal, que impacta processos semelhantes que serão julgados no futuro.
A relatora do caso, a ministra Regina Helena Costa, já havia convocado uma audiência pública para discutir o tema, “dada sua relevância jurídica, social e econômica”. Durante essa audiência, diversos especialistas defenderam a importância de regulamentar o uso medicinal da cannabis no Brasil.
A tese principal é a de que, se o STJ conceder a autorização para o cultivo de cânhamo industrial, o País poderá ver uma expansão significativa no mercado de produtos medicinais derivados de cannabis, o que pode reduzir custos e ampliar o acesso para pacientes que dependem desses medicamentos.
Por outro lado, parte das fontes consultadas pelo tribunal apontou preocupações de setores mais conservadores sobre os possíveis impactos de flexibilizar as regras de cultivo de cannabis no Brasil. Há receio de que a autorização abra brechas para produtos recreativos.
Supremo Tribunal Federal
O julgamento no STJ ocorre poucos meses após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter decidido pela descriminalização do porte de até 40 gramas de maconha para uso pessoal ou o cultivo de até seis mudas fêmeas.
O STF voltará a se debruçar sobre a cannabis nos próximos dias. Está em pauta na Corte um julgamento sobre a validade ou não de uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proíbe farmácias de manipulação de vender produtos à base de cannabis.
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Bolsonaro diz que deve passar por cirurgia

Bolsonaro diz que deve passar por cirurgia
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nas redes sociais de que, provavelmente, precisará de uma nova cirurgia, em consequência da facada que levou em 2018.
“Em Brasília ou em São Paulo, após minha transferência, provavelmente passarei por uma nova cirurgia”, escreveu.
O político do PL foi atendido às pressas na sexta-feira (11) após sentir fortes dores abdominais e, neste sábado (12), será transferido para Brasília a fim de receber atendimento especializado.
No X (antigo Twitter), Bolsonaro disse: “Passamos a vida prontos pra qualquer batalha: política, jurídica, eleitoral, física até… Mas às vezes o que nos derruba não é o inimigo de fora, é o nosso próprio corpo”.
Segundo o ex-presidente, o quadro de saúde surpreendeu até os médicos. “Ontem fui internado às pressas com dores intensas e uma forte distensão abdominal, talvez sem me dar conta da gravidade da situação”.
Um dos médicos, então, explicou a Bolsonaro “que este foi o quadro mais grave desde o atentado que quase me tirou a vida em 2018″. O político do PL já foi submetido a cinco cirurgias e diversas internações por conta da facada.
No post, o ex-presidente disse estar “estável, em recuperação, e mais uma vez cercado por profissionais competentes”.
Ele também falou que “a missão continua, mas talvez com um pouco mais de atenção ao que me sustenta nela: a saúde, minha esposa, meus filhos e a fé em Jesus Cristo”.
Transferência
O senador Rogério Marinho (PL-RN) e o Hospital Rio Grande, em Natal (RN), afirmaram que Bolsonaro deve ser transferido para Brasília ainda neste sábado. A expectativa de chegada é de noite.
O ex-presidente está acompanhado pela equipe do Hospital Rio Grande e pelo seu médico pessoal, Cláudio Birolini, que veio de São Paulo para isso. Birolini é especialista em parede abdominal.
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WhatsApp apresenta instabilidade e usuários não conseguem usar grupos

Foto: Reprodução
Você tentou mandar uma mensagem em um grupo de WhatsApp, mas foi surpreendido com um ponto de interrogação vermelho? Saiba que você não é o único a ser atingido por essa instabilidade do aplicativo.
Embora consigam enviar mensagens no privado dos contatos, usuários da rede social não tem conseguido se manifestar em grupos. Muitos deles usaram o X, antigo Twitter, para reporter o problema e buscar soluções.
A procura por informações foi tanta que o nome do WhatsApp foi parar entre os assuntos mais comentados do Brasil. “Estão tentando me calar. Oi, gente. Meu Deus”, diz um print publicado por uma pessoa. “Que ódio”, completou. “Foi só o meu WhatsApp que morreu?”, quis saber mais uma.
E, ao que tudo indica, o problema não é só no Brasil. Diversas pessoas de outros países estão reportando a mesma situação. “Se Cayó WhatsApp (Caiu o WhatsApp?)”, questionou uma mulher em espanhol. “WhatsApp down… can’t send to chat group of more than 3 members (WhatsApp caiu… não consigo enviar mensagens para grupos com mais de 3 membros”)”, disse outro, em inglês.
No Down Detector, portal que analisa os problemas reportados nas últimas 24h, mostra que, após as 11h, houveram mais de 1.420 notificações sobre o aplicativo. De acordo com o site, as primeiras reclamações se iniciaram pouco depois das 8h.
Fonte: Metrópoles
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